O que está sendo feito para o combate ao HIV?

Na África, novas infecções pelo HIV em crianças diminuíram 50% em mais de sete países.

Divulgado nesta terça-feira, 25 de junho, o relatório de andamento do “Plano Global para a eliminação de novas infecções pelo HIV em crianças até 2015 e para manter as suas mães vivas”, mostra que sete países da África Subsaariana – Etiópia, Gana, Malavi, Namíbia, África do Sul e Zâmbia – reduziram as novas infecções pelo HIV nos infantes em 50% desde 2009. Somando todos os 21 países que fazem parte do “Plano Global” na África, houve uma queda de 38% no mesmo período. 

O “Plano Global” é uma iniciativa encabeçada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e pelo Plano Presidencial de Emergência Americano (PEPFAR) que foi revelado em junho de 2011 na Assembléia Geral da Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Aids. Ele tem duas metas principais até 2015: 90% de redução do número de novas infecções pelo HIV em crianças e redução de 50% do número de mortes das mães por causas relacionadas à aids. 

O Plano é focado nos 22 países que somam 90% das novas infecções de infantes: Angola, Botswana, Burundi, Camarões, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Índia, Quênia, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Uganda, República Unida da Tanzânia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue. 

Ao mesmo tempo que o relatório mostra que o número de crianças que precisam de tratamento contra o HIV vai reduzir quando as novas infecções pelo vírus diminuírem, é urgente que novos passos sejam dados para promover o diagnóstico precoce do vírus nos infantes e assegurar acesso em tempo ao tratamento antirretroviral. 


O número de mulheres recebendo antirretrovirais durante a gravidez a fim de não passar o vírus aos seus filhos, além de para a sua própria saúde, aumentou mais de 75% entre os anos de 2009 e 2012 na maioria dos países, o que desencadeou a redução da taxa de transmissão vertical. Botswana e África do Sul reduziram os níveis de transmissão vertical para menos de 5% dos casos. 

O estudo ainda mostrou que apenas metade das lactantes vivendo com HIV, ou os seus filhos, recebem antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus da mãe para a criança. Como o aleitamento materno é extremamente importante para garantir a sobrevivência da criança, o estudo enfatiza a urgente necessidade de promover a terapia antirretroviral também durante o período de amamentação. 

Enquanto isso no Brasil, reunião em Brasília prepara documento com estratégias para o país atingir as dez metas para enfrentamento do HIV até 2015 

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, e Consulta Nacional com representantes da sociedade civil, academia e gestores da área de saúde para avaliar as políticas sobre o HIV e aids no país, no sentido de atingir as dez metas definidas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para 2015.

Veja abaixo as dez metas a serem globalmente alcançadas até 2015 por todos os países:
1 – Reduzir a transmissão sexual do HIV em 50%;
2 – Reduzir a transmissão do HIV entre pessoas usuárias de drogas em 50%;
3 – Eliminar a transmissão vertical com mais acesso aos medicamentos pelas crianças e incentivo à realização de pré-natal com testagem;
4 – Aumentar o acesso à terapia antirretroviral para alcançar 15 milhões de pessoas em tratamento;
5 – Reduzir pela metade a mortalidade por tuberculose em pessoas vivendo com HIV e aids em 50%;
6 – Reduzir a lacuna global de recursos para aids e reconhecer que o investimento na resposta é responsabilidade compartilhada;
7 – Eliminar as iniquidades e violências baseadas em gênero e fortalecer as capacidades de meninas e mulheres de se protegerem;
8 – Eliminar o estigma e discriminação contra pessoas vivendo ou afetadas pelo HIV, por meio da promoção de leis e políticas que assegurem a realização total dos direitos humanos e liberdades individuais;
9 – Eliminar as restrições de trânsito, permanência e residência relacionados ao HIV;
10 – Eliminar os sistemas paralelos e fortalecer ações integradas em HIV.



Fonte: http://www.unaids.org/en/media/unaids/contentassets/documents/unaidspublication/2013/20130625_progress_global_plan_en.pdf

www.aids.gov.br
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