FIQUE POR DENTRO : Hepatites virais poderão ser identificadas por testes rápidos


O Ministério da Saúde atualizou o manual para investigação de casos da doença e já está disponível a 2ª edição do Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais. Nesta versão, o manual destaca a utilização dos testes rápidos como estratégia para a ampliação do diagnóstico das hepatites virais. Os testes rápidos agora podem ser utilizados para investigação inicial nos fluxogramas de diagnóstico das hepatites B e C e a complementação diagnóstica, após um resultado reagente para detecção do HBsAg ou para anti-HCV, pode ser feita utilizando teste molecular.
Testes rápidos serão utilizados no diagnóstico inicial de hepatites virais
Fonte: Ministério da Saúde

As mudanças também consideram protocolos de diagnóstico internacionais, que preconizam o diagnóstico rápido das hepatites virais e o encaminhamento oportuno das pessoas infectadas para o tratamento.


Destaca-se que o diagnóstico preciso e precoce permite um tratamento adequado das hepatites e impacta diretamente a qualidade de vida do indivíduo, sendo ainda um poderoso instrumento de prevenção de complicações mais frequentes, como cirrose avançada e câncer hepático.

IMPORTANTE LEMBRAR:

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/formas-de-transmissao-das-hepatites-b-e-c/


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
Governo do Brasil. Ministério da Saúde
https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/formas-de-transmissao-das-hepatites-b-e-c/








Sífilis ocular

É possível ter sífilis no olho? Mas não é uma infecção sexualmente transmissível? 
Sim, é possível. E, sim, é uma IST. 

Primeiramente, a sífilis é uma doença infeciosa causada pela Treponema pallidum, que entra pelas membranas mucosas ou pela pele, alcança os linfonodos regionais dentro de horas e rapidamente se dissemina ao longo do corpo. Essa doença pode ser classificada nas formas primária, secundária e terciária, como já foi explicado aqui. As manifestações oculares podem ocorrer em qualquer destas formas e comprometer qualquer parte do olho, embora sejam mais frequentes na sífilis secundária e terciária. Quando, além do quadro ocular, há acometimento associado do sistema nervoso central, em 98% das vezes trata-se da forma terciária 

O professor João Marcello Furtado, da FMRP, diz que a sífilis tem que ser investigada em todos os casos de inflamação intraocular. “O diagnóstico incorreto atrasa o tratamento adequado e a sífilis tem como ser prevenida com o uso de preservativos”, lembra o professor.

Furtado faz alerta também a médicos, clínicos gerais ou infectologistas, que devem perguntar de queixas oculares e encaminhar ao oftalmologista, se necessário, sempre que diagnosticarem um caso de sífilis. “Já ao oftalmologista indicamos que, sempre que examinar um paciente com inflamação ocular, deve suspeitar de sífilis”, diz. Essa doença pode levar à perda da visão por atrapalhar a luz a chegar até a retina e esse estímulo ser transportado até o cérebro, ou pela perda de funcionamento da retina, que “capta” o estímulo luminoso.

O professor lembra que o tratamento padrão recomendado é penicilina cristalina endovenosa (antibiótico injetado na veia). “Parte das alterações podem ser revertidas com o tratamento precoce, com o tempo e tratamento corretos. Mas se ocorrer alguma complicação mais grave, a perda da visão pode ser permanente”, alerta.


Apesar de ter assolado parte da população no século 16 e permanecer frequente até a década de 50 do século 20, ficou um pouco esquecida da população, mas voltou nos anos 1980 em função da Aids, retrocedeu novamente e, nos últimos anos, ganhou status de epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por os médicos por não estarem mais acostumados a ver diagnósticos de sífilis, fez com que o índice de pessoas com a sífilis ocular crescesse no mundo inteiro. Há relatos de aumento dessa doença nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália. Se ela não for detectada precocemente pode trazer complicações sérias e afetar a visão. 
Então, se você apresenta sintomas e sinais da sífilis ou já foi diagnosticado, passe em um oftalmologista e verifique. Previna-se! Este é o melhor método para evitar essa doença.
Fonte:
Cresce a sífilis ocular no Brasil <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/cresce-a-sifilis-ocular-no-brasil/> (Acesso 22/09/2018 às 15h)

Sífilis <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/s%C3%ADfilis#v1024291_pt> (Acesso 25/09/2018 às 19h)


Exudative bilateral retinal detachment and behavior changes in a patient with neurosyphilis: case report <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492006000100022> (Acesso 25/09/2018 às 19h)

Homem diagnosticado com 'pior caso' de supergonorreia do mundo acende alerta em médicos

A Organização Mundial da Saúde já havia alertado para a aparição de um perigoso tipo de gonorreia resistente a antibióticos. Agora, um grupo de médicos britânicos anunciou o caso "mais grave" já detectado no mundo.
O Serviço de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) explicou que o paciente é um homem que vivia uma relação estável com uma parceira, mas se contagiou com a "superbactéria" no início do ano quando teve um caso com uma mulher no sudeste da Ásia.
Ao aplicar o tratamento tradicional contra a doença - uma combinação de azitromicina e ceftriaxona - os especialistas constataram que o homem não respondia aos antibióticos.

 O grau de resistência em 77 países inclusive o Brasil, segundo a OMS:
-  81% reportaram casos de Neisseria gonorrhoeae resistente à azitromicina
-  97% reportaram casos de bactérias resistentes à ciprofloxacina
- 66% reportaram casos de bactérias resistentes às cefalosporinas de amplo espectro

Mas afinal o que é gonorreia?

A gonorreia é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que mais tem crescido no Brasil e no mundo. Além disso, em 2017 a Organização Mundial da Saúde alertou para como a bactéria Neisseria gonorrhoeae está se tornando cada vez mais resistente à antibióticos. 

Nomes populares: Blenorragia, blenorreia, esquentamento, pingadeira, purgação, fogagem, gota matutina, gono, uretrite gonocócica.

Como pode ser transmitido? 

Principal forma de transmissão da gonorreia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira. O período de incubação geralmente ocorre entre 2 e 5 dias. O risco de transmissão de um parceiro infectado a outro é de 50% por ato. Pode durar de meses a anos, se o paciente não for tratado. O tratamento eficaz rapidamente interrompe a transmissão.

Sintomas?

Na maioria dos casos, a gonorreia passa desapercebida. Quando há sintomas, alguns são bastante característicos, principalmente na região genital

Sintomas da gonorreia no homem, no pênis, os mais comuns são:
  • Dor e ardência ao urinar
  • Secreção abundante de pus pela uretra
  • Dor ou inchaço em um dos testículos.
Sintomas de gonorreia na mulher, na vagina são:
  • Aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável
  • Dor e ardência ao urinar
  • Sangramento fora do período menstrual
  • Dores abdominais
  • Dor pélvica.
Sintomas gerais da gonorreia
A gonorreia também pode surgir em outras partes do corpo:
  • Reto: os sintomas comuns da gonorreia na região anal são coceira, secreção de pus e sangramentos
  • Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos
  • Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta
  • Articulações: se a bactéria afetar alguma articulação do corpo, está poderá ficar quente, vermelha, inchada e muito dolorida.
Sintomas da gonorreia em recém-nascidos
Normalmente os recém-nascidos contaminados com gonorreia no momento do parto podem apresentar sintomas semelhantes a conjuntivite, como:
  • Olhos vermelhos
  • Inchaço das pálpebras.
Em casos mais graves, eles podem apresentar infecções na corrente sanguínea e meningite.

Como é feito o tratamento da gonorreia?

Há dois objetivos no tratamento: o primeiro é curar a infecção do indivíduo, enquanto o segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença. Para isso, além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os seus contatos sexuais para tratá-los, se indicado. Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos.
Em casos mais simples o mais comum é o uso de ceftriaxona mais azitromicina. Mas isso varia muito conforme o quadro do paciente.
Uma visita de acompanhamento após o tratamento é importante, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal. Também devem ser realizados exames para garantir que a infecção tenha sido curada.
Em caso de bebês, rotineiramente os pediatras aplicam um medicamento imediatamente após o parto nos olhos do recém-nascido para evitar infecção. Se ainda assim o bebê desenvolver a infecção, poderá ser tratado com antibióticos também.

Como se prevenir?


Usar preservativos na relação sexual é o melhor meio para se prevenir gonorreia. Use camisinha em todo e qualquer tipo de contato sexual, seja ele vaginal, anal ou oral.

Fontes:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-43584352
https://veja.abril.com.br/saude/homem-tem-a-pior-supergonorreia-no-mundo-e-preocupa-medicos/
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gonorreia


Vamos falar sobre sífilis: a IST que virou epidemia nacional





A sífilis é assim, começa com um machucado. Indolor, costuma não ser bonito, mas também não é o fim do mundo. Quando aparece na região genital, fica evidente nos homens, mas pode acabar escondido dentro da vagina da mulher sem chamar atenção. Há ainda outros casos discretos, como na garganta ou no ânus. Aí, quando você está começando a se preocupar, Bam! A ferida desaparece. Parabéns! Seu sistema imunológico é mesmo incrível, né? Na verdade, não. Você só passou para a próxima etapa de uma doença que, a curto ou longo prazo, pode atacar seu cérebro, mudar a estrutura dos seus ossos, deformar seu rosto e matar seus filhos. Você tem sífilis.
A sífilis é um assunto sério! Vamos saber mais sobre essa infecção sexualmente transmissível, suas causas, prevenção e tratamento?!
O que é a sífilis?
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum através de relação sexual sem proteçãoPode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. Ela invade o corpo em quatro fases. Cada etapa determina o quanto o organismo está dominado pelos micro-organismos. 
A primeira, denominada como sífilis primária é rápida (dura no mínimo quatro e no máximo oito semanas) e se manifesta como uma ferida indolor que desaparece sozinha, sem deixar rastros. O fato de o machucado não doer está longe de ser bondade. É estratégia de sobrevivência das bactérias. Se não dói, dá para transar, né?! – e disseminá-las.
A sífilis secundária é ainda mais favorável para as bactérias. A doença volta a dar as caras entre seis semanas e seis meses após os machucados genitais sumirem. A pessoa infectada pode apresentar feridas pelo corpo, manchas vermelhas e lesões na palma das mãos ou dos pés. Esses sintomas que podem ser facilmente confundidos com uma alergia cutânea. E sabia que se você tomar um antialérgico, é provável que as feridas sumam?! O que é péssimo. Essas reações afinal são tentativas do corpo de sinalizar a doença, e uma medicação equivocada para abafar os sintomas mascara o pedido de socorro. Uma vez que os sinais se vão mais uma vez, se torna um passe livre para voltar a transar e multiplicar a espécie da bactéria. E assim começa a terceira fase da doença.
A sífilis latente pode durar até 40 anos, ficando reclusa, quietinha, sem manifestar sintomas. Na verdade, ela perde até seu caráter infeccioso; ou seja, o portador não passa mais a bactéria para frente.
Mas aí vem a sífilis terciária que é a fase aguda da doença. As úlceras que começam a brotar pelo corpo são tão agressivas que, em regiões de contato direto da pele com ossos, como no crânio, o esqueleto começa a ser corroído. Implacável, a infecção ainda ataca os sistemas vascular e nervoso – o que pode acontecer precocemente entre a primeira e a segunda fase. Quando a bactéria finalmente ocupa o cérebro, o infectado começa a sentir alterações de humor e pode desenvolver demência. É a chamada neurosífilis. Nesta última fase, finalmente, transar não ameaça mais aos outros. A sífilis deixa de ser infecciosa e quer acabar somente com o portador.
E um dos alvos mais frágeis é um grupo que tem sofrido particularmente com epidemias recentes no Brasil: as grávidas. Assim como o zika, a sífilis não poupa os bebês. Se uma gestante está infectada, em qualquer fase da doença, a criança pode nascer com sífilis congênita. 59% das crianças nascidas de mães com sífilis também apresentaram sinais da bactéria. A condição pode ocasionar más formações neurológicas e ósseas, além do óbito da criança. 

Como diagnosticar?
Se você se expôs à alguma situação de risco, como praticar sexo sem uso de preservativo, basta fazer o teste rápido (TR) de sífilis que está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica.
E como é o tratamento?
A infecção pode ser curada com um tratamento barato e simples: algumas doses de penicilina. Se a doença for diagnosticada no primeiro ano, a cura se resume a apenas duas injeções de benzetacil, uma em cada glúteo. Sim, aquela mesma que você encontra na farmácia e que pode ser administrada em  grávidas. Se o diagnóstico só aparecer mais tarde, sem problemas: penicilina cristalina (uma versão mais poderosa do antibiótico) nela, dessa vez por um pouco mais de tempo, duas injeções por glúteo em três doses semanais. Esse procedimento consegue até mesmo impedir a passagem da bactéria da grávida para seu filho.
Mas como é que o Brasil conseguiu virar palco de uma epidemia tão facilmente curável?
Umas das justificativas utilizadas pelo Ministério da Saúde é a queda no uso das camisinhas. Ela, de fato, é real e importante nessa causa, pois o uso da mesma previne não só a sífilis, mas também todas as outras infecções além da gravidez indesejável. Uma outra explicação é que a acessibilidade da penicilina tenha passado de nossa maior aliada para nossa maior inimiga. O preço modesto, que deveria facilitar o acesso da população à droga, desestimula a indústria farmacêutica a fabricá-la. Resultado: em 2015, faltou penicilina nas prateleiras do Brasil. E mesmo quando havia remédio aparecia um problema: ninguém na rede pública queria aplicá-lo, ficando restritos a postos de atendimento onde não havia suporte para a aplicação da medicação em um portador de sífilis, pois havia o risco de um choque anafilático, por exemplo. Até julho de 2015 era proibida a aplicação do medicamento pela equipe de enfermagem de locais que não estivessem equipados e se um enfermeiro do local resolvesse administrar penicilina, poderia ser responsabilizado por isso. O resultado foi o medo: segundo o Ministério da Saúde, 50% das equipes médicas evitavam aplicar penicilina por causa desse receio. Há também uma culpa paterna pela disseminação da doença, pois 62% dos parceiros de mulheres grávidas com sífilis não tomam os medicamentos, dando continuidade ao ciclo da bactéria.
E o que fazer diante disso?
Expor a situação ao público é só uma das frentes de batalha contra a sífilis. Outras medidas urgentes estão em andamento. Com a declaração da epidemia, o governo está articulando para liberar o preço da penicilina, para que fique mais cara. E isso é bom para o combate à sífilis. Apesar de soar contraintuitivo, a realidade é que a indústria farmacêutica não tinha interesse em produzir um medicamento que não lhe desse uma margem de lucro alta, mesmo que curasse centenas de milhares de pessoas. Agora é hora de estimular a produção do remédio. Um parecer do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) também liberou a aplicação dos medicamentos em postos de atendimento. E no momento está havendo um cuidado progressivo com os diagnósticos, pois entre 2001 e 2015 os testes rápidos entregues pelo SUS passaram de 1 milhão para 6 milhões; o Ministério da Saúde afirma que está instruindo médicos a falar de IST e a distribuir o exame na primeira semana de pré-natal. Outra medida de conscientização que deve ser tomada pela população é o uso indispensável do preservativo em toda e qualquer prática sexual, pois dessa forma, vai estar evitando o contato com a bactéria causadora da sífilis e suscetivamente sua propagação. 
Dificilmente essas boas práticas resolverão o problema da sífilis no Brasil, ainda que, sem sentir dor, muitos brasileiros infectados não estejam nas preocupantes estatísticas só porque não foram ao médico perguntar sobre aquela feridinha que, olha só, já passou...
FIQUEM LIGADOS! PREVENÇÃO É A MELHOR ESCOLHA!!!
Fonte: REVISTA SUPERINTERESSANTE: A NOVA CARA DA SÍFILIS
< https://super.abril.com.br/saude/a-nova-cara-da-sifilis/ > acesso em 12 Ago 2018

MINISTÉRIO DA SAÚDE: SÍFILIS < http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sifilis > acesso em 12 Ago 2018

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