Sexo sem camisinha: pesquisa revela comportamento do jovem brasileiro!

Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulga resultado de pesquisa realizada com jovens entre 14 e 25 anos, de 149 municípios

Sexo sem camisinha, álcool e direção, cocaína, aborto, depressão, tentativa de suicídio. Parece conteúdo de biografia de ídolos do rock da década de 1970, mas é o retrato de parte da juventude brasileira. Ou pelo menos é o que se pode pensar após ver os resultados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgados nesta quarta-feira pela Universidade Federal de São Paulo, que analisou o comportamento de risco dos jovens no país.
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Metade dos jovens entrevistados consomem álcool. Um terço faz sexo sem camisinha. De cada dez, uma já fez aborto e um já pensou em suicídio.

O objetivo da pesquisa era saber como se comporta o jovem brasileiro quando os temas são consumo de drogas, sexo, violência e saúde. Foram entrevistadas 4607 pessoas de 149 municípios diferentes. Os resultados que podem ser vistos a seguir são referentes aos jovens com idades entre 14 e 25 anos.
Abaixo, separamos alguns destaques. Quem quiser conferir os resultados completos da pesquisa pode conferir a página do Lenad na internet.
Sexo – Um dos dados de mais impacto da pesquisa: 34% dos jovens assumiram que nunca ou quase nunca usam camisinha durante as relações sexuais.
Aborto – A gravidez precoce atinge um terço das garotas brasileiras e pelo menos uma entre cada dez meninas de 14 a 20 anos já sofreu um aborto. Entre as que têm de 20 a 25 anos, a quantidade sobe para quase 15%.
Apesar de 89% dos jovens afirmarem que não são portadores do vírus HIV, 88% também afirmaram que nunca doaram sangue ou realizaram testes para saberem se têm HIV.
Vamos MUDAR essa realidade, usar camisinha, além de evitar a gravidez é o único método que protege contra as DSTs!! 

Vacina brasileira contra o HIV

Pesquisa de vacina contra HIV realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com o Instituto Butantã, apresentou, no começo de fevereiro, resultados positivos em testes realizados com macacos-rhesus.

Testada em quatro macacos, a vacina apresentou de 5 a 10 vezes mais reação do que nos testes feitos em camundongos anteriormente.
O teste realizado nos macacos buscou verificar o grau de imunogenicidade da vacina, ou seja, sua capacidade de desencadear uma reação do sistema imunológico ao vírus. Para cada um deles foram administradas 3 doses da vacina com intervalo de 15 dias cada. Após esse procedimento foram coletadas amostras de sangue dos animais e nelas foram introduzidos fragmentos do vírus, sendo essa a maior novidade da pesquisa.
Este é o primeiro experimento no mundo a trabalhar apenas com fragmentos do vírus. Até o momento, as pesquisas sobre o assunto utilizaram o vírus do HIV inteiro, mas por causa de sua alta taxa de mutação, a ação da vacina abarcaria uma parcela mínima da população, e ainda assim, seria incerta. A partir desse quadro, a pesquisa realizada pela FMUSP identificou 18 fragmentos de alta conservação, ou seja, que mais são encontrados em todos os vírus do HIV.

Próximas Fases
Em um teste com 28 macacos, a partir de uma nova administração da vacina. Nela, pretende-se mesclar esses 18 fragmentos ao genoma de outros vírus atenuados anteriormente, afim de testar a melhor combinação para uma vacina voltada à população humana.

Após esse processo, será possível dar início à chamada Fase 1, na qual o experimento é repetido em um grupo de 50 pessoas soro-negativas – ou seja, não contaminadas pelo vírus –, para que assim seja testada a segurança e a reação imunológica das pessoas à vacina.

Testes em soro-positivos
O principal alvo do HIV é o leucócito T CD4, célula que organiza a resposta do sistema imunológico a alguns microorganismos, incluindo infecções por fungos, bactérias e vírus. É através do T CD4 que o vírus se reproduz e, uma vez que a vacina aumenta a quantidade dessas células de defesa, isso poderia acelerar o processo da doença em soro-positivos, pois o vírus teria mais alvos.

Por esse motivo, no estágio em que a pesquisa se encontra, a vacina não pode ser administrada a esse grupo. Assim, um dos próximos passos é testar se o aumento de T CD4 realmente prejudicaria pessoas já contaminadas com o vírus HIV. Caso seja provado que não, avançam os estudos para que a vacina possa ser aplicada em soro-positivos.

Pretensão
A vacina não tem pretensões curativas. No estágio em que a pesquisa se encontra, ela destina-se apenas à prevenção de pacientes não contaminados pelo vírus. “Trabalhamos agora em uma vacina que induz resposta imuneceluar, ou seja, ela pode diminuir muito a intensidade da infecção [quantidade de vírus no sangue]. Assim, ela torna bem menor as chances de contágio de uma pessoa para outra”, diz Edécio Cunha-Neto, um dos coordenadores da pesquisa.

Logo, a vacina seria capaz de diminuir bastante a quantidade, e consequentemente, a ação do vírus no organismo, retardando assim os sintomas, mas não o eliminaria. No momento, prevê-se que vacina seria ministrada a soro-negativos, e uma vez que esse grupo entrasse em contato com o vírus do HIV, demoraria a evoluir para um quadro completo de AIDS.




7 perguntas sobre HPV

Inimigo oculto da saúde, o vírus pode ficar anos sem se manifestar. Justamente aí mora o perigo: ao ser detectado, os estragos já são grandes demais. E sua ocorrência tem aumentado: a cada ano o Ministério da Saúde registra mais de 100 mil novos casos no país


O que é HPV?
É a sigla para designar o papiloma vírus humano, um grupo de mais de 100 vírus que infecta homens e mulheres em idade sexualmente ativa.
Como se transmite?
O HPV é considerado uma DST (doença sexualmente transmissível), resume a ginecologista Rosa Maria Neme, de São Paulo. Não é preciso haver penetração, basta um contato mais íntimo.
O contágio de mãe para filho durante o parto também ocorre. Já as chances de se contaminar de outro modo (como beijos e roupa íntima partilhadas com portadores do vírus) são mínimas, mas não impossíveis.
O HPV instala-se no organismo e se manifesta quando o sistema imunológico está enfraquecido, explica a terapeuta ortomolecular Nia Valezzi, de São Paulo. Em geral, o período de incubação vai de três semanas a oito meses, mas o HPV pode ficar latente por mais de 15 anos.
Como descobrir?
Nem sempre a pessoa apresenta sintomas, no máximo coceira e corrimento. Mas o sinal característico da presença do intruso são verrugas de cor esbranquiçada ou cinza, parecidas com uma couve-flor, que afetam órgãos genitais e ânus ¿ raramente acometem pés, mãos, laringe e outras regiões.
As lesões podem ser observadas por meio de exame ginecológico (Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia) e urológico (peniscopia). E para saber com certeza qual é o tipo de vírus entram em cena exames sofisticados, como o Sistema de Captura Híbrida (HCS) e a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR).







Qual é o tratamento?
Além do uso de medicamentos tópicos e orais, costuma-se indicar ácidos ou laser para cauterizar as verrugas. Dependendo da extensão, pode ser necessária a retirada cirúrgica da área afetada, esclarece o ginecologista Luiz Fernando Dale, do Rio de Janeiro.
Quais são as consequências?
As verrugas, quando visíveis, representam um estágio avançado da doença, afirma Luiz Fernando Dale. E este é o maior perigo. No caso dos tipos de alto risco, que agem de maneira silenciosa no organismo, o HPV pode causar o câncer de colo de útero a longo prazo, alerta Rosa Maria Neme. No homem , as lesões podem provocar câncer de pênis e ânus, completa Luiz Fernando Dale.


Como é a prevenção?
Para evitar a contaminação, o uso da camisinha é fundamental. Consultas com ginecologista e exames anuais, como o papanicolaou, também são medidas preventivas.
Tomar vacina adianta?
A anti-HPV não previne contra todos os tipos do vírus, apenas os mais preocupantes. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. A principal atua contra HPV-16 e HPV-18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e contra HPV- 6 e HPV-11, que aparecem em 90% das verrugas, explica a ginecologista Rosa Maria Neme.





Indicada para imunizar principalmente homens e mulheres entre 12 e 29 anos, ela estimula a produção de anticorpos específicos para cada HPV. A proteção vai depender da quantidade de anticorpos fabricados pela pessoa vacinada, da presença deles no local da infecção e da sua persistência durante um longo período de tempo, conclui a médica, citando que o real impacto da vacinação só poderá ser observado daqui a algumas décadas.

                                     

As doenças sexualmente transmissíveis mais comuns e seus sintomas

Muitas DSTs têm somente sintomas leves, ou são assintomáticas. Quando os sintomas desenvolvem, eles freqüentemente podem ser confundidos com infecção do trato urinário ou infecção por fungos. DSTs não tratadas podem ocasionar problemas sérios à saúde e até ser fatais


Vaginose bacteriana
A maioria das mulheres com vaginose bacteriana não apresenta sintomas. Quando aparecem, os sintomas podem incluir: coceira vaginal, dor ao urinar e corrimento com odor de peixe.


Clamídia
A maioria das pessoas com clamídia não apresenta sintomas. Aqueles com sintomas podem ter: corrimento vaginal anormal, queimação ao urinar e sangramento for da época da menstruação. Infecções não tratadas, mesmo sem sintomas, podem ocasionar: dor no abdômen inferior, dor lombar, náusea, febre e dor durante o sexo.




Herpes genital
Algumas pessoas com essa DST não apresentam sintomas. Durante a “erupção” de herpes genital os sintomas ficam claros e incluem:
* Pequenos caroços, bolhas ou feridas onde o vírus entrou no corpo, como no pênis, vagina ou boca.
* Corrimento vaginal.
* Febre.
* Dor de cabeça.
* Dores musculares.
* Dor ao urinar.
* Coceira, queimação ou glândulas inchadas na área genital.
* Dor na pernas, nádegas ou área genital.

Os sintomas de herpes genital podem sumir e retornar. As feridas saram depois de 2 a 4 semanas.

Gonorreia
Os sintomas dessa DST são frequentemente moderados, mas a maioria das pessoas são assintomáticas. Se os sintomas estiverem presentes, eles aparecem mais frequentemente dentro de 10 dias após as infecção. Os sintomas da gonorreia incluem:
* Dor ou queimação ao urinar.
* Corrimento vaginal amarelado ou algumas vezes com sangue.
* Sangramento fora da época da menstruação.
* Dor durante o sexo.
* Sangramento forte durante a menstruação.
* Infecções que ocorrem na garganta, olho ou ânus podem apresentar sintomas nessas partes do corpo.



Hepatite B
O sintomas da hepatite B, quando presentes, podem incluir:
* Febre baixa.
* Dor de cabeça.
* Dores musculares.
* Cansaço.
* Perda de apetite.
* Vômito.
* Diarréia.
* Urina escura e fezes pálidas.
* Dor estomacal.
* Cor amarelada nas pele e branco dos olhos.


HIV / AIDS
Algumas pessoas com o vírus HIV não apresentam sintomas dessa DST por 10 anos ou mais. Em torno da metade da pessoas com HIV tem sintomas semelhantes aos da gripe pode 3 a 6 semanas depois de serem infectadas. Os sintomas da AIDS pode incluir:
* Febre e sudorese noturna.
* Sensação de cansaço.
* Perda de peso rápida.
* Dor de cabeça.
* Linfonodos inchados.
* Diarréia e vômito.
* Feridas nos genitais, ânus e boca.
* Tosse seca.
* Pele com feridas.
* Perda de memória de curto prazo.

Algumas mulheres com HIV também podem apresentar os seguintes sintomas:
* Infecções vaginais por fungos e outras infecções vaginais, incluindo DSTs.
* Doença pélvica inflamatória que não melhora com tratamento.
* Alterações no ciclo menstrual.

Herpes labial x Herpes Genital



O herpes é uma doença de pele, transmitida pelo contato. Por isso, se você tem herpes na boca, ele pode ser transmitido para qualquer outra parte da pele, em especial, as mucosas. Segundo a dermatologista Karin Helmer, com o aumento da prática do sexo oral, é comum ver vírus da herpes que antigamente era associado aos lábios nos genitais e vice-versa. "Tem o tipo 1 e o tipo 2, eles são da mesma família. Teoricamente o 1 era conhecido como labial e o 2 como genital, mas eles se manifestam da mesma maneira e hoje são encontrados tanto nos lábios quanto nos genitais pela prática de sexo oral", explica.
Veja a seguir perguntas e respostas sobre o herpes:
Herpes tem cura?
Não tem cura, porque o vírus fica em latência no organismo. Sempre que a pessoa tem queda de imunidade, a herpes simples aparece.
Quem tem genital também tem labial? É o mesmo vírus?
Tem o tipo 1 e o tipo 2, eles são da mesma família. Teoricamente o 1 era conhecido como labial e o 2 como genital, mas eles se manifestam da mesma maneira e hoje são encontrados tanto nos lábios quanto nos genitais pela prática de sexo oral. Nem na sorologia é possível saber qual tipo é. O vírus fica em latência em gânglios nervosos próximos ao local afetado, por isso ele sempre é manifestado no mesmo lugar, mas pode emacular outras áreas pelo contato com as bolhas.
Qual a incidência na população?
Se for fazer teste de sangue, 90% das pessoas tem anticorpos, mas na clínica chega a 50, 60% das pessoas.
Quais os sintomas?
Antes de aparecerem as bolhinhas na pele, há sintoma como queimação, ardência e coceira. O local fica inchado e em cima de uma lesão vermelha aparecem varias lesões agrupadas, as "bolhinhas".
Mesmo que não esteja com bolhas, transmite o vírus?
Depende, ele só é transmitido quando tem as bolhas, ou existem partículas com o vírus mesmo sem as bolhas, num estágio inicial de infecção.
Qual o tratamento?
O tratamento em geral, tanto do tipo 1, quanto do tipo 2 é tópico, para aliviar a dor e os sintomas, com pomada antiviral aciclovir. O surto dura de 7 a 14 dias. 
De quanto em quanto tempo tem surto?
A alteração de imunidade é o que determina a frequência dos surtos, que não devem ser mais do que 6 vezes ao ano. Se a pessoa teve gripe ou outra infecção, passou por cirurgia, estresse, ficou muito tempo exposta ao sol, pode ter surto.
Como é diagnosticado no homem e na mulher?
A herpes são pequenas bolhas agrupadas sobre uma mancha vermelha, em qualquer lugar da pele, em especial nas mucosas do lábio ou órgãos genitais.
Há perigo na gravidez?
O maior risco é o herpes genital na gravidez, por isso mulheres que têm o herpes na região genital não devem fazer parto normal. O bebê pode ter sequelas neurológicas, com retardos ou convulsões, se a bolsa romper.
Existe vacina?
Ainda não existe vacina.
Há algum alimento para prevenir?
Alimentos com bastante aminoácido lisina, como carne vermelha, peixe, frango, leite e derivados, ovos, batata e soja, previnem a herpes. Casos graves podem contar com suplementação do aminoácido.
O que é herpes zoster? É herpes? Herpes pode dar no cérebro?
O herpes zoster é o mesmo vírus da catapora, que se aloja no cérebro. Geralmente ele é desenvolvido como uma comorbidade em pacientes com câncer, idosos ou desnutridos.


'Depilação à brasileira' pode aumentar o risco de infecção viral


Estudo concluiu que aumento da popularidade de depilação pubiana justifica maior número de casos de infecção da pele transmitida pelo contato sexual.

Um pequeno estudo feito na França relacionou o aumento do número de uma infecção viral da pele no país à crescente popularidade de depilações pubianas — entre elas, a chamada 'depilação à brasileira', que remove a maior parte dos pelos da região. As conclusões do trabalho foram publicadas no periódico Sexually Transmitted Infections, que faz parte grupo British Medical Journal (BMJ).

A doença em questão é o molusco contagioso (ou Molluscum contagiosum virus - MCV), que, apesar do nome, é causada por um vírus que provoca pequenas protuberâncias de cor branca ou rosada na pele. O vírus responsável por essa infecção geralmente é transmitido por contato físico direto com e pele e é mais comum na infância. Porém, com menor frequência, ele pode ser passado pelo contato sexual, formando lesões genitais. A maioria dessas lesões desaparece entre um e dois anos sem a necessidade de tratamento.


De acordo com os autores desse estudo, o número de casos dessa infecção transmitidos pelo sexo aumentou. Para descobrir o que estava relacionado a esse aumento, os pesquisadores analisaram os 30 casos de molusco contagioso registrados entre 2011 e 2012 em uma clínica privada na cidade francesa de Nice. Os pacientes que apresentaram o problema, que eram de ambos os sexos, tinham, em média, 29 anos de idade.


Segundo a pesquisa, quase todos esses pacientes (93%) removeram seus pelos pubianos de alguma forma. A maioria (70%) raspou parte deles com lâmina, outros optaram por cortá-los (13%) ou removê-los com cera (10%). Os autores do trabalho sugerem que as pequenas lesões na pele causadas pela depilação facilitam a propagação dessa infecção. Portanto, a popularização de depilações que removem grande parte dos pelos pubianos, ao menos em países como a França, está relacionada à prevalência de tal infecção.

"Apesar de pequeno, nosso estudo sugere que a depilação (com exceção da feita com laser) pode ser um fator de risco para doenças sexualmente transmissíveis menores, como o molusco contagioso. Nós acreditamos que, como essa infecção pode se propagar com machucados na pele, a depilação também pode favorecer que o problema se espalhe e seja transmitido", escreveram os autores no artigo, que consideram que estudos maiores são necessários para que essa associação fique mais clara.


Opinião do especialista: Lucia Mandel - Dermatologista 

"É muito difícil observar molusco contagioso transmitido por contato sexual. Os casos mais comuns são em crianças, quando o vírus é transmitido por contato com a pele. Eu não vejo na prática clínica que a depilação está relacionada à infecção, como mostrou o estudo francês. Porém, o que eu recomendo a um paciente em relação à depilação é que ele esteja atento à higiene. Dessa forma, é possível se prevenir qualquer infecção."
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