Mycoplasma genitalium é uma
Infecção Sexualmente Transmissível (IST) pouco conhecida no Brasil devido a sua
pouca prevalência no País, sendo mais comum na Europa. Por gerar sintomas
semelhantes a outras condições, como clamídia e gonorreia,
muitas vezes seu diagnóstico leva tempo.
Transmissão
Sua
forma de transmissão é por meio de contato sexual (vaginal, anal e/ou oral) sem
proteção com parceiro infectado.
Sintomas
Na
maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas nos casos em que aparecem, os
sintomas dependem, basicamente, de cada organismo.
Nos
homens, causa apenas uma uretrite (inflamação na uretra), que pode ter como
sintoma saída de secreção do pênis e dor na hora de urinar.
Já
nas mulheres, começa com corrimento de odor e aspecto sem características
especiais e pode evoluir para doença inflamatória pélvica aguda, ou seja,
inflamação dos órgãos reprodutivos internos que pode evoluir com dor, febre e
sangramento.
Na
presença desses sintomas deve-se procurar o ginecologista ou o urologista para
realizar exames que possam identificar a causa e iniciar o tratamento adequado,
evitando futuras complicações.
Diagnóstico
O
diagnóstico preciso da infecção é feito por meio de PCR, que consegue
identificar o DNA da bactéria.
Por
se tratar de um exame dificilmente encontrado no Brasil e no mundo, o que
impede a realização do diagnóstico e leva a um tratamento equivocado quando
confundido com outras bactérias como clamídia ou gonorreia.
Tratamento
O
tratamento é feito com antibióticos. A primeira escolha são tetraciclinas,
especialmente uma chamada doxiciclina.
Se
a bactéria desenvolver resistência a esse remédio, a segunda linha a ser
utilizada é uma classe de antibióticos chamada de macrolídeos, especialmente a
azitromicina. É um tratamento similar ao utilizado na clamídia, mas que também
tem encontrado certa resistência.
As
quinolonas, que são outra classe de antibióticos, foram inicialmente usadas
nestes microrganismos resistentes ao macrolídeos, mas não tiveram bons
resultados.
Novas
drogas estão sendo desenvolvidas, como a jozamicina e a pristimaricina, para
organismos multirresistentes, mas ainda não há dados epidemiológicos e
estatísticos suficientes para se comprovar a eficácia.
Devido
aos sintomas serem facilmente confundidos com os de outras ISTs,
frequentemente, os tratamentos prescritos são indicados para combater outras
bactérias, e não a Mycoplasma
genitalium. A consequência disso é uma resistência aos tratamentos
comuns e podendo se tornar um grave problema de saúde pública.
Prevenção
A melhor, e mais eficiente forma de prevenção
de Mycoplasma genitalium é a
utilização de preservativos em todas as relações sexuais.
Além disso, é importante que periodicamente
todos sejam submetidos a exames médicos, independente de apresentar ou não
qualquer sintoma, e, quando necessário, a testes de detecção específicos.
Referências:
BOTELHO, B. B., Mycoplasma
Genitalium: transmissão, sintomas e tratamentos. Disponível em: < https://www.ativosaude.com/saude-sexual/mycoplasma-genitalium/>.
Acesso em: 09 abr 2019.
Entenda o que é Mycoplasma genitalium. Equipe Tua Saúde. Disponível em: < https://www.tuasaude.com/tratamento-para-mycoplasma-genitalium/>.
Acesso em: 09 abr 2019.
RIBEIRO, M., Mycoplasma
genitalium: Entenda o que é essa IST. Disponível em: < https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/mycoplasma-genitalium-entenda-o-que-e-essa-ist/>.
Acesso em: 09 abr 2019.
0 comentários:
Postar um comentário