Casos de HIV dobraram em 10 anos no interior do País.

O número de casos de contaminação pelo vírus HIV em pequenos municípios do País dobrou no período entre 1997 e 2007. Boletim Epidemiológico de DST-Aids divulgado hoje pelo Ministério da Saúde mostra que, em cidades com menos de 50 mil habitantes, a taxa de incidência da doença passou de 4,4 casos por 100 mil habitantes para 8,2 por 100 mil.
Tendência inversa é registrada nos grandes centros urbanos. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, a taxa de incidência doença caiu 15% entre 1997 e 2007: de 32,3 para 27,4. Nas regiões Norte e Nordeste, no entanto, esse comportamento não se repete. Ali, a doença aumenta tanto em pequenas quanto em grandes cidades.
Esse fenômeno preocupa a diretora do departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariangela Simão. "Os números mostram que é preciso ações específicas em cada localidade, abordagens diferentes para que resultados de prevenção da doença sejam bem sucedidos", observou. Mariangela observa que na região Norte há um complicador: por questões geográficas, o acesso é mais difícil e a estrutura existente para tratamento não é grande.
Um país, várias epidemias
O Boletim retrata que o Brasil vive hoje várias epidemias de aids, em cada localidade, com características diferentes. Quando se analisa números gerais, vê-se que a doença está estabilizada no País: com cerca de 33 a 35 mil casos por ano. Mas quando se analisa por regiões, a situação muda. Além de Norte e Nordeste, a doença aumenta de forma expressiva no Sul - empurrado pelos indicadores do Rio Grande do Sul. Em apenas dois anos (entre 2005 e 2007), a taxa da doença no Estado saltou de 32,2 por 100 mil habitantes para 43,8 por 100 mil habitantes. De acordo com Mariangela, a principal causa de expansão da doença no Estado é transmissão heterossexual.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as taxas de incidência caíram. Mas no Sudeste, os números são considerados ainda elevados.
O boletim confirma ainda tendências registradas em anos anteriores, como o aumento de caso de aids entre meninas. Na faixa etária entre 13 e 19 anos, a cada 8 casos em meninos, são registrados 10 casos em meninas.
A tendência de aumento da incidência entre gays jovens também é visto como um fato preocupante. Na faixa etária entre 13 e 24 anos, o número de registros passou de 29% para 43,2%, no período entre 1997 a 2007. 
Fonte: Estadão. 

O que está sendo feito para o combate ao HIV?

Na África, novas infecções pelo HIV em crianças diminuíram 50% em mais de sete países.

Divulgado nesta terça-feira, 25 de junho, o relatório de andamento do “Plano Global para a eliminação de novas infecções pelo HIV em crianças até 2015 e para manter as suas mães vivas”, mostra que sete países da África Subsaariana – Etiópia, Gana, Malavi, Namíbia, África do Sul e Zâmbia – reduziram as novas infecções pelo HIV nos infantes em 50% desde 2009. Somando todos os 21 países que fazem parte do “Plano Global” na África, houve uma queda de 38% no mesmo período. 

O “Plano Global” é uma iniciativa encabeçada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e pelo Plano Presidencial de Emergência Americano (PEPFAR) que foi revelado em junho de 2011 na Assembléia Geral da Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Aids. Ele tem duas metas principais até 2015: 90% de redução do número de novas infecções pelo HIV em crianças e redução de 50% do número de mortes das mães por causas relacionadas à aids. 

O Plano é focado nos 22 países que somam 90% das novas infecções de infantes: Angola, Botswana, Burundi, Camarões, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Índia, Quênia, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Uganda, República Unida da Tanzânia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue. 

Ao mesmo tempo que o relatório mostra que o número de crianças que precisam de tratamento contra o HIV vai reduzir quando as novas infecções pelo vírus diminuírem, é urgente que novos passos sejam dados para promover o diagnóstico precoce do vírus nos infantes e assegurar acesso em tempo ao tratamento antirretroviral. 


O número de mulheres recebendo antirretrovirais durante a gravidez a fim de não passar o vírus aos seus filhos, além de para a sua própria saúde, aumentou mais de 75% entre os anos de 2009 e 2012 na maioria dos países, o que desencadeou a redução da taxa de transmissão vertical. Botswana e África do Sul reduziram os níveis de transmissão vertical para menos de 5% dos casos. 

O estudo ainda mostrou que apenas metade das lactantes vivendo com HIV, ou os seus filhos, recebem antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus da mãe para a criança. Como o aleitamento materno é extremamente importante para garantir a sobrevivência da criança, o estudo enfatiza a urgente necessidade de promover a terapia antirretroviral também durante o período de amamentação. 

Enquanto isso no Brasil, reunião em Brasília prepara documento com estratégias para o país atingir as dez metas para enfrentamento do HIV até 2015 

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, e Consulta Nacional com representantes da sociedade civil, academia e gestores da área de saúde para avaliar as políticas sobre o HIV e aids no país, no sentido de atingir as dez metas definidas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para 2015.

Veja abaixo as dez metas a serem globalmente alcançadas até 2015 por todos os países:
1 – Reduzir a transmissão sexual do HIV em 50%;
2 – Reduzir a transmissão do HIV entre pessoas usuárias de drogas em 50%;
3 – Eliminar a transmissão vertical com mais acesso aos medicamentos pelas crianças e incentivo à realização de pré-natal com testagem;
4 – Aumentar o acesso à terapia antirretroviral para alcançar 15 milhões de pessoas em tratamento;
5 – Reduzir pela metade a mortalidade por tuberculose em pessoas vivendo com HIV e aids em 50%;
6 – Reduzir a lacuna global de recursos para aids e reconhecer que o investimento na resposta é responsabilidade compartilhada;
7 – Eliminar as iniquidades e violências baseadas em gênero e fortalecer as capacidades de meninas e mulheres de se protegerem;
8 – Eliminar o estigma e discriminação contra pessoas vivendo ou afetadas pelo HIV, por meio da promoção de leis e políticas que assegurem a realização total dos direitos humanos e liberdades individuais;
9 – Eliminar as restrições de trânsito, permanência e residência relacionados ao HIV;
10 – Eliminar os sistemas paralelos e fortalecer ações integradas em HIV.



Fonte: http://www.unaids.org/en/media/unaids/contentassets/documents/unaidspublication/2013/20130625_progress_global_plan_en.pdf

www.aids.gov.br

Preconceito : Já passou da hora de mudar.


          Em dez anos, triplicou o número de mulheres com 50 anos ou mais com Aids no Brasil. Embora a maioria da população brasileira saiba da importância do uso do preservativo para evitar o avanço do vírus HIV, mulheres e homens nessa faixa etária resistem à idéia. A vulnerabilidade das mulheres está associada à dificuldade de negociar com os parceiros casuais o uso do preservativo.





DSTs X Comodismo Emocional

“Você tem uma bela casa, uma mesada e um carro. Tá reclamando de quê?”



Essa resposta foi ouvida por uma mulher de classe média quando ela "ousou" reclamar do sumiço do marido por dois dias.
Os dois foram namorados desde adolescentes. Ela abriu mão da carreira pra ajudá-lo. E se conformou numa situação material cômoda, mas emocionalmente árida!
O distinto em questão, é um executivo bem sucedido na área em que atua. Gosta de belos carros e de mulheres, muitas mulheres!
E claro, de ter uma mulher troféu em casa pra exibir pros amigos, ter e criar os filhos, e cuidar da casa.
De brinde,  além das benesses, ela tem de tratar de uma DST por ano, em média, e ainda receber telefonemas das amantes dele!
Mas prefere se calar e engolir.
Essa não é uma estória de ficção. É real e bem real. E ao contrário do que muita gente pensa, muito comum.
Não é questão de pobreza, nem de violência fisica que as fazem abrir mão da prevenção. É questão de comodismo emocional.

Como combater coisas assim?
As "primas" se previnem. Mas as mulheres de "familia" acham que não precisam se preocupar.
Poem nas mãos do parceiro toda a responsabilidade e esquecem do resto.
E eles por sua vez, acham que precisam usar camisinha apenas quando pagam por sexo. E como só saem com mulheres "de nível" não usam camisinha...
Dessa forma, o círculo nunca é quebrado.




Pesquisa mostra que mulher desconhece relação entre câncer do colo do útero e HPV

Pesquisa mostra que 66% das mulheres brasileiras não acham que existe relação entre a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e o câncer do colo do útero. A infecção por esse vírus aumenta em até 100 vezes o risco de a mulher desenvolver esse tipo de câncer.

Para o levantamento, feito pela Associação Brasileira de Patologia no Trato Genital Inferior e Colposcopia em parceira com o Ibope, foram ouvidas 700 mulheres com idade entre 16 e 55 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife). O objetivo foi entender a percepção feminina sobre o assunto.

Descobriu-se que 18% das mulheres nunca fizeram o exame papanicolau – principal forma de detectar as lesões que podem levar ao câncer do colo do útero – e 13% fizeram apenas uma vez. Além disso, 40% das mulheres não acham que os exames preventivos de rotina podem servir como forma de prevenção à doença.

Segundo a pesquisa, 76% das mulheres ouvidas não relacionam a vacinação contra o HPV como forma de prevenção ao câncer do colo do útero. Estudos mostram que, embora o HPV seja comum (80% da população mundial já foram infectados ao menos uma vez na vida), ele é responsável pelo surgimento do câncer do colo do útero em alguns mulheres mais suscetíveis. Por isso, prevenir o vírus é fundamental, destaca o presidente da associação, Garibaldo Mortoza Júnior. "Enviamos como recomendação ao Ministério da Saúde um pedido para que essa vacina seja incorporada ao calendário oficial."

O professor Newton Sérgio de Carvalho, da Universidade Federal do Paraná, reforça a segurança oferecida pela imunização. Ele explica que a vacina é elaborada a partir de uma partícula semelhante ao vírus, produzida com base na engenharia genética, só que sem o conteúdo do vírus. “É impossível alguém se infectar ao tomar a vacina, ela é confeccionada com a 'capa' do vírus”, disse.

Segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) José Focchi, a aplicação da vacina contra o HPV é totalmente eficaz antes da primeira relação sexual. Após cinco anos de atividade sexual, 60% das mulheres se infectam com algum dos 130 genótipos do HPV, sendo que os mais comuns são os tipos 16 e 18, que correspondem a 70,7% dos vírus. Mulheres mais velhas que recebem a vacina também podem ter benefícios, embora contra uma quantidade menor de genótipos. “Aquela paciente que já teve HPV e toma a vacina pode se beneficiar contra os outros tipos de HPV”, disse. “À medida que passa o tempo, o organismo também pode eliminar o vírus”, completa.

Para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção, a associação lançou a campanha “Mulheres semeiam vida”. No site www.mulheressemeiamavida.com.br, é possível obter informações sobre a doença.
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial

Copyright © Sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e prevenção | Facebook

UNIFAL | Pró-reitoria de Extensão