DONOVANOSE: A IST que “come carne”




1.0 Descrição
A donovanose é uma IST que possui como agente etiológico uma bactéria chamada de Klebsiella granulomatis. A infecção “ataca” as regiões preferencialmente da pele e de mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus.
Possui o homem como reservatório (que transporta o agente etiológico) tendo como modo de transmissão, a relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Assim, a forma mais eficaz de evitar a infecção é a utilização de camisinhas (femininas e/ou masculinas) durante as relações sexuais.

2.0 Sinais e Sintomas
Os principais sintomas relacionados com a donovanose são a presença de lesões nas regiões da virilha, nas genitálias e nos ânus. Essas lesões se transformam em feridas nas quais podem ocorrer o sangramento facilitado, apesar da ausência de dor.
O apelido dessa IST ser “come carne” advém do fato da bactéria ter como característica a formação de úlceras na região infectada, prejudicando/”desintegrando o local e podendo necrosar em casos mais graves.
É valido ressaltar que a medida que a doença avança, a parte afetada pela infecção vai ficando cada vez mais exposta, situação a qual facilita a entrada de outros microrganismos, podendo então o paciente vir a ter outras infecções.

3.0 Diagnóstico e Tratamento
O departamento de Doenças De Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério Da Saúde, recomenda-se que Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. Ao término do tratamento, é necessário retorno à consulta, para avaliação de cura da infecção. Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja finalizado”
O diagnóstico em si é laboratorial, com a demonstração de corpúsculos de Donovan em esfregaço de material proveniente de lesões/feridas que suspeitam-se ser de donovanose.


4.0 Referências





CLAMÍDIA



1.0 Descrição

A clamídia é uma IST a qual possui como agente etiológico uma bactéria chamada de Chlamydia trachomatis. A infecção afeta a região genital do paciente, mas também pode ocorrer de infectar outras partes do corpo, como a região oral. Apesar de tal patologia não ser mortal, é necessário a atenção nela já que, em específico, é uma infecção que não demonstra muitos sintomas e apresenta complicações para o paciente.



2.0 Transmissão
A transmissão da clamídia ocorre pelo ato sexual desprotegido com uma pessoa infectada e também ocorre de forma vertical, ou seja, da mãe para o feto. A transmissão vertical acontece na passagem do feto pelo canal do parto, em virtude da infecção atingir principalmente a região da uretra, podendo o feto adquirir uma conjuntivite por clamídia (oftalmia neonatal) ou também uma pneumonia.
A IST também pode acometer de se instalar na região anal, oral (faringe). Nesse último, ela pode ser responsável por resultar em algumas doenças pulmonares.


3.0 Sinais e Sintomas
O ministério da saúde comenta que em torno de 70% a 80% dos pacientes que estão com a infecção, não apresentam sintomas. No entanto, na porcentagem da população que o sintoma é perceptível, os mais comuns por clamídia, de acordo com o ministério da saúde, são:
  • Nas mulheres:
corrimento amarelado ou claro;
sangramento espontâneo ou durante as relações sexuais;
dor ao urinar e/ou durante as relações sexuais;

  • Nos homens:
ardência ao urinar;
corrimento uretral com a presença de pus;
Dor nos testículos.
Sabe-se também que o período de incubação desse bactéria no corpo humano, é em torno de 15 dias. Nesse período é quando o contágio ocorre e por ser, na maioria dos casos assintomática, o contágio pode ser facilitado caso a pessoa faça relação sexual desprotegida.


4.0 Complicações
Algumas das complicações por clamídia que acometem os pacientes quando não tratada são:
1. Infertilidade;
2. Dor crônica na região pélvica;
3. Dor durante as relações sexuais;
4. Gravidez tubária (quando ocorre nas trompas);
5. Complicações na gestação.
É válido ressaltar que no caso da mulher que foi infectada por clamídia, a infertilidade advém pela possibilidade da bactéria atravessar o colo uterino, chegando nas tubas uterinas e provocando então a DIP, uma doença inflamatória pélvica, a qual pode ser responsável pela obstrução das tubas impedindo a fecundação. Ademais, esse processo infecioso pode auxiliar para uma gravidez tubária;
No caso dos homens, a bactéria pode resultar em uma inflamação nos epidídimos e nos testículos. Essa inflamação é capaz de obstruir a passagem dos espermatozoides, podendo deixar o paciente infértil.


5.0 Complicações por clamídia na Gravidez
O ministério da saúde comenta que as complicações que podem ocorrer na gravidez quando há infecção por clamídia e não é tratada são:
Gravidez tubária;
Aborto espontâneo;
Inflamação da camada interna do útero (endometrite);
Parto precoce;
Infecção pós-parto, caso a clamídia for contraída durante a gestação.


6.0 Diagnóstico e Tratamento para Clamídia
O diagnóstico é feito a partir da avaliação dos sintomas e sinar da clamídia no paciente quando possível. Todavia, os pacientes infectados por clamídia geralmente procuram um médico quando começa apresentar as complicações dessa infecção. Assim, faz-se um exame de urina, da secreção uretral e também do material obetido por esfregaço na uretra, sendo que nas mulheres, é também proposto recolher material do colo do útero. Além dessas coletas, pode fazer outro exame de extrema importância para detectar anticorpos anticlamídia no sangue (IgM).
Identificado a infecção, o tratamento é feito por antibióticos (exemplo: azitromicina ou doxiciclina). Esses medicamentos são receitados pelo médico dependendo de cada caso e as gestantes devem fazer o acompanhamento pré-natal, junto com a efetuação de exames específicos.
Quando se faz o tratamento corretado, tomando os anibióticos como recomendado e evitando relações sexuais no período de infecção, há a cura da infecção por clamídia.



7.0 Referências Bibliográficas




DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)



Contextualização:
Quando há uma infecção dos órgãos reprodutores femininos superiores, como as trompas, o útero e os ovários, denominamos de Doença Inflamatória Pélvica, ou sua abreviação DIP.
Essa doença está inclusa nas infecções sexualmente transmissíveis, a qual normalmente a mulher sente dor na parte inferior do abdômen. Essa patologia pode ser consequência de outra IST, na maioria dos casos.

Definição da doença:
O departamento de doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde, define DIP da seguinte forma: É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas e ovários, causando inflamações. Esse quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas”.
Sabe-se também que essa doença é considerável como sendo a causa evitável mais comum de infertilidade nos Estados Unidos.
É importante ressaltar que a DIP acomete geralmente as mulheres sexualmente ativas, sendo raro, mas não impossível, o aparecimento dessa condição em meninas antes da primeira menstruação (menarca), ou em mulheres durante a gestação ou após a menopausa.

Formas de Contágio:
Como essa infecção é classificada como uma IST (infecção sexualmente transmissível) então uma das formas de contrair é a partir do contato com bactérias após relação sexual desprotegida.
Outras formas de contágio podem ser a partir de procedimentos médicos locais:
inserção de um dispositivo intrauterino, o DIU;
Biópsia na parte do útero;
curetagem (definindo como operação que consiste em esvaziar o interior de uma cavidade natural ou patológica com o auxílio de uma cureta; raspagem.”)
É digno de nota que a DIP, na maioria dos casos, acomete mulheres que já possuem outra IST. No caso, a literatura diz que as outras IST mais comuns que auxiliam para o desenvolvimento da DIP são a gonorreia e a infecção por clamídia não tratada.

Referência:



PREVENÇÃO COMBINADA.

PREVENÇÃO COMBINADA

Por Clara Magossi 23/05/2020.




             As ISTs, terminologia para Infecções Sexualmente Transmissíveis, são conjuntos de infecções as quais possuem como principal forma de contágio a relação sexual desprotegida. Não sendo a única forma, para cada uma delas desse grupo, há também outras forma de contágio. Por outro lado, apesar de atingir várias pessoas de diferentes populações ao redor do mundo, para cada uma das infecções há, ou uma forma de tratamento, ou uma cura. 
           No Brasil, com o intuito de impedir a proliferação das ISTs e ajudar aqueles já acometidos por ela, criou-se uma estratégia com o âmbito de prevenção, chamado de Prevenção Combinada, utilizada para HIV e também para as outras IST e Hepatites Virais.

O que é ?

           O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde definiu como sendo uma estratégia que faz uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção/profilaxia, como as biomédicas, comportamental e a estrutural. Essas, são aplicadas em múltiplos níveis, desde o individual chegando até a níveis comunitários e sociais, com o viés de atender as necessidades específicas para diferentes segmentos populacionais.

A “Mandala” 

        Foi criado um esquema didático e simples que aborda todas as vertentes da prevenção combinada em forma de uma mandala. Nela, consegue identificar como que essa estratégia baseia-se na interconexão das diferentes ações de prevenção. Abaixo, há o esquema da mandala, disponível nos sites oficiais do ministério da saúde 




Métodos

         Como dito anteriormente, a estratégia de prevenção combinada associa diferentes métodos de prevenção ao HIV, às IST e às hepatites virais, conforme as condições e o momento de cada pessoa. Esses métodos que podem ser combinados são:

→ Testagem regular para o HIV, a qual é fornecida e realizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 
→ Prevenção vertical para as infecções é plausível de transmissão da mãe para o bebê durante a gravidez. 
→ Tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais; 
→ Esquema de imunização para as hepatites A e B, além da testagem regular para as ITS, HIV e as hepatites virais no geral; 
→ Programas de redução de Danos para usuários de alcool e outras substâncias; 
→ No caso do HIV, utilização da profilaxia pré-exposição (PrEP) e profilaxia pós exposição (PEP), além do tratamento de pessoas que já convivem com o HIV 

Referências: 

[1] http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/previna-se
[2]http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/o-que-e-prevencaocombinada [3]https://g1.globo.com/bemestar/podcast/noticia/2020/01/29/bem-estar-23-o-que-saoist.ghtml 
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