Narguilé - Uso e suas Consequências



O narguilé, também é conhecido como cachimbo d' água ou shisha ou Hookah - é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de cigarros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.


Estudos associam o uso de narguilé ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal (da gengiva) e com o baixo peso ao nascer, além deexpor seus usuários a de nicotina em concentração que causa dependência. Após 45 minutos de sessão, o narguilé aumenta os batimentos cardíacos e a concentraçãode monóxido de carbono expirado.. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. Em longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

Tamanhos estragos fizeram com que o narguilé se transformasse no alvo do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado amanhã. O Instituto Nacional de Câncer, responsável pelas atividades que acontecerão no país, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que o cachimbo já é usado por pelo menos 300 mil pessoas no Brasil.
Pneumologista do Hospital Anchieta e professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto de Assis Viega ressalta que a inalação do monóxido de carbono (CO), substância responsável por doenças cardiovasculares, é um dos principais problemas desse tipo de cachimbo. “A fumaça dele tem maior concentração de CO porque, além do tabaco, há o carvão”, explica o médico. Em termos de nicotina, há uma concentração um pouco maior do que a encontrada no cigarro. 



Dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab) - realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o INCA, - apontaram que o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país. Vale destacar que o narguilé tem uma característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias pessoas simultaneamente. Isso reforça o aspecto da socialização, algo muito atraente especialmente para os jovens.

Informações da pesquisa Vigescola evidenciaram a alta prevalência do consumo do narguilé entre escolares de 13 a 15 anos em 2009. Em São Paulo (SP), 93,3% dos entrevistados que consumiam outros produtos de tabaco fumado, além do cigarro industrializado, declararam usar o narguilé com maior frequência. Em Campo Grande (MS), 87,3% dos estudantes ouvidos disseram preferir o cachimbo oriental. Já em Vitória, o percentual ficou em 66,6%.

O mesmo panorama foi constatado pela pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil (PETuni) do Ministério da Saúde entre universitários de alguns cursos da área da saúde: em Brasília (DF) e São Paulo (SP), em 2011, dos estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de produto derivado do tabaco, de 60% a 80%, respectivamente, fizeram uso do narguilé.

O Brasil tem diminuído a prevalência de fumantes, atualmente 14,7%, e tem alcançado resultados muito positivos nos últimos anos. No entanto, ainda há avanços necessários, como a proibição da exposição dos produtos derivados de tabaco nos pontos de venda, a adoção das embalagens genéricas como foi feito na Austrália, a proibição definitiva de aditivos como baunilha, chocolate e mentol nos cigarros e o contínuo aumento dos preços e impostos dos cigarros, diminuindo, assim, a iniciação e promovendo a cessação de fumar.

Antes de transar sem camisinha descubra quantos parceiros sexuais indiretos você já teve na vida

O ministério da saúde revelou, em janeiro deste ano, que 45% dos brasileiros não usam camisinha. O número é preocupante, e reforça o fato de que muita gente ainda não tem noção do quão expostas estão às Infecções Sexualmente Transmissíveis, as já conhecidas DSTs. Como o problema não é só brasileiro, a rede farmacêutica britânica Lloyds Pharmacy projetou uma ferramenta online que calcula o número de pessoas com quem alguém fez sexo indiretamente com base na teoria dos seis graus de separação – teoria científica que afirma que é possível ligar-se a qualquer pessoa do mundo com apenas seis conexões.


A calculadora (clique aqui e faça a conta da sua vida) utiliza estimativas e baseia-se em estudos comportamentais sobre números de parceiros sexuais do usuário durante sua vida e o multiplica pelo número de casos que os parceiros dele devem ter tido.

Na calculadora, basta que o usuário coloque com quantas pessoas se relacionou sexualmente em cada faixa etária de sua vida para ter um resultado preocupante da quantidade de pessoas que você se conectou sexualmente de forma indireta.

Segundo o próprio site, a “calculadora do sexo” ilustra o quão expostas as pessoas podem estar a doenças sexualmente transmissíveis destacando a importância do sexo seguro.

Parece chato quando a gente insiste nesse papo de sexo com camisinha e sua importância, eu sei, mas pensa só: você pediu para o seu parceiro fixo fazer uma bateria de exames para garantir que ele não tem nada? O mais comum é que as pessoas não peçam mesmo, elas apenas acreditam que como estão em uma relação monogâmica as doenças não chegam até elas. Mas esquecem que todo mundo teve uma vida antes daquele relacionamento.


HPV aumenta incidência de câncer de boca e garganta entre jovens

Mais de um terço dos pacientes tem menos de 40 anos; entre os jovens adultos com tumores na cavidade oral, a presença do vírus é de 32%


Se há vinte anos os registros de câncer de boca e garganta eram quase que exclusivamente entre pessoas acima dos 50 anos. Atualmente, um dado chama a atenção dos oncologistas: cada vez mais jovens - adultos até 40 anos - têm apresentados tumores malignos nessas partes do corpo. “A média etária de pessoas com câncer nessas áreas tem caído. Hoje em dia, atinge cerca de 30 a 40% de pessoas que não são tabagistas nem etilistas, e são mais jovens”, afirma o oncologista Luiz Paulo Kowalski, Diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço do Hospital A. C. Camargo.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), os cânceres de cavidade oral e orofaríngeo estão entre os dez tipos de maior incidência em homens brasileiros. E, mesmo que o cigarro e o álcool ainda sejam suas principais causas, eles costumam exigir uma exposição prolongada para o desenvolvimento de um tumor - entre 15 e 30 anos de consumo. Por isso, um outro fator de risco tem sido considerado pelos pesquisadores: o papilloma vírus, popularmente conhecido como HPV, que tem a capacidade de desenvolver um câncer em menos tempo.

“Com a queda do consumo do tabaco, esperávamos diminuir a incidência e a mortalidade do câncer, mas houve uma mudança de perfil. Está caindo o número de cânceres relacionados ao tabaco, devido às campanhas de controle, mas estão aumentando os casos relacionados ao HPV.” Pesquisadores apontam que, até 2030, o número de casos relacionados ao vírus deve superar os casos ligados ao tabaco nos Estados Unidos.

Um estudo atual, feito com orientação da bióloga e geneticista do A.C. Camargo e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Sílvia Regina Rogatto, aponta que em casos de câncer de amídala a incidência do HPV cresceu de 25%, registrados há 20 anos, para 80%.

Em uma outra pesquisa, comandada por Kowalski, os médicos detectaram que 32% dos casos de câncer de boca em jovens adultos eram em portadores do vírus. Em pacientes acima de 50 anos, a presença do vírus foi detectada em apenas 8%.

Jovens

Oncologistas alertam que 32% dos tumores de boca em jovens têm associação com o HPV

Estudo em andamento mostra que, em amídalas, até 80% dos casos estão associados ao vírus. Há dez anos, essa associação existia em apenas 25%

600 mil Casos de câncer de cabeça e pescoço - entre eles, boca e garganta - em todo o mundo

 + de 150 É a variedade de tipos de vírus HPV. A maioria dos casos de câncer de orofaringe está associada aos tipos 16 e 18, contra os quais já existe vacina

Contaminação pelo HPV

O estudo feito por Silvia e sua equipe em pacientes do A. C. Camargo, na capital paulista, e no Hospital do Câncer de Barretos, no interior do Estado, descobriu que 80% dos pacientes da capital são positivos para a presença do vírus enquanto os voluntários de Barretos correspondem a 15%. .

“A presença em grandes capitais é mais evidente, pois os hábitos costumam ser um pouco diferentes”, analisa o Kowalski. Mas não se deve relacionar a transmissão exclusivamente à atividade sexual, apesar do sexo oral desprotegido ser um dos fatores principais de contaminação. “O vírus pode ser transmitido por saliva, com um beijo na boca, por exemplo. Antigamente não era educado beber no copo de ninguém, hoje já é uma coisa normal.”

Estima-se que entre 25% e 50% das mulheres e 50% dos homens estejam infectados pelo HPV em todo mundo. Mas a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune. De acordo com pesquisas feitas entre homens norte-americanos, mexicanos e brasileiros, ao menos 2% da população adulta tem o vírus HPV e não apresenta nenhum sintoma.

Sintomas

Existem papilomas que são como verrugas que podem aparecer na garganta ou na boca. Quem apresenta alguma ferida deve observar se ela está demorando a cicatrizar. Porém, mesmo quando o tumor maligno já se desenvolveu, pode não haver lesão visível. Em outros casos, pessoas que tiveram infecção podem não ter anticorpos elevados também. “A infecção pode ser silenciosa”, conta médico.

No geral, cânceres de boca e garganta podem apresentar os seguintes sintomas: dor constante, nódulo, dificuldade para mastigar, rouquidão, dor na língua e mau hálito persistente. “Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor, pois o tratamento não é tão agressivo e as chances de recuperação são maiores. Uma lesão que durar mais de 15 dias é porque tem algo errado.”

Os tumores ligados ao HPV tem uma taxa de cura maior do que os associados a tabaco e ao álcool. “Eles respondem melhor ao tratamento, tanto com cirurgia, que geralmente é seguido de radioterapia, quanto na associação de radioterapia e quimioterapia.”

Fonte: http://m.vida-estilo.estadao.com.br/noticias/bem-estar,hpv-aumenta-incidencia-de-cancer-de-boca-e-garganta-entre-jovens,1718680

A Higiene masculina também requer cuidados



A praticidade com que os homens utilizam os toaletes costuma ser motivo de inveja para as mulheres: eles não precisam sentar no vaso sanitário para urinar e, muito menos, contar com papel higiênico para se secar. Entretanto, o que tradicionalmente é encarado como uma comodidade não é a postura correta. É preciso, sim, enxugar o pênis, para que a região não fique úmida e, consequentemente, suscetível à proliferação de fungos. Assim como esse detalhe, muitos outros sobre higiene íntima masculina não são levados a sério pelos homens.

Se muitos se esquecem ou deliberadamente não lavam as mãos depois de usar o banheiro, imagine quantos se lembram, ou até mesmo sabem, que é recomendável enxaguá-las também antes de urinar? O raro hábito soa estranho, mas o urologista Marcos Arap, do Núcleo Avançado de Urologia do Hospital Sírio-Libanês, afirma que é importante cultivá-lo para não levar bactérias à região peniana e evitar infecção por alguma DST.


Na hora do banho, por exemplo, o pênis deve ser lavado com especial atenção. Além de evitar mau odor, a limpeza evita infecções por fungos e bactérias e o câncer de pênis. O urologista Rogério Simonetti, professor de Urologia da Unifesp (Escola Paulista de Medicina), explica que para limpar completamente é preciso retrair o prepúcio (pele que recobre a glande), lavar em volta da glande com sabonete e retirar todo o esmegma — secreção branca composta de células epiteliais descamadas, óleos e gorduras produzidas pelas glândulas do pênis – que fica acumulado na região, estendendo a higiene aos testículos, virilha e ânus.

Simonetti ressalta que a cautela deve ser redobrada nos homens que não operaram a fimose, já que o estreitamento pelo prepúcio facilita o acúmulo de sujeiras. Muitas vezes, nestes casos, é preciso utilizar sabonete íntimo, com pH fisiológico (entre 5 e 6), visto que alguns homens podem apresentar irritações da glande e do prepúcio com mais frequência.

Outra informação muitas vezes desconhecida é a importância de lavar o pênis após a relação sexual. O asseio ajuda a remover o lubrificante do preservativo que fica misturado ao sêmen. “Nas relações sem proteção também deve ser feita a higiene para remover o resíduo de esperma misturado às secreções vaginais”, acrescenta Simonetti. “Apesar de não garantir a proteção, a lavagem pode diminuir a probabilidade de infecção”, afirma Arap.

Em relação ao hábito de depilar a região, os especialistas dividem a mesma opinião: não há necessidade, apenas aparar os pelos é suficiente. “A depilação dos pelos pubianos aumenta a chance de inflamação cutânea, podendo causar foliculite – inflamação dos folículos capilares” explica Arap. A irritação pode ser agravada caso a peça íntima seja muito apertada, sem contar que cuecas mais soltas, tipo samba-canção, facilitam a circulação de ar e evitam umidade no pênis, por isso são as mais recomendadas pelos especialistas.

Quanto ao tipo de tecido, os modelos feitos de algodão são os melhores, pois os sintéticos aumentam a transpiração da região peniana. Para Arap, a questão mais relevante não é o modelo nem o tecido, e sim, não utilizar peças íntimas molhadas, que facilitam a proliferação de fungos.

Consequências da higiene precária

Além de infecções, a falta de higiene pode acarretar problemas mais sérios à saúde do homem, como aumentar o risco de surgimento do câncer de pênis. Apesar de raro, a doença pode levar à amputação do órgão e até ao óbito, caso não seja tratada rapidamente.

A fimose também aumenta a possibilidade de surgimento do tumor. O risco ainda é maior quando o prepúcio deixa a passagem muito estreita, pois, com a glande encoberta pela pele, o paciente pode demorar para notar sintomas visíveis. Segundo Arap, a circuncisão (cirurgia da fimose) é considerada fator de proteção, capaz de reduzir para zero a probabilidade de contrair a doença.

Mais frequentemente, a falta de asseio pode causar balanite, uma inflamação na glande ou no prepúcio. Os principais sinais e sintomas são: sensação de coceira, ardor ou até mesmo dor na glande, que fica com a superfície avermelhada e apresenta secreções purulentas. Caso se prolongue até o prepúcio, a pele nessa região também fica vermelha e dolorida.

A falta de higiene íntima pode ainda acarretar problemas para as parceiras sexuais. Devido à anatomia do seu órgão genital, as mulheres são mais expostas a fungos e bactérias e contraem doenças com mais facilidade.

No entanto, não basta realizar somente uma boa higiene na área genital. É vital a realização de exames de prevenção de câncer de próstata, porque esta doença é a neoplasia – alteração celular - visceral mais frequente do homem, representando mais de 40% dos tumores que atingem os homens acima de 50 anos. A incidência varia de acordo com o país e com a raça, sendo mais frequente nos Estados Unidos e Brasil que nos países orientais. Segundo a Sociedade Americana de Oncologia, estima-se uma incidência de 234.460 novos casos/ano e 27.350 mortes/ano nos Estados Unidos. No Brasil há uma incidência aproximada de 400.000 casos/ano. 

Fontes:
http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/homem-precisa-dar-atencao-saude- penis-diz-medico-533176.shtml
http://drauziovarella.com.br/sexualidade/higiene-intima-masculina/

Ministério da Saúde lança campanha sobre saúde de mulheres lésbicas e bissexuais


O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (2) mais uma etapa da campanha “Políticas de Equidade. Para Tratar Bem de Todos”. Desta vez, o foco está na atenção à saúde das mulheres lésbicas e bissexuais e tem a parceria das Secretarias Políticas para Mulheres (SPM) e de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). A ação faz parte da estratégia para valorizar o direito à saúde das populações em situação de vulnerabilidade e garantir o atendimento de qualidade no SUS a todos os brasileiros.

Confira aqui a presentação.

Para analisar o acesso à saúde da população LGBT no SUS, está em andamento uma pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde e coordenada pela Universidade de Brasília (UnB), com a participação de pesquisadores de mais seis universidades e da Fiocruz Pernambuco. O estudo vai mapear o atendimento nos serviços de atenção básica, média e alta complexidade, na perspectiva dos usuários, profissionais e gestores, para orientar estratégias e ações visando aperfeiçoar a qualidade da atenção integral oferecida a essa população. Os resultados terão abrangência nacional e devem ser apresentados em 2016.

“A campanha lança o tema de como produzir um cuidado em saúde que se paute por alguns princípios fundamentais. O primeiro é o da inclusão. Não podemos falar da concretização da saúde como direito de todos enquanto tivermos pessoas excluídas. O segundo preceito é o enfrentamento do preconceito e de todas as modalidades de exclusão, de violência institucional, de recusa de atendimento e de não reconhecimento da escolha que homens e mulheres fizeram. O terceiro é o da garantia do acesso. Nenhuma mulher lésbica ou bissexual pode deixar de ser incluída, ser tratada com preconceito ou ter o seu acesso aos cuidados necessários à sua saúde colocado em segundo plano”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Com o slogan “Cuidar da Saúde de Todos. Faz bem para a Saúde das Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Faz bem para o Brasil”, a campanha lançada se insere nas comemorações do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica (29 de agosto). O objetivo é sensibilizar os trabalhadores, gestores e profissionais de saúde que atuam no SUS no sentido de oferecer um acolhimento e atendimento com escuta qualificada e humanizada às mulheres lésbicas e bissexuais.

O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, reforçou que a campanha sobre a saúde de mulheres lésbicas e bissexuais pretende universalizar o direito ao acesso à saúde para todos os cidadãos brasileiros. “Demonstra o compromisso com a democracia, com a população brasileira, com o Sistema Único de Saúde universal, com participação social e que atenda bem ao povo brasileiro”, destacou.

Já a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Eleonora Menicucci, enfatizou a necessidade de inclusão por meio de campanhas de equidades. “Precisamos aceitar cada vez mais a convivência com as diferenças e dizer não a qualquer tipo de violência contra qualquer pessoa e sim ao direito de ir e vir, como quiser, onde quiser, por quem quiser. É fundamental que gerações se permitam conquistar com muita luta o direito de existir, de existir como lésbicas”, avaliou.

DESAFIOS – Entre os principais desafios relatados por mulheres lésbicas e bissexuais no acolhimento e atendimento em saúde estão a crença equivocada de que elas não têm risco de desenvolver cânceres de mama e de colo de útero, a oferta de anticoncepcionais e preservativos masculinos antes de qualquer abordagem sobre suas práticas sexuais, o atendimento ginecológico embasado no pressuposto de que a vida sexual ativa de todas as mulheres é heterossexual ou ligada à reprodução.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 68 mil mulheres, entre 10 e 60 anos ou mais, sofreram violências interpessoais em 2014. Neste total estão inseridas as mulheres lésbicas e bissexuais que, além das violências que afetam a todas as mulheres, também são alvos de violências motivadas por homofobia, lesbofobia ou bifobia, como revela o Relatório Sobre Violência Homofóbica no Brasil, desenvolvido pela SDH. O levantamento apontou que 4.851 pessoas foram vítimas de violações de caráter homofóbico no país em 2012, sendo que 37,6% desse total eram lésbicas.

POLÍTICAS NACIONAIS – O Ministério da Saúde instituiu duas políticas que dialogam diretamente com o direito à saúde das mulheres lésbicas e bissexuais: aPolítica Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e a Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT. Instituída pela Portaria nº 2.836/2011, essa política considera a orientação sexual e a identidade de gênero como determinantes sociais da saúde e visa à eliminação das iniquidades e desigualdades em saúde dessa população.

Entre as ações de saúde para população LGBT destaca-se a inclusão dos campos nome social, orientação sexual e identidade de gênero na Ficha de Notificação de Violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Além desses, também foi incluído um campo para preenchimento da violência motivada por homofobia, lesbofobia e transfobia, informação imprescindível para dar visibilidade à violência sofrida pela população LGBT e qualificar os indicadores de saúde, melhorando o planejamento das ações de prevenção e promoção da saúde para essa população.

Também foram criados, em 2011, os Comitês de Saúde Integral LGBT – espaços consultivos de apoio à gestão do SUS e monitoramento da política – que têm sido fundamentais para a formulação, implantação e implementação das ações. Atualmente, existem um comitê de âmbito nacional e 10 estaduais (GO, PE, PB, PR, MS, SP, RS, BA, RJ e PA).

Além disso, a educação permanente de profissionais, trabalhadores, conselheiros de saúde e lideranças sociais tem sido foco permanente do trabalho do Ministério da Saúde. O curso a distância sobre a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, lançado em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), já conta com mais de 10,5 mil participantes até agosto deste ano.

CAMPANHA – A campanha oferece informações para que os trabalhadores e profissionais de saúde possam prestar atendimento qualificado e que considere as necessidades específicas dessa população, de modo que ela se sinta acolhida nos serviços de saúde. Serão distribuídos 100 mil cartazes para secretarias de saúde e 20 mil folders destinados aos movimentos sociais, Comitês Estaduais e Municipais de Saúde das Populações de Gays Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Todas as informações estão disponíveis no site www.saude.gov.br/saudelgbt.

O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Rogério Carvalho, destacou que a campanha reforça os princípios que norteiam o SUS. “Essas políticas de equidade que estamos lançando reafirmam e colocam em outro patamar a saúde como direito. Reforçam o debate sobre o direito à saúde, universalidade e integralidade e reafirmam o processo civilizatório”, afirmou.





Gel experimental pode prevenir infecção por herpes genital

 Um estudo publicado recentemente no Jornal de Medicina da Inglaterra mostra uma formulação de gel vaginal que pode contribuir para a redução do risco de infecção de herpes genital em mulheres.


A herpes vaginal é uma infecção sexualmente transmissível comum e incurável. Os pesquisadores ingleses descobriram que este gel quando aplicado a vagina antes e após as relações sexuais, reduzem pela metade o risco de infecções de mulheres pelo vírus herpes simples (HSV) tipo 2.

Este estudo foi realizado na África do sul, que atualmente é um dos países que mais sofre com a disseminação da doença. O vírus também é comum em outras partes do mundo, sendo que na África subsaariana cerca de 80 por cento das mulheres sexualmente ativas e 50 por cento dos homens são afetados pela doença.

O gel contém em sua composição a droga tenofovir, que é utilizada para tratamento da aids. A composição gel ainda é experimental e necessitará passar por alguns testes para assim ser ou não aprovado como medicação pelos órgãos reguladores em vários países.

A formulação oral de tenofovir foi criada inicialmente para o tratamento da aids. O gel está sendo estudado em concentrações muito superiores à forma comprimido já comercializada.Alguns testes anteriores já haviam indicado que a formulação gel seria útil para a redução da infecção pelo vírus, porém quando utilizado por um grupo de mulheres os resultados mostraram-se insatisfatórios. Os pesquisadores associaram estes resultados ao uso errôneo do gel por estas mulheres.

A infecção pelo vírus herpes simples HSV-2 não é normalmente considerada perigosa ou fatal. O paciente infectado pelo vírus, por vez apresenta feridas dolorosas no órgão genital, região retal ou boca. Em alguns casos, pode não levar a sintomas evidentes, influenciando na disseminação da doença.

Em casos raros, o vírus pode invadir o tecido cerebral e desencadear uma inflamação potencialmente fatal. Além disso, em mulheres grávidas, pode ser passado da mãe para o feto, podendo ocasionar abortos ou má formações.

Os pesquisadores ingleses veem no tenofovir uma provável arma adicional no tratamento de infecção por HVS-2, tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. A droga tem promissoras chances de ser utilizada como alternativa aos atuais medicamentos de tratamento da herpes, como aciclovir, famciclovir e valaciclovir .

Fonte: http://www.foxnews.com/health/2015/08/06/experimental-gel-partially-protects-against-genital-herpes/
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