Gonorreia, sífilis e clamídia resistentes: não dá pra relaxar!




Com o avanço no tratamento da Aids, é cada vez maior o numero de pessoas que vem negligenciando o uso da camisinha, especialmente quando se trata de sexo oral. A consequência? O retorno de doenças antigas que trazem estragos enormes, como a sífilis e a gonorreia. E o pior de tudo: essas duas DSTs, a princípio fáceis de serem tratadas, estão se tornando resistentes aos antibióticos mais comuns, juntamente com a clamídia.
Segundo a OMS, infecções por clamídia, gonorreia e sífilis “estão se tornando mais difíceis de tratar em razão da má utilização ou uso excessivo de antibióticos”. Alguns desses medicamentos que, no passado, eram capazes de eliminar as bactérias causadoras dessas infecções, têm agora se mostrado ineficazes.

Após a análise de dados de 77 países, A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre a proliferação de casos de gonorreia resistente a medicamentos, uma vez que nessa análise foram registrados pelo menos três casos em que nenhum antibiótico foi capaz de tratar a gonorreia – no Japão, na França e na Espanha, segundo a agência BBC.

Quando uma pessoa tem o hábito de tomar antibióticos para tratar uma simples dor de garganta comum, outras bactérias presentes no local (como da espécie Neisseria - a qual pertence à causadora da gonorreia) podem se tornar resistentes a esse antibiótico, atrapalhando no tratamento caso a pessoa venha a contrair a DST futuramente pelo sexo oral, por exemplo.

Com a sífilis, existe uma ameaça parecida. O tratamento de primeira escolha é a penicilina benzatina, mas as poucas empresas no mundo que ainda produzem esse medicamento tão antigo não têm dado conta da demanda. Os antibióticos que seriam a segunda opção – da classe da azitromicina – não têm funcionado em alguns casos devido à resistência bacteriana.

Recentemente a OMS mudou as diretrizes para tratamento da clamídia por conta do aumento do número de registros de bactérias resistentes aos antibióticos da classe das quinolonas (são grupos de antibióticos usados no tratamento das infecções bacterianas).  Para a clamídia, a organização tem diferentes recomendações de acordo com o grau da infecção e o local afetado.

A Organização Mundial de Saúde estima que sejam diagnosticados pelo menos um milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis por dia e, dentre elas, uma que chama muita atenção é a sífilis. Estima-se que, a cada ano, cerca de 131 milhões de pessoas são infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e quase seis milhões pela sífilis, sem contabilizar outras infecções sexualmente transmissíveis, como por HIV, HPV, herpes e hepatites virais. Vale lembrar que o HIV, que infecta 2,5 milhões por ano, também pode se tornar resistente aos antivirais se o tratamento e as medidas de prevenção não forem levados a sério.

Sendo assim, não dá pra relaxar!!! Camisinha sempre e do começo ao fim, inclusive no sexo oral. Realizar exames de rotina, procurar um médico quando apresentar algum sintoma diferente ou quando se expuser diante de alguma situação de risco e seguir o tratamento corretamente são essenciais na preservação de sua saúde. Ah, avise seus parceiros(as) para que eles se tratem também!


Referências:




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Jovens são as maiores vítimas da silenciosa sífilis em MG



A sífilis, assim como outras doenças, não escolhe cor, grupo social ou gênero de quem é infectado. Mas em meio ao número elevado de casos que atingiu Minas nos últimos anos, um grupo específico tem se destacado em meio às notificações registradas pela Secretaria de Estado de Saúde: os jovens. Entre as mais de 24 mil pessoas diagnosticadas com a doença, cerca de 58,9% possuem idade inferior a 34 anos.


Os casos se referem aos transmitidos por relação sexual sem camisinha com alguma pessoa infectada, transfusão de sangue ou mesmo pelo compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas. O percentual de jovens diagnosticados com a doença desde 2010 representa um total de 14.638 pessoas em MG.
“A população está mudando, os comportamentos estão mudando e a forma com que a prevenção e a educação sexual estão sendo tratadas também precisa mudar”, aleta a coordenadora de IST/Aids e hepatites virais da pasta, Jordana Costa Lima. “Historicamente, os jovens são o grupo mais suscetível às DSTs, e nos últimos anos esse comportamento de risco cresceu bastante”, aponta Jordana.
Os dados refletem uma mudança no perfil dessas pessoas, que deixaram de se prevenir, e passaram a ter mais relações e parceiros. Para se uma ter ideia, pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou que nove em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV, mas, mesmo assim, 6 em cada 10 destes adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.


Dentro do grupo de alerta para a SES-MG, o destaque está na presença dos homens. Em números gerais, a razão entre os sexos é para cada dois homens uma mulher é infectada. “Entre os homens, a doença é mais frequente, principalmente entre os homossexuais, pois se trata de um grupo onde as relações sexuais são mais transmissíveis”, explica Jordana. “Esse é um assunto que precisa ser levado para dentro das escolas, para dentro das famílias. Infelizmente, ocultar esse debate dos jovens não impede que eles se relacionem. Precisamos quebrar esse paradigma e mostrar a importância de se prevenir e de se tratar”, exclama.


Doença silenciosa
A maioria das pessoas com sífilis tende a não ter conhecimento da infecção, principalmente no período latente da doença, quando não se observa nenhum sinal ou sintoma clínico. No entanto, mesmo durante essa fase, pode-se transmitir a infecção aos parceiros sexuais.
Dessa forma, a principal maneira de prevenir a doença é fazer uso do preservativo, seja ele masculino ou feminino. “É importante ressaltar que em todas as relações sexuais (anal, vaginal e oral) deve-se utilizar o preservativo”, ressalta Jordana.


A coordenadora de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde ainda explica que a adesão do parceiro ao tratamento é importante para que a doença não retorne ao paciente. “A sífilis é uma doença muito fácil de ser transmitida, mais até que a hepatite e o vírus HIV. Além disso, se a mulher se trata e o parceiro não, ela volta a ser infectada e começa um novo ciclo da doença”, diz. Ela lembra ainda que a pessoa com sífilis tem maior chance de contrair o vírus da Aids, porque um dos sintomas da doença é as feridas, que aumenta a exposição ao HIV.


O alerta em Minas Gerais é ainda maior, uma vez que se somados os números de sífilis congênita e gestante, os casos diagnosticados da doença desde 2011 chegam a 42.225, fora os que podem ter sido subnotificados.


Na forma congênita, em que os casos também cresceram vertiginosamente nos últimos anos, o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo SUS. No entanto, para que ele seja realizado adequadamente, tanto as gestantes quanto seus parceiros devem fazer os exames de diagnóstico. “Em caso de resultado positivo para a gestante, é fundamental que o parceiro também procure os serviços de saúde e passe pelo tratamento. Dessa forma, a reinfecção por sífilis é evitada e a saúde da mãe e do bebê ficam garantidas”, diz Jordana.


Consulte o link abaixo e encontre a unidade apta a fazer o teste mais próxima de você.

http://www.aids.gov.br/pt-br/acesso_a_informacao/servicos-de-saude



sífilis

Candidíase no homem


A Candidíase é uma infecção causa pelo fungo Candida albicans. Esse micro-organismo faz parte do nosso organismo. Nosso sistema imunológico é capaz e eficaz em controlar sua proliferação, fazendo com que ele exista apenas em pequena quantidade. A doença surge quando o sistema imunológico se encontra enfraquecido e/ ou quando há uma alteração da flora de bactérias da pele, que é o que pode acontecer quando há uso prolongado de antibióticos. Esses fatores citados entre outros favorecem a proliferação da Candida. Dando origem a candidíase que é o termo usado para a infecção causada pela pelo crescimento exacerbado desse fungo.
Portanto que fique bem claro, ter o fungo Candida na pele de forma assintomática é totalmente diferente de ter a doença candidíase!!!!
Nos homens candidíase genital é geralmente adquirida sexualmente, ela não é classificada como uma infecção sexualmente transmissível (IST ou DST) porque pode surgir por outros fatores sem estar relacionado com o ato sexual. Esses fatores podem ser:
·         Uso prolongado de antibióticos
·         Diabetes mellitus
·         Uso de corticosteroides e imunossupressores
·         Falta de higiene pessoal

O sexo não implica, necessariamente, na transmissão da infecção, no entanto  homens que possuem parceiras com a infecção fúngica (candidíase vulvovaginal) recorrente estão mais susceptíveis a desenvolver a infecção. O tratamento somente se faz necessário, caso o paciente apresente alguns ou todos os sintomas abaixo:

·         Dor durante a relação sexual;
·         Sensação de queimação ao urinar;
·         Assaduras na cabeça do pênis;
·         Leve inchaço;
·         Cortes na pele do pênis;
·         Manchas ou placas brancas no pênis;
·          Coceira no pênis e/ou região escrotal e virilha;

·         Eventual corrimento semelhante ao sêmen.

A candidíase peniana pode ser considerada uma balanite que é caracterizada por uma inflamação da mucosa que envolve a glande (cabeça do pênis) ou balanopostite, quando a inflamação afeta simultaneamente a glande e a face interna do prepúcio (pele que recobre a glande).
 Os sintomas ainda podem ser confundidos com gonorreia e herpes. Portanto é indispensável a avaliação médica, para um diagnóstico correto  e um tratamento adequado.
A melhor maneira de se prevenir e se ver livre dessas infecções é o uso do preservativo em todas as relações sexuais!!

Fontes:

http://www.mdsaude.com/2013/11/candidiase-em-homens.html
https://www.supersaude.org/candidiase-peniana/
https://drauziovarella.com.br/sexualidade/balanite-balanopostite/

Saiba mais sobre o uso correto do absorvente interno




Tem sido comum ouvirmos falar de mortes causadas pelo uso de absorvente interno, não só no Brasil como no mundo inteiro. Mas será que os absorventes internos fazem mesmo assim tão mal a ponto de causar a morte?

Há pouco tempo, o Terra noticiou o caso de uma adolescente de 14 anos que morreu vítima de uma rara infecção após usar um absorvente interno pela primeira vez. A família dela descobriu que ela morreu de Síndrome do Choque Tóxico (SCT), uma infecção fatal provocada por uma toxina bacteriana produzida pelas bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus (mais frequente) ou Streptococcus pyogenes.

Os riscos do absorvente interno

Síndrome do choque tóxico

Nessa síndrome, foram identificados em muitos casos o acúmulo de sangue menstrual em absorventes internos que utilizavam fibras sintéticas e produtos químicos que ampliavam sua absorção. Dentre os sintomas da doença estão:

Febre alta (mais de 39°C)
Pressão sanguínea baixa 
Vermelhidão, erupção difusa, branqueamento com descamação subsequente, especialmente das palmas e solas dos pés
Envolvimento de três ou mais sistemas:
Envolvimento gastrointestinal (vômito, diarreia)
Hiperemia da membrana mucosa (vaginal, oral, conjuntival)
Insuficiência renal
Inflamação hepática 
Trombocitopenia 
Envolvimento cerebral (confusão, dor de cabeça ou convulsão)

A incidência da doença é de 15 a 52 casos em cada milhão de habitantes. A mortalidade varia entre 30 e 70% dos casos. Entretanto, desde nos anos 1990, têm sido mais raros os casos associados ao uso de tampões.
Agrotóxico até em absorvente

Recentemente, cientistas argentinos descobriram restos de glifosato em gazes e absorventes, em 8 de 10 produtos que contêm algodão. Estima-se que 85% dos produtos de higiene pessoal que contêm algodão apresentam resíduos dessa substância. A questão precoupa mais se o produto for usado internamente, claro!

O glifosato é um ingrediente básico do herbicida RoundUp da Monsanto, tendo sido classificado pela OMS como uma substância potencialmente cancerígena.

O lado bom do absorvente interno

Apesar desses riscos, há quem defenda o uso dos absorventes íntimos. É o caso do ginecologista Caio Rosenthal, que explicou ao Bem-Estar que os casos de infecção são mínimos. Entretanto, ele aconselha higienizar bem as mãos antes de usá-los e fazer a troca deles para evitar infecções.

Outro ginecologista que defende os absorventes íntimos é o médico José Bento, que explicou que o interno é mais higiênico porque não entra em contato com a região genital, além de não friccionar a vagina. Sem falar no conforto e na mobilidade que proporciona à mulher - algo que é relativo, pois há mulheres que não se sentem cômodas com esse tipo de absorvente. Tanto que aqui no Brasil 88% disseram, em uma enquete realizada pelo Bem-Estar, que preferem o externo.
Cuidados: dicas para fazer um bom uso dos tampões

Mas não pense que apenas o absorvente interno oferece perigo à saúde da mulher, o externo também tem os seus riscos.

Alguns cuidados são essenciais para o uso de qualquer um deles, como:

* lavar as mãos,

* não dormir com absorvente interno,

* usar o tamanho adequado para o tipo de fluxo menstrual.

Confira mais dicas para usar bem o absorvente interno:
Para evitar infecções, respeite o tempo de troca

O tempo de troca entre um absorvente e outro deve ser respeitado para evitar o acúmulo de sangue. No caso do absorvente interno, a recomendação é trocá-lo a cada 4 horas.
Para evitar ressecamento e feridas, use o tamanho adequado

O tamanho do absorvente interno deve ser adequado ao fluxo menstrual. Além disso, ele não deve ser usado fora do período menstrual, ou quando este estiver no final, pois pode causar ressecamento na parede interna da vagina, microulcerações e descamação vaginal.
Alterne para evitar alteração do pH vaginal

Por estar dentro da vagina, o absorvente interno absorve, também, os mucos vaginais, podendo alterar o pH do local. Isso pode provocar infecções, já que reduz a imunidade. Esse risco ocorre, também, com o absorvente externo, mas é bem menor. Que tal alternar, durante a menstruação, os dois tipos de absorventes?
Higiene para evitar contaminação

As bactérias do meio ambiente podem entrar em contato com o interior da vagina através do absorvente interno, causando inflamações e, até mesmo, infecção urinária. Entretanto, isso é fácil de evitar lavando bem as mãos antes de manipulá-lo e introduzi-lo logo após retirar a embalagem protetora. Para evitar contaminação, procure trocar o absorvente toda vez que for evacuar.
Riscos ao dormir

O uso do absorvente interno não é indicado durante o sono, já que ele precisa ser trocado com mais frequência do que o absorvente externo. Prefira o absorvente noturno.
Algumas dúvidas frequentes

A Boa Forma organizou algumas informações para dirimir dúvidas frequentes sobre o absorvente interno. Confira a seguir:
1. E se a cordinha sumir?

O absorvente não corre o risco de ficar perdido dentro do corpo, pois não tem como ele sair da vagina, a não ser para fora. Caso aconteça de a cordinha entrar, basta fazer uma pinça com os dedos para puxá-lo. Se isso não der certo, procure o seu ginecologista. Procure sempre deixar a cordinha visível.
2. Existe o risco de vazar?

Não, a não ser que você tenha um ciclo muito forte e escolher um tamanho insuficiente (mini ou médio) para ele ou, mesmo que use o super, você ficar com ele por mais tempo que o indicado. Lembre-se que o tempo máximo de uso é 4 horas.
3. Por que não é bom ficar com ele por mais tempo?

A função do absorvente interno é obstruir a saída do sangue pela vagina. O algodão absorve o sangue, que, se permanecer por um tempo prolongado (mais de oito horas) em contato com a vagina, pode provocar o crescimento de bactérias capazes de alterar a flora vaginal e causar infecções genitais. Se o esquecimento for por dias, os riscos são maiores, como inflamações também no útero e nas trompas. Em casos mais graves (e raros), a bactéria pode chegar `a corrente sanguínea e causar uma infecção generalizada.
4. Quem tem DIU pode usar esse tipo de produto?

Sim, pois eles ocupam espaços diferentes. O DIU é inserido pelo ginecologista dentro do útero, já o absorvente fica na vagina. Localmente, o absorvente fica na entrada da vagina e o DIU fica mais em cima.
5. Como saber se está no lugar certo?

O seu corpo lhe dirá. Se você sentir um incômodo é porque o absorvente está mal colocado.
6. Qual é o melhor jeito de introduzi-lo?

Em pé, com uma perna flexionada e o pé apoiado no vaso sanitário. Forme uma pinça com os dedos e introduza o absorvente na vagina e empurre-o com o indicador até a metade do dedo ou use o aplicador.
7. Há algum tipo de contraindicação?

Não. Até mulheres virgens podem usar, mas nesse caso é melhor ir ao ginecologista para checar o tipo de hímen. A maioria das mulheres tem abertura circular, não oferecendo resistência, mas algumas podem apresentar uma película no meio, inviabilizando a introdução do absorvente.
Interno ou externo? Qual usar?


Claro que isso depende da forma como se sente mais cômoda e do que atende melhor às suas necessidades. Cada mulher deve usar o absorvente a faça se sentir melhor, mas existem prós e contras de ambos os lados.

O absorvente interno é prático, marca menos e costuma deixar as mulheres mais seguras quanto a "acidentes". Além disso, como vimos, muitos especialistas defendem que ele não oferece risco à saúde e que até é melhor por não abafar a vagina, evitando dermatites.

O absorvente externo favorece a concentração de umidade e calor na região íntima, condições perfeitas para que bactérias e fungos se desenvolvam na região vaginal, favorecendo doenças como candidíase, alergia e contaminações. Mas se as trocas forem feitas com regularidade e a higienização da área for feita corretamente, esses riscos são muito pequenos.
Resumindo: absorvente interno faz mal ou não?

Como vimos, se usado como indicado na embalagem, respeitando o tempo, tendo a devida higiene e usando um produto de boa qualidade, os riscos são ínfimos. Tanto o externo quanto o interno são suficientemente seguros. Um aspecto a ser levado em conta é que ambos poluem, pois são feitos com embalagens de plástico. Eles não são nada ecológicos. Para quem quer respeitar o meio ambiente e o seu próprio corpo, a melhor opção é o coletor menstrual. Além disso, o coletor menstrual é seguro, prático e econômico.
Uma boa opção: o coletor menstrual

O coletor menstrual evita que todo mês você compre absorventes, já que é um produto reutilizável. Ele pode durar até 10 anos, se usado corretamente. Ele também é confortável, dando mais liberdade aos movimentos do corpo. Você o esvazia no momento certo, sendo essa uma garantia de que ele não vai vazar e causar manchas nas roupas. Para limpá-lo fora de casa, basta uma toalha de papel. Outra vantagem é que ele evita odores desagradáveis.

O coletor também não ocupa espaço, cabendo em sua bolsa perfeitamente. Armazene-o em um saquinho próprio, de preferência de algodão. O tempo que o coletor pode ficar dentro do corpo é de até 8 horas seguidas. Ou seja, é uma ótima opção!

Agora que você está bem informada sobre os tipos de absorvente, ficou fácil escolher aquele que melhor atende as suas necessidades.

Fonte: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/5159-absorvente-interno

Medicamentos para combate ao HIV estão em falta no Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que a pasta enfrenta problemas por causa da falta do medicamento atazanavir, antirretroviral utilizado no tratamento contra o HIV/aids. Cerca de 33 mil pessoas utilizam esse medicamento para combater o vírus HIV no Brasil.

As medidas adotadas pelo ministério para contornar a situação incluem o fracionamento da entrega do medicamento ou mesmo a substituição temporária do remédio. Padilha garantiu que, em nenhum momento, houve interrupção do tratamento e que os pacientes não foram prejudicados pelo problema.

"Eu tinha feito o agendamento há meses. Cheguei no posto, entrei na fila, esperei pelo menos 40 minutos. Quando chegou a minha vez, vi meu nome ser anotado em uma folha de papel, em meio a uma lista de outros tantos nomes. Me disseram que não estavam fazendo o exame e não tinha nenhum prazo. Foi assustador... um caderninho velho com nomes e telefones. Triste demais."

A situação vivida por Marcos*, 27 anos, em um Serviço de Assistência Especializada (SAE) é um protocolo que se tornou rotina em São Paulo e em outros estados, nos últimos meses.

Nos três anos em que convive com o tratamento da aids, esta foi a primeira vez em que ele teve o seu pedido para o exame de carga viral negado.

O teste é peça indispensável para o diagnóstico e o acompanhamento da doença, já que mede a quantidade de vírus HIV presente no organismo e pode detectar aqueles pacientes que desenvolveram resistência ao tratamento.

Pelo menos outras duas unidades do SAE em São Paulo, Butantã e Santo Amaro, em que o HuffPost Brasil checou, não estão aplicando o teste desde que Ministério da Saúde iniciou o racionamento dos kits, no fim de maio.

Para a Maria Clara Gianna, diretora Técnico de Saúde III (substituta) e coordenadora Adjunto do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, a situação atual não é nada "confortável". Na capital paulista, os exames são realizados em laboratórios regionais que atendem cerca de 200 ambulatórios.

Em entrevista ao HuffPost Brasil, ela explicou que a Secretaria Estadual de Saúde foi orientada pelo Ministério da Saúde a realizar apenas os exames em casos considerados "indispensáveis", como gestantes e crianças.

Porém, nas duas unidades em que a reportagem entrou em contato, o exame não estava sendo realizado em nenhuma condição.

"Há bastante tempo não convivemos com uma situação como esta. Há uma dificuldade no encaminhamento dos kits pelo Ministério da Saúde. O prazo é agosto, mas ainda não recebi um informe oficial do ministério para saber a partir de qual data esse processo deve ser regularizado. É interessante também a gente receber deles um informe que possa ser repassado para a população, para que ela fique mais tranquila", explica a coordenadora.



De acordo com Gianna, houve custos acima do esperado em um processo licitatório para os exames de carga viral e o contrato não pôde ser firmado pelo Ministério da Saúde. A medida, então, foi fazer uma nova licitação.

Em julho do ano passado, a pasta iniciou um processo de compra dos exames, mas, de acordo com o ministério, apenas uma empresa fez parte do pregão eletrônico, o que elevou o preço de oferta.

Em comunicado oficial enviado ao HuffPost Brasil, a pasta nega que há racionamento dos kits.

De acordo com o órgão, foram distribuídos 46,4 mil testes para todo o País, quantidade que deve manter a rede pública abastecida até o fim de julho, e o contrato de uma nova compra de 1,59 milhão de testes já foi encaminhado.

Segundo o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a orientação para que os estados priorizassem populações não significa o desabastecimento da rede.

"Essa foi uma medida de precaução, caso o processo do segundo pregão também fosse impedido, o que não ocorreu. O Ministério da Saúde encaminha os testes aos estados, que são responsáveis pela logística local de abastecimento dos municípios. Por fim, cabe esclarecer que o teste de carga viral é realizado a cada seis meses em pacientes vivendo com o vírus HIV, para monitoramento da doença. Em 2016, foram realizados mais de 550 mil testes de carga viral em todo o País", explica a nota.

Além de São Paulo, pelo menos outros dois estados passam pela mesma situação. A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou por telefone ao HuffPost Brasil problemas na aplicação do exame. Em nota, a secretaria de Pernambuco ressaltou a dependência do ministério.

"Há o racionamento dos exames de carga viral, que são encaminhados pelo Ministério da Saúde. Para mais informações sobre essa situação, você precisa checar com o órgão federal", explicou a assessoria do órgão de Pernambuco.

Fracionamento de medicamentos

Assim como Marcos*, João* procurou o HuffPost Brasil ao ser surpreendido em sua última visita de rotina ao posto de saúde no bairro do Butantã, na capital paulista.

Ele costumava retirar uma quantidade de medicamentos antirretrovirais para o seu tratamento que o possibilitava ficar até seis meses abastecido.

No entanto, o posto de saúde só foi autorizado a fornecer a medicação para um mês.

Em outros estados, a situação é ainda mais preocupante.

Pacientes do Amazonas reclamaram da oferta de medicamento para apenas dez dias, enquanto o frequente seria a quantidade para três meses.

Ao HuffPost Brasil, a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, órgão responsável pelo tratamento de HIV/aids no estado, afirmou que os estoques dos medicamentos estão sendo regularizados e os pacientes voltarão a receber a medicação para uso prolongado.

"A Coordenação ressalta que adotou o sistema de fracionamento dos medicamentos como medida para que pudesse atender todos os pacientes, devido ao atraso na entrega dos mesmos pelo Ministério da Saúde, e para não faltar o insumo até a regularização dos estoques. O sistema adotado emergencialmente permitiu que todos os pacientes com HIV continuassem a seguir o tratamento, sem prejuízos."
Baixas nos estoques

Em São Paulo, a coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/Aids afirma que, desde março, o estado tem recebido remessas menores dos medicamentos. Um dos componentes do tratamento popularmente conhecido como "Três em Um" é o que mais sofreu impacto nos repasses.

"Estamos recebendo quantitativos menores e fracionados do Ministério da Saúde. Não estamos em falta. Mas, essa quantidade nos permite atender a necessidade do estado com muito ajuste e muita preocupação. Não estou minimizando a situação. Estamos trabalhando de maneira integrada com o ministério para diminuir os impactos que essa situação pode ter na vida dos pacientes", explicou Gianna.

Para Claudio Pereira, presidente do Grupo de Incentivo à Vida, uma das principais organizações nacionais em apoio aos soropositivos, a maior preocupação no fracionamento dos medicamentos está no impacto que essa estratégia pode ter sobre aqueles que estão no início do tratamento.
A pessoa pode acabar desistindo de voltar no posto para continuar o tratamento. É um risco. A pessoa fica receosa.

Segundo ele, o paciente fica dependente de ter que ir ao local e não conseguir retirar os medicamentos. "O nosso grande receio é de que, por trás desse fracionamento, as unidades tenham recebido cotas menores de medicamento. E o que quer dizer essa cota menor? Quer dizer que a compra está sendo feita de forma desorganizada, e corre o risco de faltar medicação", explica Pereira.

Procurado, o ministério negou que falte medicamentos:


"O Ministério da Saúde adquire e distribui regularmente, para aproximadamente 500 mil pessoas, 37 apresentações de medicamentos antirretrovirais que compõe o tratamento de HIV/Aids. O Ministério da Saúde afirma que não há falta de medicamentos para aids em São Paulo e em nenhum outro estado do país. Cabe esclarecer que não há nenhum problema de ordem financeira para aquisição desses insumos, assim como nenhuma orientação a estados e aos municípios no sentido de que seja feito o fracionamento dos medicamentos."
A logística dos medicamentos

O SUS é um sistema tripartite que possui responsabilidades compartilhadas entre estados, municípios e União.

No caso do tratamento de HIV/Aids, o Ministério da Saúde é o responsável por comprar os medicamentos antirretrovirais e repassá-los para os governos dos estados, que encaminham para as prefeituras dos municípios por meio de um fluxo de distribuição gerenciado.

No caso de São Paulo, excepcionalmente, o município também recebe remessas diretas do governo federal.

Todos os estoques são acompanhados por um sistema informatizado, o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Ele é consolidados pelo estado que é responsável pelo gerenciamento dos estoques dos antirretrovirais recebidos.

Por meio do SICLOM, os gestores conseguem remanejar estoques e fazer pedidos.

"É um sistema que favorece muito a distribuição. Temos uma equipe de farmacêuticos que trabalham lado a lado com o sistema para o remanejamento dos medicamentos. Em uma situação não tão confortável como essa, o remanejamento é imprescindível. Aqui, trabalhamos com muita sintonia com a equipe do município ", explica a coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo.
O Brasil e a aids

São pelo menos 830 mil pessoas em tratamento de aids no Brasil, de acordo com o relatório da Unaids.

O País é o que mais concentra novos casos de contágio por HIV na América Latina, respondendo por 40% das novas infecções.

Desde 1996, também foi um dos primeiros países a fornecer tratamento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Há quatro anos, o governo adotou novas estratégias de combate ao vírus. Em 2015 o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids reconheceu o Brasil como referência mundial no controle da epidemia.

Entre as medidas, destacavam-se a contagem dos linfócitos (CD4), as coberturas de tratamento antirretroviral (TARV), a ampliação da testagem, a conscientização sobre o uso da camisinha e o início precoce do tratamento em caso de soropositividade.

Porém, no ano passado, uma pesquisa da ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de aids)chamou atenção para o fato de que os remédios utilizados no Brasil já estão ultrapassados em relação aos de outros países.

À época da divulgação, a diretora do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Brasil, Adele Benzaken, considerou o documento como "político".

"Trata-se de um documento político, de posição e de apontamentos para onde deve ir a resposta brasileira no atual contexto do sistema de saúde (SUS). A comprovação de que alguns avanços ocorreram estão bem documentados no report 90-90-90", argumentou.

No compromisso internacional 90-90-90, o Brasil tem até 2020 para atingir as metas de controle, redução e tratamento.

Até o final do prazo, 90% de todas as pessoas vivendo com HIV devem saber que têm o vírus; 90% das pessoas diagnosticadas com HIV vão ter recebido terapia antirretroviral; e 90% das pessoas recebendo tratamento terão sua carga viral indetectável e já não serão transmissoras do vírus.
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