AFINAL, O QUE É A SUPERGONORREIA?

1. O que é a Gonorreia?

A Gonorreia, também chamada de blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, é uma doença infectocontagiosa sexualmente transmissível, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. Ela ocorre quando o gonococo se liga por meio das fímbrias às células mucosas do epitélio. Esta doença se caracteriza pela liberação de pus, sendo liberado, pois a invasão da bactéria no órgão genital desencadeia uma inflamação. Em homens, uma única exposição não protegida resulta em infecção com gonorreia 20 a 35% das vezes. As mulheres tornam-se infectadas em 60 a 90% das vezes com uma única exposição.

2. Quais os sintomas da doença?

 Os homens normalmente sentem dor ao urinar e saída de secreção purulenta pela uretra. Cerca de 80% dos homens infectados mostram estes sintomas após um período de incubação de apenas alguns dias; a maioria mostra sintomas em menos de uma semana.
Em mulheres, a doença, na maioria dos casos, é assintomática. Somente a cervice é infectada.

3. Se a gonorreia não for tratada, o que pode ocorrer?

Em homens e mulheres, a gonorreia não tratada pode se disseminar por meio da corrente sanguínea, se espalhando pelo corpo e se tornar uma doença grave. Complicações da gonorreia podem envolver as articulações, o coração, os olhos, a faringe, a pele e outras partes do corpo.
Ainda, nos homens, a infecção pode alcançar o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade. Nas mulheres, chega ao útero, às trompas e aos ovários e provoca um processo inflamatório que, além da infertilidade, é responsável por uma complicação grave, às vezes, fatal, chamada doença inflamatória da pélvis.

4. Quais os meios de transmissão?

As infecções gonorreicas podem ser adquiridas por meio do sexo oral, vaginal e anal, além disso, ela pode ser transmitida para a criança pela mãe durante o parto. O aumento da atividade sexual com múltiplos parceiros e o fato de que a doença na mulher pode ser assintomática, contribuíram consideravelmente para o aumento da incidência de gonorreia e outras DST, no mundo. O uso de contraceptivos orais também contribuiu para esse aumento, pois eles são usados, atualmente, em substituição a preservativos, o qual ajuda a prevenir a transmissão da doença.

5. Qual é o tratamento?

As diretrizes para o tratamento da gonorreia requerem constante revisão devido ao surgimento de resistência. Para a gonorreia que afeta a região anal e genital, a recomendação atual é inicialmente utilizar as cefalosporinas, como a ceftriaxona ou o cefixime em associação com azitromicina. É também é necessário tratar parceiros sexuais de pacientes, para diminuir o risco de reinfecção e a incidência de DST em geral.

6. Afinal, o que é a supergonorreia?

A bactéria Neisseria gonorrhoeae, nos últimos tempos, tem demonstrado resistência aos antibióticos disponíveis, causando grande preocupação às autoridades da área da saúde.
Essa preocupação ocorre, pois houve grande aumento da doença desde 2008. Segundo relatório recente do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, o número de casos de gonorreia na Europa cresceu em 79%, já nos EUA houve um aumento de 8,2% dos casos, entre 2009 e 2013.
A resistência aos antibióticos veio em virtude à grande incidência de casos, ou seja, à maior circulação de bactérias, juntamente com o uso incorreto do antibiótico, há o aumento da pressão seletiva para que sobrem somente as mais resistentes.
Sendo assim, vários especialistas dizem que é só questão de tempo para que a doença fique sem tratamento. Isso tem grandes chances de acontecer, pois as indústrias farmacêuticas não estão mais investindo em pesquisa para novos antibióticos. Pois, além destas pesquisas serem caras, os micro-organismos ficam rapidamente resistentes a eles.
Atualmente, duas drogas - azitromicina e ceftriaxona - são usadas conjuntamente para o tratamento da gonorreia. Porém, agora, a bactéria criou resistência à azitromicina, e essa resistência está se espalhando. Os médicos receiam ser uma questão de tempo até que o mesmo ocorra com a ceftriaxona.
Médicos britânicos de renome alertam que se surgirem variedades de gonorreia resistentes tanto à azitromicina quanto à ceftriaxona, as opções de tratamento serão limitadas já que não existe nenhum antibiótico disponível para tratar esse tipo de infecção. Então, é necessário que a população pratique sexo seguro para minimizar o risco de contágio.

Depilação pode aumentar riscos de se contrair DST?


Quando o assunto é depilação íntima, a mulherada costuma se dividir. Há quem prefira algo mais naturalista, retirando o mínimo de pelos possível, quem opte por manter um filete de fios na região frontal e também quem seja adepta da depilação completa, prova disso é a técnica popularizada como “brazilian wax”, que vêm conquistando mais e mais adeptas no exterior.
Conservar a pele lisinha pode ser a preferência de muitas mulheres, mas o que nem todas sabem é que a ausência de pelos pubianos pode ocasionar problemas à saúde, incluindo inflamações e contaminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Uma recente revisão de estudos, publicada no jornal JAMA Dermatology, mostrou que a prática de depilação pode estar relacionada a um maior risco de contrair as DST pois, evidências mostram que o ato de remover os pelos pubianos pode causar déficits na barreira mucocutânea, uma membrana da pele, o que facilita a entrada de vírus ou bactérias no corpo. Além disso, a prática pode causar microtraumas na região, aumentando os riscos de desenvolver foliculite, infecções e até queimaduras.
Segundo o ginecologista Elson Almeida do Hapvida Saúde, os pelos servem como uma defesa para o organismo e a depilação íntima completa, ou seja, remoção total de todos os pelos pubianos deixa esta região mais exposta ao ambiente externo, aumentando a possibilidade de contaminações. Com a retirada dos pelos, bactérias tem livre acesso para à região interna da pele, podendo ocasionar inflamação ou infecção, que precisará de acompanhamento médico. O atrito direto com a calcinha ou absorventes são outros fatores que aumentam a umidificação do local, responsáveis pela proliferação de bactrérias, explica o ginecologista.

Mas a depilação faz mal para a saúde?
De acordo a ginecologista Dra. Lilian Fiorelli (especialista em sexualidade humana da Alira Medicina Clínica), sozinha, a depilação não traz riscos à saúde da mulher. No entanto, é importante redobrar a atenção com a higiene, com os materiais utilizados para a depilação e com os cuidados pós-depilatórios (como evitar roupas apertadas, exposição ao sol e cremes que possam causar alergia, por exemplo). Desde que tomados os cuidados e que não haja predisposição a foliculites, a mulher pode se depilar tranquilamente.

Pode depilar antes do sexo?

Qualquer método de depilação agride a pele de alguma maneira e a recuperação leva algum tempo. Essa sensibilidade pode ser a porta de entrada para alguns microrganismos que causam doenças. "A depilação deixa os poros abertos e isso favorece a entrada de bactérias, o que se agrava caso a mulher já tenha predisposição à foliculite", explica a ginecologista Dra. Lilian Fiorelli. Para se livrar desses riscos, o ideal é dar um tempo para a pele se recuperar. "Se a mulher puder fazer essa depilação uns 2 dias antes da relação sexual é melhor. Já é tempo suficiente para diminuir a reação inflamatória local causada pela depilação", afirma a ginecologista.

Como se contrai DST a partir da depilação?
Segundo Robert T. Brodell (chefe da divisão de dermatologia no Centro Médico da Universidade de Mississippi, nos Estados Unidos), durante a depilação pequenos cortes na pele podem ocorrer, além de escoriações minúsculas, tornando mais fácil ao vírus ou bactéria estabelecer infecções caso haja contato com alguém portador de DST. Por esse motivo é imprescindível o uso do preservativo no momento da relação sexual. O alerta sobre a depilação não exclui outros cuidados. “O pelo em si não é uma barreira defensiva”. Portanto, recomenda-se não fazer sexo com alguém que tenha verrugas na pele e nem compartilhar lâminas e toalhas.


http://www.hospitalsantacruz.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1025%3Adepilacao-dst-mulheres-higiene-saude&catid=10%3Asaude-e-midia&Itemid=198&lang=pt

http://www.bolsademulher.com/amor-e-sexo/depilacao-antes-do-sexo-pode-aumentar-risco-de-doenca-e-diminuir-prazer-entenda

É correto lavar calcinha no banho?

É muito prático aproveitar o momento do banho para lavar a calcinha, no intervalo do xampu e condicionar, além de adiantar o trabalho de lavanderia posteriormente. Mas será que essa prática não tem problema?

Lavar a calcinha no banho pode parecer uma economia de tempo e sabão em pó, mas para limpar adequadamente as roupas que terão contato com as partes íntimas é preciso tomar certos cuidados para que o hábito não leva a irritações, corrimentos, coceiras e alergias na vagina.

Assim segundo a Dra. Bárbara Murayama, ginecologista do Hospital 9 de Julho – SP, o problema não é ter o hábito de lavar a calcinha durante o banho, e sim deixar a calcinha secando no box, porque pode ficar repleta de fungos e provocar infecções vulvares e vaginais.

Dessa maneira, tanto a Dra. Murayama e o biomédico Roberto Martins Figueiredo conhecido como Dr. Bactéria, frisaram algumas regras para ter o devido cuido ao lavar a roupa íntima.


Qual o produto ideal para lavar a calcinha?
Segundo a ginecologista, não é correto utilizar produtos destinados ao corpo para a higienização da calcinha, pois estes não são específicos para a saúde íntima e não são planejados para pH específico da vagina, não mantendo dessa maneira a flora de bactérias e microrganismos específicos, podendo causar coceira, corrimento e queimaduras em contato com a região da vagina.
Assim, o melhor é utilizar sabão líquido neutro, sem perfume e sem cor, evitando fatores alergênicos. Também pode-se usar o sabonete líquido próprio para áreas íntimas ou sabonetes feitos para limpeza de calcinhas, desde que enxague bem para não deixar resíduos. “É bom observar se o produto tem ação de desinfecção, o que é importante para evitar processos infecciosos como candidíase e HPV", lembra Figueiredo.


Posso deixar a calcinha secando na torneira do chuveiro?
Nem na torneira nem na porta do box. Lugar de calcinha molhada não é no banheiro. "O local não é ventilado, tem alta umidade e a presença de água pode levar a proliferação de fungos, como o causador de corrimentos", afirma o biomédico. "Deixar no banheiro é um erro! O ideal é secar calcinhas no sol e em lugares arejados, para evitar os germes. Além de se tornar um alvo de fungos, no banheiro tem o vaso sanitário, que pode espalhar bactérias na calcinha e causar infecções vaginais", diz a ginecologista.


Lavar com água quente é melhor do que com água fria?
A água quente ajuda se estiver fervendo. "Água morna não esteriliza ou extermina as bactérias. Você pode usar água fria, deixar secando no sol e depois passar o ferro, assim seria perfeito", explica Bárbara. 


Secar a calcinha com secador ajuda de alguma forma?
Infelizmente o secador não atinge o calor necessário para eliminar as bactérias, o melhor a se fazer é usar um ferro no forro da calcinha, para desinfetar a área que entra com contato com a vagina. Entretanto, em casos de emergência ou de viagem que haja a necessidade de larvar a calcinha em um hotel, usar o secador é muito melhor que deixar secando em ambiente úmido.


Qual é o melhor jeito de lavar as roupas íntimas?
"A melhor forma é usar máquinas de lavar que consigam chegar aos 60°C por 30 minutos, mas também podemos imergir as peças em um produto desinfetante (próprio para tecidos) e depois lavar na mão ou em qualquer máquina", afirma Figueiredo. Lembre-se de que o amaciante e sabão em pó devem ser evitados por conter agentes alergênicos. “O sabão em pó deixa resíduos por mais que a gente enxague. Confie no sabão líquido para roupas delicadas", aconselha a ginecologista.


Na máquina, pode misturar calcinhas com outras roupas?
Não é o ideal. Quando lava-se calcinhas com calças na máquina, por exemplo, pode acabar sujando a roupa íntima, misturando os germes e a sujeira. Como a vagina é mais sensível, pode causar infecções. Porém, tudo o que tem contato apenas com seu corpo, como sutiã, pijama e até lençóis, podem ser lavados com calcinhas (desde que sem sabão em pó ou amaciante).



Por Maria Júlia Marques
http://noticias.uol.com.br/saude/listas/toda-mulher-ja-fez-isso-mas-sera-que-e-certo-lavar-calcinha-no-banho.htm

Entenda a diferença entre herpes labial, genital e zóster


Existem oito diferentes vírus da família Herpes que podem causar doença em humanos. Dentre eles, os Herpes tipo 1, 2 e 3 provocam quadros semelhantes de lesões de pele que podem reaparecer após um período variável de ausência de sintomas.

O Herpes tipo 1 é responsável pelo quadro de herpes oral, que se caracteriza por vermelhidão, ardor e pequenas bolhas preenchidas com líquido claro, comumente na região do lábio ou na parte interna da boca. Geralmente, o primeiro contato com o vírus ocorre durante a infância, através de secreções orais. Em seguida, o vírus se aloja em um neurônio e lá pode permanecer durante toda a vida do indivíduo sem causar qualquer sintoma, em um estado que chamamos de latência.

O Herpes tipo 2, por outro lado, é o principal responsável pelo quadro de herpes genital. Observamos também vermelhidão, ardor e pequenas bolhas com líquido claro na região da vulva, pênis ou ânus, ou ainda em regiões como nádegas e virilha. Em geral, o primeiro contato com o vírus ocorre na adolescência ou início da vida adulta e as lesões podem ser intensas a ponto de provocar ardor para urinar e desconforto que impede as relações sexuais. Além disso, a presença de lesões pelo Herpes tipo 2 aumenta o risco de contágio por outras doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV.

O Herpes tipo 3 é mais conhecido como vírus da varicela, ou vírus da catapora. A infecção inicial ocorre frequentemente durante a infância, através do contato com secreções orais, e é seguida pelo quadro clássico da catapora, com lesões avermelhadas espalhadas pelo corpo e pequenas bolhas com líquido claro.

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O vírus da varicela também estabelece latência em neurônios e pode reativar-se anos depois, dessa vez com vermelhidão, dor intensa e bolhas restritas ao território correspondente ao nervo acometido. A distribuição das lesões na pele é bastante característica dessa doença, popularmente conhecida como “cobreiro”, ou Herpes Zóster.

Nesse caso, o tratamento antiviral é prontamente indicado para acelerar a cicatrização e reduzir a dor. Entretanto, mesmo com tratamento, há pessoas que permanecem com dor de difícil controle vários meses ou anos depois da resolução das lesões de pele.

É essencial destacar que uma infecção por vírus da herpes não tem cura e o vírus permanece no corpo para sempre. Ele "se esconde" em certos tipos de células nervosas e causa mais crises em algumas pessoas que em outras. As crises podem ser ativas pelo estresse, cansaço, exposição ao sol e até mesmo outras infecções, como a gripe. A medicina alivia os sintomas e reduz a vida útil das irritações e bolhas, mas não elimina a infecção. Outras variações do vírus da herpes, chamada varicella zoster , causa o sarampo e a herpes zoster.

Perguntas mais frequentes:

Qual o tratamento?
O tratamento em geral, tanto do tipo 1, quanto do tipo 2 é tópico, para aliviar a dor e os sintomas, com pomada antiviral aciclovir. O surto dura de 7 a 14 dias. Se demorar para cicatrizar, pode ser usado antiviral vira oral, o aciclovir, valaciclovir, famciclovir ou penciclovir. "Quando se faz uso do medicamento oral, já nos primeiros sintomas antes da bolha, aborta-se o ciclo e quando ele aparece, é cicatrizado mais rápido", explica a médica.

De quanto em quanto tempo tem surto?
A alteração de imunidade é o que determina a frequência dos surtos, que não devem ser mais do que 6 vezes ao ano. Se a pessoa teve gripe ou outra infecção, passou por cirurgia, estresse, ficou muito tempo exposta ao sol, pode ter surto.

Como é diagnosticado no homem e na mulher?
A herpes são pequenas bolhas agrupadas sobre uma mancha vermelha, em qualquer lugar da pele, em especial nas mucosas do lábio ou órgãos genitais.

Pode levar a uma doença mais grave?
A primeira infecção é mais perigosa, principalmente em crianças. "Elas podem ter gengivoestomatite, sangramento na gengiva que pode durar de 7 a 14 dias".

Há perigo na gravidez?
O maior risco é o herpes genital na gravidez, por isso mulheres que têm o herpes na região genital não devem fazer parto normal. O bebê pode ter sequelas neurológicas, com retardos ou convulsões, se a bolsa romper.

Existe vacina?
Ainda não existe vacina disponível na rede pública.

Há algum alimento para prevenir?
Alimentos com bastante aminoácido lisina, como carne vermelha, peixe, frango, leite e derivados, ovos, batata e soja, previnem a herpes. Casos graves podem contar com suplementação do aminoácido.

O que é herpes zoster? É herpes? Herpes pode dar no cérebro?
O herpes zoster é o mesmo vírus da catapora, que se aloja no cérebro. Geralmente ele é desenvolvido como uma comorbidade em pacientes com câncer, idosos ou desnutridos.


Fontes:
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