Prós e contras da vacina para HPV


Desde de julho de 2013, com a aprovação da ANVISA para a vacinação  de mulheres acima de 9 anos contra HPV,  muito tem sido discutido acerca do tema. Grupos de discussão na internet e colunas de jornais têm questionado a necessidade de vacinação em massa. Entre os pontos de divergência ao programa de vacinação proposto pela Agência de Vigilância estão argumentos religiosos, temores de incentivo ao início a vida sexual entre as meninas e médicos que se posicionam contra.

O HPV

Pode levar ao câncer de colo do útero, segundo câncer que mais causa morte entre as mulheres.


O HPV é um vírus que se contrai geralmente com o contato sexual, ou, mais raramente, pelo convívio diário. Existem mais de 100 tipos de vírus, os quais são divididos em 2 categorias: a primeira está associada mais com lesões cancerígenas (tipos 16 e 18) e a segunda, com verrugas genitais (tipos 6 e 11). Estima-se que 70% das mulheres entrarão em contato com o vírus, e 70% desses vírus serão do tipo 16 e 18. Atualmente, das 300 milhões de mulheres infectadas, avalia-se que 500.000 terão o câncer de colo do útero, sendo que 250.000 com probabilidade de óbito.


Há 2 tipos de vacinas anti HPV disponíveis no Brasil: a vacina Anti HPV quadrivalente (MSD), que protege contra os tipos causadores de verrugas genitais e de câncer de colo do útero; e a Vacina Anti HPV bivalente (GSK) que protege contra os tipos 16 e 18.
A recomendação é de que as vacinas sejam tomadas em 3 doses, antes do início da vida sexual, de preferência antes dos 12 anos, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda dose, e 6 meses entre a segunda e a terceira. Mulheres já infectadas também devem ser imunizadas para proteção contra outros sorotipos do vírus.

A doença se manifesta por meio de verrugas ou é silenciosa.



As críticas

Na visão da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) apresentada por carta não há evidências de que a vacinação seja mais eficaz que a estratégia atual de rastreamento por meio do papanicolau, no exame ginecológico, uma vez que a imunização não cobre todos os sorotipos de vírus, e nem eliminam por completo as lesões precursoras do câncer. Em contrapartida, o Ministério da Saúde e as Sociedades Brasileiras de Pediatria, Ginecologia e Imunização, afirmam que as oposições a vacinação de HPV são fundamentadas em informações sem base científica.
As campanhas mundiais contra o vírus começaram em 2006. Nesses últimos 8 anos, não se pode ainda avaliar o impacto da vacinação sobre a mortalidade das mulheres, entretanto já é visível a brusca redução no número de infecções com o HPV.

A avaliação geral é que embora o método de rastreamento atual, o Papanicolau, seja eficaz, e igualmente defendido pelas duas frentes de opiniões, no Brasil, ele não tem alcançado a disseminação ideal. Dessa forma, em virtude da alarmante incidência de câncer de colo de útero entre a população de baixa renda, a campanha de vacinação mostra-se como estratégia válida em saúde pública

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