SUS OFERECERÁ REMÉDIO QUE PODE PREVINIR AIDS



Incorporação do medicamento à lista dos distribuídos gratuitamente na rede pública foi anunciada pelo Ministério da Saúde em conferência internacional
Conteúdo extra: Galeria de fotos O Ministério da Saúde anunciou ontem que pretende incluir na lista de medicamentos gratuitos do Sistema Único de Saúde (SUS), até o fim do ano, o remédio que pode prevenir a infecção pelo HIV. A informação foi dada pela diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Adele Benzaken, durante a 2i. a Conferência Internacional de Aids, na África do Sul, e confirmada pelo órgão federal.
Chamado de profilaxia préexposição (PrEP), mas mais conhecido como truvada - seu nome comercial -, o medicamento diminui as chances de contaminação pelo vírus da Aids quando tomado continuamente, mas pode trazer efeitos colaterais, como leves disfunções gastrointestinais e renais. A pílula de ingestão diária combina dois tipos de antirretrovirais (tenofovir e emtricitabitina) e é indicada para a população não infectada, mas que tem maior chance de contágio. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o remédio diminui em até 92% o risco de o vírus entrar nas células.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que 10 mil pessoas tenham acesso ao medicamento no primeiro ano. "O remédio deverá ser ofertado em serviços especializados do SUS para populações com risco acrescido, como travestis, homens que fazem sexo com homens, transexuais e profissionais do sexo", disse a pasta, em nota.
Em julho de 2014, a OMS divulgou diretriz recomendando que homens homossexuais utilizassem a PrEP como forma adicional de prevenção à infecção por HIV, além do preservativo. "As taxas de infecção por HIV entre homens que fazem sexo com homens continuam altas em quase todos os lugares do mundo e novas opções de prevenção são necessárias com urgência", declarou a organização, em informe na época.
Segundo o ministério, o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais já prepara um protocolo clínico de PrEP para ser encaminhado à Comissão de Incorporação de Tecnologia no SUS, órgão que define quais medicamentos, terapias e tratamentos são incluídos na rede pública. Como a maioria dos integrantes da comissão pertence a órgãos do ministério, o antirretroviral não deverá enfrentar dificuldade para ter sua incorporação aprovada.
Aval. Para dar base à decisão de incluir o antirretroviral em sua lista de medicamentos gratuitos, o ministério financiou dois estudos de PrEP no Brasil, que estão sendo conduzidos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pela Fundação Oswaldo Cruz. Para Zarifa Khoury, infectologista do Instituto Emílio Ribas, a medida anunciada pelo ministério é positiva e necessária. "Até hoje, a camisinha sempre foi a única forma de prevenção, mas, claramente, não atende a todos. Tanto não atende que a epidemia não parou de se alastrar. Há algumas pessoas que não conseguem usar o preservativo em 100% das situações e, para eles, a PrEP é necessária. A ideia é que ela seja associada ao uso da camisinha."
Referencias:

Disponivel em :< http://www.aids.gov.br/noticia/2016/sus-oferecera-remedio-que-pode-prevenir-aids> . Acwsso em : 26 de julho, 2016.

PROFILAXIA PARA PrEP



Aprovada na atualidade em alguns países, consiste no uso de medicamentos contra o HIV diariamente, inclusive antes de ter sexo sem preservativos. Ainda não disponível no Brasil.
O que é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)?
A PrEP é uma estratégia de prevenção para o HIV, para pessoas sem HIV.

Em que consiste a PrEP?
Ela consiste no uso de medicamentos antirretrovirais, ou de gel tópico com medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV.

Estou confuso. Isto não é a mesma coisa que a PEP (Profilaxia Pós-Exposição)?
Não é a mesma coisa, mas é semelhante. A PEP você inicia em até 72 horas DEPOIS (por isso é PÓS) de ter se exposto ao HIV, seja porque não usou preservativo ou porque este se rasgou. Sem entrar em detalhes, a PEP consiste no uso pela pessoa sem HIV de um tratamento com dois ou três antirretrovirais pelo período de 28 dias para evitar a provável infecção.

E então como é a PrEP?
A PrEP é similar, só que a pessoa sem HIV inicia o tratamento com antirretrovirais ANTES (por isso é Pré) de se expor ao HIV em relações sexuais. Isto pode acontecer porque não utilizará o preservativo ou porque deseja ter uma segurança a mais. A pessoa tem que manter o tratam.

Foi comprovada a eficácia da PrEP?
Sim. Ela foi comprovada em vários casos.

A eficácia da PrEP é superior à eficácia do preservativo?
Esta pergunta provavelmente não pode ser respondida. Por motivos de ética em todos os estudos a todos os participantes foi fornecido aconselhamento sobre prevenção e insumos de prevenção tais como preservativos, gel e tratamento para DST

Há algum estudo que comprove a eficácia da PrEP?
Sim. O primeiro estudo a mostrar resultados (2010) foi o iPReX, realizado em aproximadamente 2.400 voluntários homens que fazem sexo com homens (HSH) sem HIV. Ele utilizava a combinação de tenofovir com emtricitabina (TDF-FTC), dois antirretrovirais utilizados para o tratamento da infecção em pessoas com HIV, apresentados numa única pílula. O grupo foi dividido ao acaso em dois subgrupos. A um subgrupo foi fornecida a TDF FTC e ao outro uma pílula placebo (substância sem efeito farmacológico). E comparou-se quantas infecções pelo HIV houve em cada subgrupo. A diferença entre as infecções de cada subgrupo forneceu a eficácia da PrEP. Neste caso a eficácia foi de 44%.

Esta eficácia parece baixa. Estou errado?
Realmente, essa eficácia é baixa. Mas houve problemas de adesão aos medicamentos. Estudos farmacológicos posteriores constataram que o TDF-FTC tomado 4 vezes por semana resulta numa eficácia superior a 90%. Situação semelhante também ocorreu em Estudo com microbicidas (gel vaginal contendo Tenofovir) em que de 39% de eficácia verificada no ensaio, com adesão de 80%, passou-se a verificar 54% de eficácia, ou seja, com maior adesão, a eficácia protetora contra a transmissão do HIV nas mulheres foi de 54%. Houve outros dois estudos em mulheres, chamados de Fem-PrEP e VOICE e não constataram eficácia alguma devido à falta de adesão%.

Que outros estudos houve sobre PrEP?
Um estudo em 4758 casais sorodiscordantes chamado PARTNERS (Parceiros) constatou, em 2011, uma eficácia de 63% entre os usuários do Tenofovir e de 72% em usuários de TDF-FTC. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. O estudo TDF2, realizado em Botsuana entre 1219 homens e mulheres heterossexuais mostrou uma eficácia de 62% pelo uso de TDF-FTC. Em 2013, foram divulgados os resultados do estudo Bangkok entre 2413 pessoas usuárias de drogas injetáveis (UDI). Elas receberam Tenofovir isolado ou placebo. A eficácia constatada foi de aproximadamente 49%.

Todos estes estudos são para o uso de antirretrovirais por via oral. E o gel tópico?
Houve um estudo chamado Caprisa 004 realizado em 889 mulheres. Elas usavam um gel tópico com tenofovir na vagina 12 horas antes das relações sexuais e também até 12 horas depois. Ele alcançou uma eficácia de 39%. É um resultado promissor, embora a eficácia observada seja insuficiente para o licenciamento deste gel.

 Esses são todos os estudos de eficácia realizados até hoje?
Não. Houve mais dois estudos, ambos realizados em mulheres. Um deles foi o FEM-PrEP, com 2120 voluntárias. O estudo avaliava o uso de TDF-FTC oral. Ele foi suspenso precocemente em 2011 por falta de eficácia. O outro foi o VOICE que tinha cinco braços: um de gel de tenofovir, outro de tenofovir oral, outro com TDF-FTC, outro de gel placebo e outro de pílula placebo. Este ensaio tinha mais de 5000 voluntárias. Primeiramente foram suspensos os braços com uso de gel por falta de eficácia e depois, em 2013, foi anunciado que os outros não comprovaram eficácia.

Estes resultados contradizem a eficácia comprovada nos outros?
Não. O que foi constatado é que houve pouca adesão aos medicamentos em experimentação.

Então parece que a adesão é um problema importante nesta estratégia?
Sim. A adesão é um problema importante, como também é a adesão aos preservativos.

Há algum resultado que indique a possibilidade de tomar menos doses semanais de TDF-FTC?
Sim. Uma continuação do estudo IPREX não observou infecção alguma entre as pessoas que ingeriam o medicamento pelo menos 4 vezes por semana. Por outro lado, o estudo IPERGAY (França) está avaliando uma PrEP iniciada antes da relação sexual e continuada nos dois dias seguintes.

Há outras abordagens em andamento?
Sim. Há outras pesquisas em curso para esta estratégia, com produtos diversos: alguns usam uma injeção mensal de um antirretroviral chamado rilpivirina, outros um anel vaginal de uso mensal ou trimestral. Isto provavelmente melhoraria a adesão. Também entrou recentemente em ensaio de Fase II um microbicida para uso retal (para quem faz sexo anal).

Há alguma medicação aprovada para o uso como PrEP?
Sim. O uso de TDF-FTC foi aprovado pela Agência Sanitária dos EUA (FDA) para uso como PrEP em 2012.

 Há orientações de algum órgão de saúde para o uso da PrEP?
Sim. O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA lançou Orientações Provisórias para o uso da PrEP em HSH (2011), em Heterossexuais (2012) e em UDI (2013) e Diretrizes em 2014. A Associação Sul-Africana de Clínicos para HIV também publicou Orientações para o uso da PrEP em HSH (2012). A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomendou em 2014 o uso da PreP com TDF-FTC em HSH, e em casais sorodiscordantes (isto é, um parceiro com HIV e o outro sem HIV).

Para quem é recomendada a PrEP segundo as Diretrizes do CDC?
O CDC dos EUA lançou em maio de 2014 novas diretrizes para PrEP.
Recomendam que a profilaxia pré-exposição ( PrEP ) seja considerada para quem for HIV negativo e:
• está num relacionamento sexual constante com um parceiro que vive com HIV ou,
• é um homem gay ou bissexual que teve relações sexuais sem preservativo ou foi diagnosticado com uma doença sexualmente transmissível nos últimos seis meses, e não está num relacionamento monogâmico com um parceiro que recentemente testou HIV negativo ou,
• é um homem heterossexual ou mulher que nem sempre usa preservativos durante as relações sexuais com parceiros que sabidamente estão em risco para o HIV (por exemplo, pessoas que injetam drogas ou parceiros masculinos bissexuais de sorologia desconhecida para o HIV), e não está num relacionamento monogâmico com um parceiro que recentemente testou HIV negativo ou,
• tem, nos últimos seis meses, injetado drogas e partilhou equipamentos ou esteve em um programa de tratamento para uso de drogas injetáveis.

E no Brasil?
No Brasil não há recomendações sobre PrEP e nenhum medicamento foi aprovado para este uso. Logo por enquanto não há acesso pelo SUS.
Que outros estudos de PrEP estão em andamento?
Há estudos de demonstração. Recentemente um estudo de Fase IV
nos EUA mostrou mais de 1700 pessoas em uso de PrEP naquele país, a
maior parte mulheres.

E no Brasil há estudos de demonstração?
No Brasil está sendo realizado um estudo de demonstração em 400 HSH do Rio de Janeiro e de São Paulo com TDF-FTC. O estudo de demonstração é um estudo para o uso em condições mais próximas do cotidiano dos serviços de saúde. O estudo também avaliará a aceitabilidade por parte da população e a adesão.

 O uso da PrEP com TDF-FTC deve ser acompanhado de outras medidas?
Sim. Em primeiro lugar deve haver o acompanhamento da função renal porque o Tenofovir pode dar algum efeito adverso no rim. Em segundo lugar, é necessária a testagem frequente (a cada 3 meses) para HIV e outras doenças de transmissão sexual.

Por que é necessária a testagem para HIV?
Porque eventualmente a pessoa em uso de PrEP pode se infectar pelo HIV. Se ela continuar tomando esta combinação de TDF-FTC, estaria usando uma terapia dupla, quando o indicado para o tratamento da infecção é o uso de terapia tríplice. Assim, se a pessoa continuar usando esta terapia dupla, ela poderá desenvolver vírus resistentes ao tenofovir ou à emtricitabina ou aos dois, queimando opções de tratamento.

E se eu estiver tomando TDF-FTC e for infectado com o HIV, posso continuar a tomar esse mesmo medicamento ou terei de mudar a combinação?
Isto você deverá consultar com seu médico. Talvez você tenha que realizar um teste de genotipagem para determinar se o HIV presente no seu organismo é resistente ao tenofovir, à emtricitabina ou aos dois antirretrovirais.

Qual é a diferença entre a PrEP com TDF-FTC diária e o preservativo?
Há várias diferenças entre o uso do preservativo e o uso desta PrEP:
• O preservativo tem que ser utilizado durante a relação sexual. A PrEP (com TDF-FTC) pode ser utilizada num momento distante da relação sexual, e continuado depois diariamente;
• Às vezes, algumas pessoas têm relações sexuais sob o efeito de álcool ou de outras drogas e portanto podem ser mais avessos a usar o preservativo. Mas você pode tomar a PrEP num momento de sobriedade alcoólica ou de outras drogas;
• O preservativo protege contra outras DST e contra a gravidez indesejada. Esta PrEP não têm efeito para estas finalidades;
• O uso do preservativo exige o conhecimento e a concordância do parceiro ou parceira sexual. O uso da PrEP pode ser realizado independentemente do conhecimento do parceiro ou parceira.
REFERENCIAS:

Disponível em: <http://giv.org.br/Publica%C3%A7%C3%B5es/Cartilha-Direitos-Humanos-Jovens-Gays.pdf> . Acesso em 25 de julho, 2016

DST DA BOCA E COMO EVITÁ-LAS

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são contraídas de diversas formas de relação sexual. O sexo oral, de acordo com o AVERT , é comum em adultos sexualmente ativos de todas as idades e orientações. Isso pode resultar em uma doença que toma conta dos tecidos ao redor da área de contato e algumas infecções são mais propensas a afetar a boca do que outras.
As DSTs mais comuns da boca são a herpes, clamídia, gonorreia e sífilis. Tenha em mente que também é possível contrair doenças como a Hepatite A, B e C, assim como outras infecções gastrointestinais
Meio de transmissão.
O principal meio de transmissão de DSTs na boca se dá no contato com líquidos corporais. Na maioria dos casos, a presença de úlceras orais faz com que os fluídos da genitália de um parceiro infectado entrem no organismo, e, então, uma infecção localizada se desenvolve. Doenças podem também ser transmitidas da boca de uma pessoa infectada à genitália do seu/sua parceiro(a).
Sintomas a se atentar.
Os sintomas dependem do tipo de DST contraída. A gonorreia oral, conforme descrita no MedicineNet, também é chamada de gonorreia faríngea porque normalmente afeta a faringe.
Os sintomas que poderiam indicar uma DST oral incluem:
•          Aftas na boca, que não necessariamente doem.
•          Lesões similares a (feridas e herpes labial) ao redor da boca.
•          Garganta avermelhada e dolorida, com dificuldades para engolir.
•          Amigdalite.
•          Vermelhidão com manchas brancas que se assemelham a infecções na garganta.
•          Corrimento esbranquiçado ou amarelo
. 


Efeitos da HIV/AIDS e DSTs na saúde bucal
Os casos bucais mais comuns em indivíduos com HIV/AIDS são: verrugas orais, bolhas de febre, leucoplasia pilosa (língua negra pilosa), candidíase oral e aftas. Outros problemas orais que ocorrem na cavidade oral são: boca seca, o que pode causar cárie e dificuldade para comer e se comunicar. Se você tem HIV, alterações em sua boca podem refletir as alterações em seu estado imunológico. Algumas DSTs também afetam a sua saúde bucal; sintomas comuns são a herpes labial e as feridas dentro da boca.
                           

Disponivel em : < http://www.colgate.com.br/pt/br/oc/oral-health/conditions/hiv-aids-and-stds/article/SW-281474979394277> Acesso em 26 de julho, 2016.

Julho é o mês que marca a luta contra as hepatites virais

Já que estamos nesse mês, vamos falar um pouco mais sobre elas!





O que é hepatite?
A hepatite é a inflamação do fígado.


São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Hoje, as que nos interessam são as causadas por vírus.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
  • Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
  • Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D).
As hepatites virais são doenças que cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.
Agora, vamos conhecer cada uma dessas hepatites virais:
Hepatite A
A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.

Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.
O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno.
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:
·         Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
·         Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus;
·         Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;
·         Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
·         Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;
·         Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro;
·         No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.

Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a água potável para o consumo. Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se preparar uma solução caseira com uma colher das de sopa de água sanitária a 2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.
A vacina de Hepatite A foi introduzida no calendário infantil em 2014, para crianças de 1 a 2 anos de idade.
Hepatite E
É uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE.
Assim como a hepatite do tipo A, sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos (como carne de porco mal cozida) contaminados pelo vírus. 

Quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são semelhantes os da hepatite A. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção.

O diagnóstico é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras. A internação só é indicada em pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente mulheres grávidas.
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico assim como as medidas já mencionadas para a do tipo A.

Hepatite B
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. Entre as causas de transmissão estão:
·         Por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada,
·         Da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação,
·         Ao compartilhar material para uso de drogas (seringas e agulhas), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings,
·         Por transfusão de sangue contaminado.
A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.
A hepatite B pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. A forma crônica é quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. 
diagnóstico da hepatite B é feito por meio de exame de sangue específico. Após o resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários), indica-se corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.
Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente vacina contra a hepatite B em qualquer posto de saúde. Mas, é necessário:
·         Ter até 49 anos;
·         Pertencer ao grupo de maior vulnerabilidade (independentemente da idade) - gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST.
A imunização só é efetiva quando se toma as três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.

Hepatite D
 A hepatite D, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa, ou seja, ela só é instalada se a pessoa tiver o vírus da hepatite. Sua transmissão acontece assim como a do vírus B.
Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são aqueles comuns de hepatite já descritos acima.
A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica.
Infecção simultânea dos vírus D e B
Na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Não há tratamento específico e a recomendação médica consiste em repouso e alimentação leve e proibição do consumo de bebidas alcoólicas por um ano.
Infecção pelo vírus D em portadores do vírus B
Nesses casos, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite. Pelo caráter grave dessa forma de hepatite, o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível e o tratamento indicado.
Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença. As principais medidas de proteção são as já descritas acima.

Hepatite C
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). Assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue. Entre as causas de transmissão estão:
  • Transfusão de sangue;
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas e agulhas), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings;
  • Da mãe infectada para o filho durante a gravidez;
  • Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são os clássicos de hepatites. Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento. Existem centros de assistência do SUS em todos os estados do país que disponibilizam tratamento para a hepatite C.

Quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos infectados cronicamente pelo HCV podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de fígado. O tratamento da hepatite C depende do tipo do vírus e do comprometimento do fígado. Para isso, é necessária a realização de exames específico.
Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil. Basta não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes.

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação (fissuras no seio da mãe podem permitir a passagem de sangue).

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP)






A Profilaxia Pós-Exposição ou PEP é uma medida de prevenção que consiste em prevenir a infecção depois de ter havido uma provável exposição ao HIV como, por exemplo: em uma relação sexual com uma pessoa com HIV ou de sorologia desconhecida, com penetração sem uso de preservativos; ou acontecendo um acidente usando preservativos, tais como ruptura ou deslizamento do preservativo.
            A PEP consiste no uso de medicamentos antirretrovirais (medicamentos utilizados no tratamento para pessoas com HIV) por um período de 28 dias, sem interrupção, a não ser sob orientação médica após avaliação do risco.
O início desse tratamento deve ser idealmente em até 2 horas após a exposição e no máximo até 72 horas. A eficácia pode decair à medida que as horas passam. Este procedimento não está indicado em contatos sexuais sem penetração, como no caso da masturbação mútua e do sexo oral sem ejaculação na cavidade oral.
            Ressaltamos que, quando há indicação para o uso da PEP, costuma-se liberar medicamento para 15 dias, em seguida, marca- -se retorno no ambulatório de 1 semana a 10 dias para verificar possíveis efeitos colaterais e evitar abandono de tratamento e reforçam-se orientações de condutas para redução dos riscos. Isso é o que se espera que seja realizado nos Serviços!
            Os locais indicados são os SAE (Serviços de Atendimento Especializado) e os Hospitais que tratam pacientes com AIDS, como por exemplo, o Emílio Ribas ou o CRT-AIDS na cidade de São Paulo. Informe-se pelo Disque AIDS 0800-611997 sobre outros locais no seu município. Não espere o problema acontecer!
A camisinha rasgou ou transou sem camisinha? A PEP consiste em tomar medicamentos contra o HIV por 28 dias para evitar a provável infecção. Deve ser idealmente em até 2 hs após a exposição e no máximo até 72 hs
Somente devo utilizar a PEP se eu souber que meu parceiro tem HIV?
Não, mesmo se você não souber se o parceiro tem HIV, em alguns casos, também é indicada a PEP. Por exemplo, se o parceiro for usuário de drogas, ou trabalhador (a) comercial do sexo ou gay, travesti ou é um homem que faz sexo com homens.
Por que para estas populações?
Porque no Brasil estas populações têm uma proporção de pessoas com HIV superior à proporção de pessoas com HIV na população total.
O tratamento por um mês pode ter efeitos adversos?
Sim, pode haver alguns como náusea, diarreia, enxaqueca ou outros. Na maioria dos casos, eles nem aparecem, e mesmo quando aparecem podem sumir rápido. Durante sua consulta, você deve ser informado sobre estes possíveis efeitos adversos e onde dirigir-se em caso de surgimento.
Se eu sentir um efeito adverso, devo/ posso abandonar o tratamento?
Não deve abandonar o tratamento! Deve ir imediatamente ao serviço de saúde que receitou o tratamento relatar a situação. O tratamento poderá ser trocado por outro. E lembre que é melhor terminar o mês de tratamento e se livrar do HIV, do que ficar com o HIV pelo resto da vida!
Os funcionários de saúde acolhem bem as pessoas que procuram a PEP?

Como ocorre, muitas vezes, há todos os tipos de acolhimento. Você deve insistir em que seu caso é de URGÊNCIA e que precisa começar o tratamento imediatamente! O ideal é começá-lo nas duas horas seguintes à exposição para ter mais eficácia. Não admita demoras! A demora pode ser a diferença entre se infectar com HIV ou NÃO!

Depilação com cera pode transmitir DST


     Por ser prática, fácil, durar por mais tempo, arrancar os pelos desde a raiz deixando a pele com um aspecto liso e macio, muitas mulheres optam pela depilação com cera. Mas algumas delas, não sabem que em algum estabelecimentos, essa cera é reutilizada, é ai onde está o perigo de transmitir doenças .
     "A reutilização do produto depilatório pode transmitir infecções bacterianas, como foliculite, micoses, infecções virais, como verrugas ou herpes, e até mesmo hepatite", alerta César Clemente Cuono, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 
      Os profissionais após fazarem a depilação, devem descartar a cera utilizada e também lavar e esterilizar os objetos utilizados para a aplicação da mesma. Esses cuidados, diminuem os riscos de contaminação.
      A depilação com cera quando feita na parte intima se não tomar o cuidado correto com a higiene, pode transmitir doenças, inclusive o HPV.
      "Se a cera utilizada para depilar a região íntima da cliente com o vírus HPV for usada de forma coletiva, ela pode contaminar a próxima pessoa que passará pelo procedimento. Por isso, as mulheres precisam estar atentas às condições de higiene do local e certificar-se de que a depiladora não reaproveitará o material", alerta Vânia Carolina Piccinni, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
       Além da cera que pode ser uma forma de contagio, a espátula utilizada para a aplicação também pode ser um meio de contágio. Por isso, aconselha-se que a pessoa tenha seu próprio kit individual de depilação, evitando que os problemas com infecção aconteçam.

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