Uma
infecção sexualmente transmissível (IST) ainda pouco frequente no Brasil tem se
tornado motivo de preocupação para médicos e pesquisadores do Reino Unido,
devido à possibilidade de se tornar uma bactéria super-resistente aos
antibióticos mais conhecidos. Trata-se do Mycoplasma
genitalium, uma bactéria que ataca o trato geniturinário e afeta tanto
homens quanto mulheres.
Fonte:
Fine Art America
A
transmissão da bactéria ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas com um
parceiro contaminado. Nos homens, ela causa uretrite, ou seja, inflamação da
uretra, a qual pode se manifestar por dor e ardor ao urinar, saída de secreção
purulenta pelo canal da uretra, vermelhidão na cabeça do pênis e desconforto
permanente no órgão. É nas mulheres, no entanto, que a infecção pode ter
sintomas e desdobramentos mais graves. A inflamação pode acometer o útero e as
tubas uterinas, causando dor - a qual pode estar presente inclusive durante a
relação sexual, febre, sangramento e até mesmo infertilidade. Além disso,
quando a mulher consegue engravidar, a bactéria causa um risco aumentado de
gravidez ectópica, aborto espontâneo e outras complicações na gestação.
Os
sintomas da infecção pelo M. genitalium
podem ser confundidos com sintomas de outras ISTs mais conhecidas no Brasil,
como a clamídia e a gonorreia, que são causadas, respectivamente, pela Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Mas a infecção
também pode ser assintomática, fazendo com que os pacientes contaminados não
busquem tratamento e disseminem o microganismo.
Essa
bactéria já é conhecida pelos pesquisadores da área da saúde pelo menos desde
1980. No entanto, o que a tornou alvo de atenção na atualidade é a resistência
que ela vem adquirindo aos antibióticos comumente utilizados no tratamento.
Essa resistência vem ocorrendo, principalmente, devido ao uso não racional de
antibióticos, que faz com que cepas resistentes de bactérias sejam
selecionadas. De acordo com o médico Paddy Horner, da Associação Britânica de
Saúde Sexual e HIV (BASHH, sigla em inglês), antes de 2009, quase todas as
infecções por M. genitalium eram
sensíveis ao tratamento com macrolídeos – uma classe de antibióticos.
Atualmente, a resistência dela a essa classe de medicamentos já chega a
aproximadamente 40%.
O
M. genitalium não possui membrana plasmática,
uma espécie de “carapaça” que envolve vários tipos de bactérias. Essa
característica, isoladamente, já faz com que ela seja resistente a antibióticos
cujo mecanismo de ação é a degradação dessa membrana. Além disso, a bactéria
tem demonstrado a capacidade de criar resistência aos antibióticos comumente
utilizados em sua erradicação. De acordo com o ginecologista Newton Sérgio de
Carvalho, membro da Comissão Especializada de Doenças Infectocontagiosas da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a M. genitalium apresenta uma média de 5 a
10% de resistência às quinolonas, outra classe de antibióticos.
Fonte:
Portal Saúde no Ar
Devido
a essa resistência, as autoridades em saúde do Reino Unido têm buscado
estabelecer novas diretrizes para o diagnóstico e tratamento da infecção pelo M. genitalium, na tentativa de evitar
que a situação se torne uma calamidade de saúde pública. Apesar da resistência,
a base do tratamento continua sendo o uso de antibióticos, que geralmente são
ministrados em dose única. Vale lembrar que antibióticos devem ser sempre
receitados por um médico e utilizados conforme orientação.
De
acordo com o Ministério da Saúde (MS), a realidade do Brasil com relação a essa
bactéria ainda é muito diferente daquela verificada no Reino Unido, mas, mesmo
assim, é necessário identificar e tratar os pacientes infectados para
interromper a cadeia de transmissão da infecção. Uma vez que no Brasil a
infecção não é de notificação compulsória, o MS desconhece o número exato de
pessoas infectadas. Contudo, o órgão divulgou em nota que vem monitorando desde
o ano passado a ascensão do M. genitalium,
“que
ocorre principalmente no continente europeu, tanto pelo aumento da prevalência
quanto pelo aumento da resistência antimicrobiana”, e
o que se sabe até o momento, a partir de estudos de prevalência regionais, é
que a M. genitalium é menos comum do
que outras ISTs, como a clamídia e a gonorreia.
A
prevalência da bactéria na população geral é de 1 a 2%, podendo chegar a cerca
de 10% entre adolescentes, segundo Newton Sérgio de Carvalho. O médico afirma
que ela deve ser foco de atenção em todos os países. “É pouco
conhecida. Ficamos com a clamídia no foco e se perde a M. genitalium, o que
não deveria acontecer. A clamídia tem muito menos resistência e responde melhor
aos antibióticos mais simples”, afirma. Ele destaca ainda que, das pessoas
contaminadas, apenas 10% apresenta sintomas.
O
diagnóstico é feito de maneira clínica - ou seja, a partir dos sinais e
sintomas - na maioria dos casos. “Se há acometimento maior dos órgãos
genitais e sistema urinário, pode ser necessário fazer uma pesquisa
laboratorial da secreção para definir o melhor antibiótico”, explica o
ginecologista Matheus Beleza, do Hospital Santa Luzia. Identificar a bactéria propriamente dita é um processo um pouco mais complexo,
que pode ser feito por meio de uma técnica de biologia molecular na qual
fragmentos da bactéria são amplificados. Esse teste não está disponível no
Sistema Único de Saúde (SUS). Também existem testes que permitem identificar
qual o tipo de resistência que a bactéria apresenta, mas, devido ao elevado
custo, são ainda menos acessíveis. No Reino Unido, os testes para detectar a bactéria não estão disponíveis em
todas as clínicas. No entanto, os médicos podem obter um diagnóstico enviando
amostras para o laboratório da Public Health England - a agência
executiva do Departamento de Saúde e Assistência Social.
Fonte:
A+ Medicina Diagnóstica
De
acordo com Newton Sérgio de Carvalho, a infecção é primeiramente tratada com um
tipo de antibiótico ao qual ela apresenta uma resistência de 20% a 30%. Caso o
tratamento não seja bem-sucedido, lança-se mão de outro antibiótico, ao qual a
resistência da bactéria é de 3% a 5%. Se ainda assim não há sucesso no
tratamento, estudos - ainda iniciais - preveem a associação de antibióticos. No
entanto, essa associação deve ser feita com parcimônia, diz o médico, para
evitar o aumento da resistência bacteriana.
A
melhor forma de evitar o M. genitalium
é a prevenção, com o uso de preservativo. Tanto a camisinha feminina quanto a
masculina são distribuídas gratuitamente pelo SUS, podendo ser retiradas nas
unidades de saúde ou em serviços como os Centros de Testagem e Aconselhamento
(CTAs). Além disso, segundo Matheus Beleza, “é possível reduzir fatores que
abaixam a imunidade, como uso de cigarro e álcool”. Matheus também destaca que
“Pacientes com múltiplos parceiros correm mais risco”. Dessa forma, reiteramos
que a camisinha deve ser utilizada em todas as relações sexuais.
Fonte:
Grupo Gay da Bahia
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, Isabella. Mycoplasma genitalium: IST resistente pode
se espalhar pelo Brasil. Disponível em: <https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/bem-estar/saude-bem-estar/mycoplasma-genitalium-ist-resistente-pode-se-espalhar-pelo-brasil>.
Acesso em: 05 ago 2018.
FOLHA DE S. PAULO. DST pouco conhecida assusta médicos
europeus por resistência a antibióticos. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/07/dst-pouco-conhecida-assusta-medicos-europeus-por-resistencia-a-antibioticos.shtml>.
Acesso em: 05 ago 2018.
G1 - BEM ESTAR. Doença sexualmente transmissível pouco
conhecida se alastra e alarma médicos por resistência a antibióticos. Disponível
em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/doenca-sexualmente-transmissivel-pouco-conhecida-se-alastra-e-alarma-medicos-por-resistencia-a-antibioticos.ghtml>.
Acesso em: 05 ago 2018.
MOURA, Renata. Mycoplasma genitalium: Doença sexualmente
transmissível pouco conhecida se alastra e alarma médicos por resistência a
antibióticos. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/geral-44792267>.
Acesso em: 05 ago 2018.
YAHOO! NOTÍCIAS. Resistente, DST se alastra e alarma médicos
por resistência. Disponível em: <https://br.noticias.yahoo.com/resistente-dst-se-alastra-e-alarma-medicos-por-resistencia-133423008.html>.
Acesso em: 05 ago 2018.
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