Cresce o número de casos de DST’s na Terceira Idade


Não é novidade para ninguém que os idosos estão cada vez mais ativos. Os vovôs e vovós da sociedade atual esbanjam saúde, são atletas, praticam esportes radicais, fazem danças acrobáticas, jogam videogame e ainda têm se permitido aproveitar os prazeres da relação sexual com o seu parceiro ou parceira.
Porém, é importante estar atento aos riscos que a relação sexual sem a devida proteção pode acarretar. O acometimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) é o problema que mais tem afetado a vida sexual dos idosos por causa da ausência do uso de preservativo.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o HIV – vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids – cresceu mais de 80% nos últimos 12 anos. Ou seja, o índice de contaminação passou de 4,8 em 2001, para 8,7, no ano de 2012.
E, em decorrência da fragilidade do sistema imunológico das pessoas com mais de 60 anos, acaba causando uma dificuldade para detectar a infecção por HIV, pois os sintomas da Aids podem ser confundidos com os de outras infecções.
Já na Inglaterra, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre pessoas com mais de 65 anos aumentou 8,2%, segundo um estudo realizado pelo Public Health England. Nestes casos, são a clamídia, gonorreia, herpes e verrugas genitais.
DST’s NA TERCEIRA IDADE.
Doenças mais conhecidas
Aids
A Aids compromete o funcionamento do sistema imunológico humano e, dessa forma, o organismo fica mais debilitando e não consegue se defender das agressões externas, como: bactérias, parasitas, outros vírus e células cancerígenas. Essa doença não tem cura, entretanto, por meio de coqueteis de medicamentos é possível minimizar seus sintomas.
Gonorréia:
Altamente contagiosa, ela pode entrar no corpo por meio da vagina, boca ou reto. Entre os principais sintomas estão: corrimento turvo de secreções e desconforto (ardor e queimação). No entanto, ela pode se apresentar de maneira silenciosa. A doença é tratada com o uso de antibióticos ministrados por via oral e por injeções.
Sífilis:
Apresenta-se com o aparecimento de uma pequena ferida indolor e sem a presença de pus nos órgãos sexuais e ainda com ínguas nas virilhas. Essas feridas podem desaparecer com o tempo, mas isso não significa que a pessoa está curada. Por isso, é importante buscar auxílio de um médico para que ele indique medicamentos específicos a fim de evitar que a doença continue a avançar no organismo.
Herpes
Trata-se de pequenas bolhas que surgem, especialmente, na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Pelo fato de que coçam bastante, as bolhas podem acabar se rompendo causando uma ferida. O tratamento é feito com medicamento de via oral e/ou tópico.
É importante destacar que o uso de camisinha é a maneira mais eficaz de prevenir as DSTs nas relações sexuais.

Referencia:


Sem pecado, sem juízo. Mas com camisinha


No Carnaval, o que todo mundo quer é aproveitar ao máximo e esquecer, pelo menos por alguns dias, os problemas e as responsabilidades cotidianas. Porém, a euforia e a liberalidade da época fazem com que, em minutos, você e o desconhecido (ou desconhecida) ao seu lado tenham a certeza de que são velhos amigos, por isso, decidem cair na folia “sem pecado e sem juízo” e, pior, sem usar camisinha.
 O problema é que quem faz sexo sem proteção no Carnaval tende a ter esse comportamento ao longo do ano e isso só contribui para que novos casos de infecção pelo vírus HIV no Brasil continuem aparecendo. Segundo as estimativas mais recentes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em 2015,  devem ter ocorrido 44 mil novos casos de infecção pelo vírus  no Brasil.
Dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), que investiga os hábitos da população relacionados com a infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mostram que apesar da maioria dos brasileiros (94%) saber que a camisinha é melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e aids, 45% da população sexualmente ativa não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses.
 No dia a dia do consultório também é possível perceber que, mesmo tendo acesso à informação e a um padrão socioeconômico mais elevado, ainda há pessoas que praticam sexo sem preservativo, acreditando estarem imunes às DSTs e ao HIV, responsável pela aids.
No caso específico do HIV, é importante ressaltar que o período entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas varia de pessoa a pessoa e um indivíduo infectado pode permanecer anos sem qualquer manifestação da doença. Por isso, alguém que tenha tido uma relação sexual sem preservativo deve buscar orientação médica o mais rapidamente possível. Com a ajuda de medicamentos específicos é possível impedir a aquisição do vírus HIV e de outras DSTs.
A rede pública de saúde oferece, por meio dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), uma estrutura voltada para o atendimento desses casos e também para realização de diagnóstico do HIV. É possível fazer exames laboratoriais (incluindo testes rápidos) e tirar todas as dúvidas com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, entre outros. Porém, a principal recomendação para evitar o contágio pelo vírus HIV ainda é a utilização do preservativo.
Nem tudo é cinza
Segundo estimativas recentes do Unaids, o Brasil responde por 40% das novas infecções por HIV na América Latina e entre a população feminina a situação é ainda mais grave. Isso porque além das meninas estarem iniciando a vida sexual mais cedo, as taxas de testagem para o vírus e de adesão ao tratamento nessa faixa etária ainda são baixas.
É certo que a ampliação do acesso ao tratamento precoce para os pacientes soropositivos mudou significativamente o curso da doença, com drástica redução na ocorrência das infecções oportunistas. Atualmente, as complicações às quais os portadores do HIV estão sujeitos têm muito mais a ver com o processo de envelhecimento, com o risco cardiovascular e distúrbios metabólicos decorrentes do sedentarismo e de hábitos de vida pouco saudáveis do que com o fato de serem soropositivos.
 Vale lembrar ainda que o Brasil foi um dos pioneiros no fornecimento gratuito do tratamento aos portadores do HIV. Hoje, entre os países considerados de baixa e média renda pela classificação da Unaids, é o que registra uma das maiores taxas de coberturas de tratamento: 64% dos pacientes brasileiros estão recebendo tratamento antirretroviral pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

















Referencia:
Disponível em : <http://agenciaaids.com.br/home/artigos/artigo_detalhe/534. Acesso em 19 de fevereiro, 2017.
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