HIV
Superanticorpos' controlam vírus similar ao HIV em macacos
Em duas pesquisas diferentes, especialistas injetaram nos animais anticorpos que, embora raros, são extremamente eficazes no combate ao vírus da aids.
Imagem do vírus HIV na corrente sanguínea: tratamento com "superanticorpos" pode ajudar cientistas e encontrar uma cura para a doença (Thinkstock)
Embora o corpo humano não seja completamente capaz de combater a infecção pela vírus HIV, causador da aids, há registros de pacientes contaminados cujo sangue apresenta poderosas propriedades de neutralização do vírus – especialmente devido à ação de anticorpos raros e eficazes para esta função. Estima-se que entre 10% e 20% dos portadores do HIV apresentem esses anticorpos.
Em dois estudos publicados nesta quarta-feira na revista Nature, cientistas americanos usaram esses “superanticorpos” para tentar controlar um vírus similar ao HIV, o SIV, em macacos. Os resultados foram positivos: uma semana depois da infusão dos anticorpos, o vírus no corpo dos animais chegou a níveis indetectáveis. A carga viral da maioria dos macacos, porém, voltou a crescer dois meses após o tratamento - o que só não ocorreu entre os animais que já apresentavam baixos níveis do vírus antes da terapia.
Uma das pesquisas foi feita pelo Instituo Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) e a outra, na Universidade Harvard. O pesquisador brasileiro Michel Nussenzweig, que atua na Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, e que foi coordenador de um dos grupos responsáveis pelo trabalho, disse ao jornal Folha de S. Paulo que esse tratamento deverá ser testado em seres humanos no próximo ano.
Para Louis Picker, pesquisador da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon convidado pelaNature a comentar os estudos, os trabalhos representam “um pequeno passo em direção à cura” da aids.
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