IST's estão cada vez mais frequentes na população idosa.


                
No dia 1º de outubro se comemora o Dia Internacional do Idoso, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente essa classe está cada vez mais ativa se tratando também da vida sexual, e é por isso que as preocupações aumentam já que estes idosos estão vulneráveis a infecções sexualmente transmissíveis devido a ausência do uso do preservativo.
 Além da resistência ao uso de preservativo, o Ministério da Saúde também atribui a alta das ocorrências de DSTs em idosos a uma questão cultural: "As pessoas que, hoje, estão na terceira idade, iniciaram a vida sexual num contexto em que não existia a Aids, por exemplo. Elas não tiveram o hábito de usar o preservativo e não se reconhecem como um grupo vulnerável", informou o órgão, por meio de nota.
Ao nos aproximarmos dessa data, é muito importante falar sobre o aumento de casos de IST nessa população idosa nos últimos anos. De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, cerca de 4% a 5% da população acima de 65 anos são portadores do vírus HIV, um aumento de aproximadamente 103% Além da AIDS, outra doença que têm aumentado sua disseminação entre idosos é a Sífilis.
O aumento constante segue uma tendência mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, se o ritmo de infecções nessa faixa etária prosseguir como está, em 2030, 70% da população mundial com mais de 60 anos terá o vírus causador da AIDS.
O uso do preservativo deveria ser uma pauta constante também para esse grupo de pessoas, já que atualmente a maioria das campanhas e discussões estão voltadas para a população jovem e adulta.   



Anvisa aprova Vemlidy: novo medicamento para tratamento da hepatite B


A Anvisa publicou recentemente a aprovação de Vemlidy® (tenofovir alafenamida), da Gilead Sciences, para tratamento da hepatite B em adultos - há 10 anos não havia aprovação de um novo medicamento para esta doença. O Vemlidy® possui nova versão do tenofovir (chamada de TAF) que oferece maior estabilidade plasmática. Isso significa que há redução de até 89% da substância na corrente sanguínea do paciente, garantindo menos efeitos adversos durante tratamento.

"A aprovação do Vemlidy® pela Anvisa significa mais um grande passo no tratamento da hepatite B no Brasil. O fármaco tem a mesma eficácia do tenofovir antigo em capacidade de suprimir a quantidade de vírus. Porém, com a vantagem de ser absorvido pelo intestino sem ficar muito tempo no plasma (sangue) e sem que os rins precisem eliminá-lo, o que pode causar danos no órgão e perda de massa óssea ", explica Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e diretor médico associado da Gilead Sciences.
A eficácia e segurança do Vemlidy® foi testada em mais de 1.200 pacientes com hepatite B em dois ensaios clínicos durante dois anos. Foi comprovada a melhora na segurança renal e redução da possibilidade de perda de massa óssea, que pode levar à osteopenia e osteoporose e, consequentemente, aumentando o risco de fraturas. O medicamento é de uso oral, o que facilita a administração.
A hepatite B é causada pela infecção de um vírus, o HBV, que pode causar grave dano hepático, cirrose e câncer no fígado e ainda levar à morte quando não controlado adequadamente. Geralmente é transmitido pelo sangue por meio do compartilhamento de seringas e agulhas, escova de dente, lâmina de barbear, hemodiálise, relações sexuais sem o uso de preservativos ou pela transmissão vertical (mãe para o feto no útero).
Existe uma vacina indicada para adultos ou crianças, em 3 doses, e está disponível no Sistema Único de Saúde. Esta fornece proteção em longo prazo para pessoas que não foram infectadas com o vírus.
Muitas vezes, a doença não apresenta sintomas. Mas, em alguns casos, o organismo aponta alguns sinais como: dores abdominais, urina escura, fadiga extrema, vômito, icterícia (olho amarelo) e náuseas.

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, incluindo o teste rápido disponível na rede pública, necessita de apenas uma gota de sangue e fica pronto em poucos minutos. Em alguns casos, pode haver a necessidade de biópsia do fígado ou exames para avaliar se há comprometimento no órgão. O exame é obrigatório para todas as gestantes.
Embora ainda não exista cura para a hepatite B crônica, existe tratamento que reduz o risco de complicações e diminui a possibilidade de transmissão. Nem todas as pessoas infectadas terão necessidade de fazer o tratamento.
Fonte: https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/mercado/4488-anvisa-aprova-vemlidy-novo-medicamento-para-tratamento-da-hepatite-b.html

PrEP sob demanda ou PrEP 2+1+1


A Organização Mundial de Saúde (OMS), durante uma conferência sobre HIV realizada na ultima semana de agosto na Cidade do México publicou um guia de recomendações para o uso da PrEP Sob Demanda como nova forma de prevenção em situações específicas.                                                                    
A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) ao HIV é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV. Consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus causador da aids infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus.
A PrEP clássica, já conhecida desde 2010, consiste no uso de dois medicamentos antirretrovirais co-formulados em um comprimido que, quando tomado diariamente por pessoas que não vivem com HIV, pode reduzir em mais de 99% o risco de se infectarem com esse vírus em relações sexuais sem preservativo.     
A PrEP diária é recomendada pela OMS desde 2015 e pelo Ministério da Saúde brasileiro desde 2017, como forma adicional de prevenção para indivíduos que apresentam risco elevado de infecção por HIV por não usarem o preservativo de forma consistente. É oferecida dentro de um pacote de Prevenção Combinada, que também inclui periodicamente o aconselhamento de redução de vulnerabilidades, testagem e tratamento das demais infecções sexualmente transmissíveis e atualização da carteira vacinal. 
Já a PrEP sob demanda é uma forma diferente de prevenção do HIV que utiliza o mesmo medicamento da PrEP diária, porém tomado em posologia diferente. Agora é recomendado pela OMS, tomar apenas 4 comprimidos da PrEP próximos à relação sexual, dois antes e dois depois.                                                                                
 O esquema é também chamado de PrEP 2+1+1, pois os dois primeiros comprimidos devem ser tomados de 2 a 24 horas antes da relação sexual. Depois disso, mais um comprimido no dia seguinte, 24 horas depois dos primeiros, e por fim um último tomado 48 horas após o início do esquema. Sendo, portanto, 4 comprimidos tomados em 3 dias: 2 no primeiro, 1 no segundo e 1 no terceiro.                                                                    
Por fim, a PrEP sob demanda só é recomendada oficialmente para homens gays e bissexuais, uma vez que foram esses os grupos majoritariamente incluídos nos estudos franceses.


Referências:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/profilaxia-pre-exposicao-prep


https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/325955/WHO-CDS-HIV-19.8-eng.pdf?ua=1
                              









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