Vírus da Aids pode curar leucemia?



Tratamento com 30 pacientes mostra que HIV desativado inserido em células brancas combate o câncer

O americano Marshall Jensen, 30 anos, recebeu o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda em 2012 e passou os últimos dois anos em busca de um tratamento eficaz. Na  Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, participou de um experimento que consiste no implante de células brancas do sangue com o vírus HIV, causador da Aids, desativado. Dos 30 pacientes envolvidos no estudo, 23 estão vivos, sendo que 19 estão em remissão (ausência dos sinais da doença), incluindo Jensen. Os dados são do jornal Daily Mail.
A ligação entre leucemia e o vírus HIV foi descoberta em 2006, quando um homem soropositivo chamado Timothy Wood foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda. Depois de receber um transplante de medula óssea de um doador com uma mutação genética rara, o câncer de Wood entrou em remissão e o HIV desapareceu do seu sistema, tornando-se o primeiro homem a ser totalmente curado do vírus.
Desde então, o médico Carl June e sua equipe têm trabalhado no desenvolvimento de um tratamento à base de HIV para a leucemia e, em outubro deste ano, publicaram um estudo mostrando o sucesso da terapia em 30 pacientes com câncer. Extraíram linfócitos T, que pertencem a um grupo de glóbulos brancos do sangue, dos pacientes e implantaram HIV desativado. As células foram, então, inseridas no corpo para lutar contra o câncer e permanecem dormentes até que a doença reapareça.
É um vírus desativado, mas mantém a característica essencial do HIV, que é a capacidade de inserir novos genes nas células”, explicou June. Os especialistas querem desenvolver tratamento com o vírus HIV contra outras formas de câncer. 
"Parecia a coisa certa. Nós não sabíamos como iríamos chegar lá, o que iríamos fazer, mas funcionou. Pela graça de Deus, fui capaz de voltar”, disse Jensen, que recebeu uma festa ao voltar para casa depois de dois anos de viagem em busca de uma cura. Emma Whitehead, de 7 anos, foi a primeira criança a receber o tratamento em 2012 e está livre do câncer há dois anos.
Entendendo a leucemia.. 


Entendendo o HIV

Problema: quadro semelhante a gripe/resfriado



Estudo mostra que sêmen prejudica eficácia de gel anti-HIV

                                    

O sêmen parece interferir nos géis microbicidas usados para evitar a infecção por HIV, o que possivelmente explica porque funcionam em laboratório, mas não em situações da vida real, afirmaram cientistas.
Fragmentos de proteínas, encontrados no sêmen, dificultam o trabalho de microbicidas aplicados na vagina, destacou a pesquisa publicada na revista “Science Translational Medicine”.
Conhecidas como fibrilas amiloides, estas partículas no sêmen "atuam como uma cola, prendendo partículas de HIV na superfície da célula, estimulando a infectividade viral", destacou o estudo, conduzido por cientistas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, e da Universidade de Ulm, na Alemanha. "Este efeito subjuga a atividade anti-HIV dos microbicidas", continuou.
Estes microbicidas foram desenvolvidos originalmente como uma forma de habilitar as mulheres da África subsaariana a se proteger, devido à dificuldade que podem encontrar para negociar o uso de preservativos com seus parceiros.
"No entanto, a primeira geração de microbicidas foi amplamente ineficaz ou, pior, alguns inclusive levaram a um aumento da transmissão do vírus", disse o autor principal do estudo, Warner Greene, diretor do Instituto Gladstone de Virologia e Imunologia.
A co-autora do estudo, Nadia Roan, do Departamento de Urologia da Universidade de San Francisco, na Califórnia, afirmou que as últimas pesquisas se baseiam em estudos anteriores. "Nós demonstramos anteriormente que o sêmen intensifica a infecção pelo HIV, mas esta foi a primeira vez que demonstramos que esta capacidade reduz claramente a eficácia antiviral dos microbicidas", concluiu.
O efeito foi o mesmo em todos os microbicidas testados no estudo, exceto o Maraviroc, que é avaliado para uso como microbicida e atualmente é utilizado como um tratamento para HIV/Aids.
Este medicamento age de forma diferente à dos microbicidas que atacam o HIV. Ao contrário destes, ele se liga a um co-receptor de células hospedeiras para impedir que o vírus entre na célula.
"Os resultados indicam que o Maraviroc é um promissor candidato a microbicida e sugerem que futuros microbicidas devem ser testados 'in vitro' na presença de sêmen", destacou o estudo.
O gel anti-HIV

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um gel que promete combater o vírus da Aids presente no esperma. Desta forma, as mulheres estariam protegidas do contágio durante as relações sexuais. Com o uso, as grávidas também impedem que seus bebês também se contaminem.

Conhecido também como "camisinha líquida", o produto contém o fármaco raltegravir, que reduz a quantidade de HIV na corrente sanguínea e será aplicado como um gel lubrificante, criando uma cobertura protetora na vagina. Em contato com o sêmen, o gel libera drogas antivirais que atacam o HIV. Segundo os pesquisadores, a substância não deve causar efeitos colaterais ou desconforto durante as relações.
"O que nós fizemos neste estudo foi identificar uma droga anti-HIV que bloqueia a integração do vírus ao DNA", explicou à AFP Walid Heneine, co-autor do trabalho.
Esse gel é um tipo de microbicida, novo grupo de medicamentos para combater as DST, doenças sexualmente transmissíveis.
O gel foi testado na região vaginal de seis macacas e foi aplicado até três horas depois da exposição a um vírus de imunodeficiência similar, encontrado em primatas e semelhante ao HIV que afeta seres humanos.
O estudo mostrou que o gel preveniu que o vírus afetasse cinco das seis macacas, para uma taxa de 84% de eficácia, segundo relatório da revista Science Translational Medicine.
A pesquisa está em andamento para também tentar desenvolver um gel retal, segundo Heneine.
Antes de chegar ao mercado, o produto ainda deve passar por mais uma bateria de testes em animais e humanos, um processo que pode levar de cinco a dez anos.

Dois novos remédios para tratamento da Aids serão distribuídos gratuitamente no SUS

Uma inovação é o medicamento ritovanir 100mg na apresentação termoestável; outra é um comprimido ‘2 em 1’



A partir dessa semana, o Ministério da Saúde vai iniciar a distribuição de duas novas formulações de medicamentos para os pacientes de Aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 135 mil pessoas serão beneficiadas em tratamento com as  novas formulações.

Ilustração do vírus HIV na corrente sanguínea - Terceiro / Agência O Globo

Uma das inovações para o tratamento contra a doença é o medicamento ritovanir 100 mg na apresentação termoestável, que poderá ser mantido em temperatura de até 30ºC. Segundo o Ministério, a distribuição da nova fórmula representa um grande avanço, pois o remédio que era distribuído pelo SUS até então necessitava de armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2°C e 8°C.
Já em dezembro deste ano, a pasta também começará a distribuir o tenofovir 300 mg, composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido, o “2 em 1”. A nova formulação é produzida nacionalmente e distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Atualmente, cerca de 75 mil pacientes estão em uso das monodrogas, utilizando 1 comprimido de tenofovir e 2 comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia.
Essa apresentação irá melhorar a adesão ao tratamento, por facilitar a administração dos medicamentos. A fórmula 2 em 1 será disponibilizada somente para os pacientes que não têm indicação clínica de uso conjunto com efavirenz 600 mg.
Atualmente, o Ministério da Saúde oferece 22 medicamentos com 39 fórmulas e, entre 2005 e 2013, o País mais que dobrou (2,14 vezes) o total de brasileiros em tratamento, passando de 165 mil, em 2005, para cerca de 350 mil em 2013.


Fonte:

1º de Dezembro: Dia Mundial de Luta contra a Aids



No próximo dia 1º, será celebrado o Dia Mundial de Combate a Aids. Este dia é comemorado no Brasil desde 1988. Por decisão do Ministério da Saúde, a data foi estabelecida devido a grande falta de informação sobre a doença e ao preconceito que a rodeava.
O intuito é que nesta data seja despertada a consciência da necessidade da prevenção, a promoção do conhecimento da doença e redução da discriminação que ainda há contra os soropositivos dentro da sociedade.
Todo ano, no dia 1º de dezembro, campanhas de prevenção da Aids são realizadas em todo o País e também ao redor do mundo. Esta data se apresenta como uma oportunidade para pessoas do mundo inteiro se unirem na luta contra o HIV, mostrando seu apoio às pessoas que vivem com o vírus e celebrando em nome daqueles que já faleceram devido à doença.




Hoje, dia 19 de novembro (quarta-feira), a partir das 11 horas, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, ativistas da luta contra a Aids se reunirão para lembrar as mortes em consequência da doença. Os manifestantes sairão em caminhada até a esquina da Paulista com a Augusta, carregando cruzes que simbolizam as mais de 12 mil mortes no Brasil. O ato, organizado pelo Fórum de ONGs/Aids de São Paulo (Foaesp), faz parte das atividades do Dia Mundial de Luta contra a Aids. A manifestação tem como intuito chamar atenção sobre o cenário da doença no país, no qual acredita-se que a maioria das mortes se dá pela dificuldade da população no acesso ao serviço de saúde.
Organizações internacionais recomendam a utilização da fita vermelha - símbolo de solidariedade e comprometimento na luta contra a aids, para demonstrar o seu apoio às pessoas que vivem com o HIV, além de usar seu conhecimento sobre a doença para orientar as pessoas a respeito da prevenção, importância dos exames e respeito aos soropositivos.

Por que utiliza-se o laço vermelho como símbolo? 


Em 1991, 10 anos após o surgimento do HIV, um grupo de 12 artistas se reuniu para discutir um novo projeto para o Visual Aids, organização de artes de Nova York que promove a conscientização da população sobre a doença. Após um brainstorm (tempestade de ideias) entre o grupo, o laço vermelho foi escolhido por causa da sua ligação ao sangue e à ideia de paixão. Os artistas se inspiraram na fita amarela utilizada em apoio aos militares americanos na Guerra do Golfo. O formato foi escolhido pela facilidade em reproduzir o laço por qualquer um.

Campanha 1º de Dezembro


Em breve, postaremos detalhes sobre a campanha que será realizada em comemoração a data com a colaboração dos acadêmicos do Projeto DST/Aids e Hepatites Virais em Alfenas-MG. Serão montados stands para distribuição de materiais educativos e preservativos, demonstração de uso de preservativos masculinos e femininos, testes rápidos e orientações sobre as DST's. Contamos com a presença de vocês!



Fonte:
  • World Aids Day. Disponível em: <http://www.worldaidsday.org/>.
  • Agência de Notícias da Aids. Disponível em: <http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=22884>.
  • DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/noticia/1o-de-dezembro-e-dia-mundial-de-luta-contra-aids>.

Fonte das imagens:
  • http://www.tumblr.com/search/world+AIDS+day
  • http://theybf.com/2012/12/01/world-aids-day-2012
  • http://www.worldaidsday.org/

Glândulas de Tyson

Todo homem tem as chamadas glândulas de Tyson - pequenas estruturas no pênis que ficam entre a glande e o prepúcio e se parecem com espinhas esbranquiçadas. Na maior parte da população masculina, elas são pouco desenvolvidas e quase não aparecem. Mas, para cerca de 8% a 12% dos homens, elas se tornam hipertrofiadas, ou aumentadas, sem qualquer razão específica, apenas por uma questão genética. Muitos garotos, por falta de conhecimento, ficam constrangidos e temem que essas 'bolinhas' sejam sinal de alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível). 
Em alguns jovens, as glândulas ficam maiores e geram receio de que seja alguma doença
"Quando elas aumentam de tamanho, têm um comportamento visual muito parecido com verrugas e por isso normalmente assustam e levam os indivíduos a se preocupar muito", explica o médico Sylvio Quadros, chefe do Departamento de DSTs da Sociedade Brasileira de Urologia. Apesar de as glândulas terem características distintas às de verrugas causadas por DST, como padrões de distribuição e localização, apenas o especialista é capaz de fazer essa diferenciação com segurança.
As glândulas de Tyson excretam substâncias que protegem e funcionam como lubrificante natural do órgão genital masculino. O acúmulo desse sebo dá origem ao esmegma, secreção esbranquiçada que às vezes se acumula no pênis. O nome dessas estruturas anatômicas não tem nenhuma ligação com o lutador de boxe norte-americano. A denominação mais popular é uma homenagem a Edward Tyson, cientista britânico que as descreveu pela primeira vez em 1694.
Arte UOL
Durante a ereção, as glândulas também parecem momentaneamente maiores. Nos homens em que são naturalmente mais desenvolvidas, elas se tornam proeminentes com a chegada a adolescência. "É nessa fase que os meninos começam a percebê-las e às vezes pensam que é uma doença que está relacionada à masturbação", conta o urologista André Milanezi Lorenzini, diretor técnico responsável de um instituto especializado em urologia em Belo Horizonte (MG).
Depois de postar um vídeo informativo sobre as glândulas de Tyson no YouTube, que já teve mais de 100 mil visualizações, o médico mineiro passou a ser o "salvador" de muitos jovens, que relatam nos comentários o alívio em saber que são "normais".
Alternativas arriscadas
As glândulas de Tyson aumentadas não são consideradas uma anomalia, apenas uma variante anatômica normal, que não acarreta nenhum sintoma nem exige tratamento. Entretanto, a aparência dessas glândulas proeminentes costuma incomodar os homens. 
As glândulas de Tyson são estruturas que ficam entre a glande e o prepúcio e se parecem com espinhas esbranquiçadas
Por vergonha de expor a condição ou ir ao médico, alguns rapazes buscam informações na internet sobre o assunto e métodos alternativos de eliminá-las. Não é difícil encontrar blogs e relatos acerca dessas experiências, na maioria das vezes inócuas e até arriscadas.
O vestibulando Elias, de Fortaleza (CE), que prefere não revelar publicamente o sobrenome, resolveu contar no blog "Viver com Glândulas de Tyson" suas tentativas de se livrar do problema por conta própria. A atitude mais radical do estudante foi decepar suas glândulas com a tesoura.
"Decidi cortar porque estava bastante deprimido com as glândulas. Eu tinha cerca de sete, todas localizadas perto do "freio" do pênis, e me incomodavam muito. Tive muito medo de pegar uma infecção e também sentir muitas dores", revela.
Por sorte, o procedimento não acarretou consequências mais graves à saúde de Elias, que diz que algumas das glândulas voltaram. O estudante afirma que ainda não teve coragem de ir ao urologista por vergonha e falta de maturidade, mas diz que pretende fazer isso daqui a algum tempo.
Enquanto isso, o jovem continua experimentando tratamentos alternativos para eliminar completamente as glândulas que sobraram. O urologista Sylvio Quadros alerta para os riscos envolvidos: "Dependo da substância usada, isso pode levar a formação de escaras, inclusive com alteração anatômica da região".
A criação do blog pelo menos ajudou Elias a perceber que não era o único a sofrer com essa situação. Antes de concluir, aos 15 anos, que tinha as glândulas de Tyson mais desenvolvidas, o estudante chegou a pensar que estava com DST. "Foi a primeira coisa que pensei, mas achei quase impossível porque na época eu era virgem", relembra Elias, atualmente com 19 anos.
Procedimento estético
Apesar de não acarretarem nenhum problema fisiológico, as glândulas de Tyson podem ser retiradas por razões exclusivamente estéticas. Os especialistas explicam que às vezes os homens ficam preocupados e até inseguros durante a relação sexual por causa da aparência do pênis e também, em alguns casos, pela necessidade de explicar que o que possuem não é uma DST.
Quadros ressalta a importância de analisar a condição de cada paciente individualmente para avaliar a necessidade do procedimento. "Conforme o tamanho, muitas vezes essas lesões são substituídas por uma cicatriz que é definitiva. É preciso avaliar caso a caso porque às vezes não compensa fazer a cirurgia", defende o médico.
O urologista relata que os homens chegam com muitas dúvidas ao consultório, frequentemente alimentadas por anos a fio até criar a coragem de procurar um especialista. "Isso cria uma problemática psicológica enorme, gerando às vezes problemas de disfunção erétil por causa de algo simples, de fácil resolução ou entendimento. Na maioria das vezes não há o que fazer, eles precisam ter consciência de que eles não têm uma doença", enfatiza Sylvio Quadros.
A eletrocauterização é um dos métodos mais empregados para a remoção das glândulas de Tyson. Segundo André Milanezi, o procedimento, realizado em ambiente cirúrgico, é simples e leva, em média, de cinco a dez minutos para ser executado, com anestesia local. A recuperação costuma acontecer em um período de até dez dias após a cauterização.
O urologista afirma que as glândulas não voltam, somente reaparecem caso não tenham sido cauterizadas totalmente. As complicações, como ressecamento, são muito raras e a eliminação das glândulas, explica Milanezi, não traz nenhum prejuízo, já que existem outros grupos excretores que também colaboram com a lubrificação do pênis. O médico mineiro, que faz pelo menos duas eletrocauterizações por mês, diz que o procedimento não deixa cicatrizes.

Por ter finalidade estética, geralmente os convênios não cobrem a cirurgia, que custa, em média, R$ 400. André Milanezi também expõe que muitas vezes alguns médicos relevam o problema e desencorajam os pacientes a fazer o procedimento, já que a condição não é uma doença. Mas ele acredita que é essencial, antes de tudo, levar em consideração o impacto que as glândulas têm na vida do paciente. "O problema pode virar uma cisma, uma preocupação, que afete indiretamente a vida sexual. Se está na literatura médica que se pode cauterizar, qual é o problema? Mas é importante lembrar que é um procedimento absolutamente estético", justifica.
Fonte: Glândulas no pênis deixam garotos constrangidos e com receio de DST. 
Disponível em : http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/01/13/glandulas-aumentadas-no-penis-deixam-alguns-garotos-constrangidos.htm

Veja os resultados da mais recente pesquisa sobre AIDS no Brasil

A AIDS, uma das doenças mais temidas do final da década de 80 e início da década de 90, acabou perdendo seu espaço na mídia nos últimos anos. Os números da enfermidade, no entanto, não diminuíram no mesmo ritmo do desaparecimento das notícias. Para tentar mudar essa realidade, a Abril lançou, em 2014, o Atitude Abril – Aids, campanha de conscientização, que incluiu uma grande pesquisa sobre comportamento sexual dos brasileiros e as barreiras que ainda precisam ser ultrapassadas para aumentar o controle do problema. Os resultados desse estudo foram apresentados no dia 6 de novembro de 2014, no Espaço Promon, em São Paulo.

Foram entrevistadas mais de 15 mil pessoas, entre assinantes e funcionários Abril, além da população em geral via internet e redes sociais. Todos responderam a um questionário que abrangia perguntas sobre o uso do preservativo e sobre o conhecimento da doença. Os resultados desse estudo foram compilados no maior retrato atual do país sobre o tema.


As conclusões são surpreendentes e reforçam a assinatura da campanha publicitária “Desinformação tem cura”. A partir da análise dos resultados será possível desenvolver uma estratégia mais assertiva para voltar a abordar o tema na mídia, bem como conscientizar o público sobre a doença.

Veja os resultados finais da pesquisa no infográfico a seguir:


Referências:


Pequenos sintomas podem sinalizar uma DST


Corrimento frequente e verrugas na região genital pedem visita ao ginecologista


Os números são alarmantes. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde sugere que mais de 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma doença sexualmente transmissível (DST). Desse total, cerca de 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico. "É importante ressaltar que os problemas causados pelas DSTs podem aumentar em até 18 vezes as chances de contrair o vírus da Aids (HIV)", diz a ginecologista Rosa Maria Leme. "Existem diversas doenças, como a herpes, por exemplo, que apresentam sintomas que logo desaparecem, mas o vírus continua presente. Por isso é importante ficar sempre atento."

As doenças sexualmente transmissíveis são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual, por meio do sexo sem proteção - sem o uso de camisinha - com uma pessoa que esteja infectada. Geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, uma vez que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das doenças das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como a incapacidade de engravidar e até mesmo a morte. Entre as doenças classificas como DSTs estão a Aids, gonorreia, clamídia, HPV, sífilis, entre outras.
Mas será que todos os sinais do corpo podem sinalizar uma DST? Para você entender mais sobre o assunto, o MinhaVida destacou abaixo as principais características que acendem o sinal vermelho e pedem uma consulta de emergência com o seu ginecologista .


Secreção vaginal ou corrimento

A especialista explica que pequenas secreções claras e sem cheiro, até uma semana antes da menstruação, são normais. O problema é quando o sintoma persiste. "Qualquer secreção vaginal mais amarelada, verde, pink ou até mesmo a branca, quando em grande quantidade, pode sinalizar algum problema de infecção ou até alguma DST, como a gonorreia. A mulher precisa ficar atenta, principalmente quando ela nunca apresentou nenhum sinal de corrimento", explica a especialista. 

Verrugas genitais

Elas funcionam como um alerta do corpo e precisam de exames específicos para serem analisadas. "O aparecimento de pequenas verrugas (externas ou internas) serve como um sinal vermelho para algumas doenças, como o HPV, que na mulher aumenta muito as chances de câncer de colo de útero", explica a ginecologista.

Cheiro forte

Ao perceber um cheiro forte não característico, na região da vagina, busque um especialista. "O odor ruim pode estar totalmente ligado a uma bactéria e a uma infecção. O quadro pode gerar pus, que altera o odor normal da região e, em alguns casos, pode causar ardência e irritação", diz Rosa Maria Leme.

Coceira

Normalmente a coceira não está relacionada a nenhuma DST, mas precisa de atenção especial. "Em geral, esse problema está ligado à infecção por um fungo chamado
cândida, que além da coceira, vem acompanhado de corrimento. Mas vale lembrar que a coceira também pode estar relacionada a outras infecções genitais menos frequentes ou até mesmo ao chato (uma espécie de piolho, que se instala na região pubiana)".

Dor durante a relação sexual

Dores durante o sexo também podem sinalizar que algo não anda bem. "Principalmente nas mulheres que apresentam feridas internas na maioria dos casos de DST, a dor durante a penetração pode ser preocupante. Sinais como forte ardência e incômodo indicam que algo não vai bem e uma visita ao médico precisa ser agendada ", explica a especialista.

Preservativo -DST

As mulheres que estão no grupo de risco das DSTs precisam de cuidados ainda maiores. "Mulheres com muitos parceiros sexuais ou que não usam métodos contraceptivos de barreira, como a camisinha, precisam de uma consulta urgente com um especialista, pois além de estarem colocando a saúde em risco, estão ameaçando a de seus parceiros", alerta Rosa Maria Leme.

Visite o ginecologista

Para afastar o risco de doenças, a consulta com o especialista e a realização de exames preventivos é essencial. "Toda mulher que já tiver tido relação sexual, deve obrigatoriamente passar por uma consulta ginecológica anual para realização de exames de rotina ginecológica e para prevenção de câncer de colo uterino, como exames hormonais e ultrassom para checar útero e ovários".
Adolescentes no grupo de risco


Um outro estudo realizado pelo National Health and Nutrition Examination Survey sugere que uma em cada quatro adolescentes americanas sofrem de alguma doença sexualmente transmissível. O problema mais comum entre as jovens era o vírus do HPV ( 18,3% das adolescentes) e a clamídia (3,9% das meninas). O estudo contou com a participação de 838 adolescentes americanas, com idade entre 14 e 19 anos. As meninas eram entrevistadas e examinadas para detectar doenças como: gonorreia, clamídia, tricomoníase, herpes e HPV.

Outro dado que também chamou a atenção dos pesquisadores foi o tempo em que as participantes levaram para serem infectadas. Um ano depois de iniciar a vida sexual, 19,2% já possuíam alguma DST. Os cientistas alertam que as doenças podem levar à complicações a longo prazo, tais como a doença inflamatória pélvica, a infertilidade e o câncer cervical ou até mesmo aumentar o risco de infecção pelo HIV. Depois de analisar os resultados da pesquisa, os cientistas reforçam a importância da orientação sexual dentro das salas de aula. Tudo para informar as jovens e aumentar o nível de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.





Disponivel em:<http://www.minhavida.com.br/temas/dst?p=6>Acesso em 01 nov.2014
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