O HPV é a representação da sigla
em inglês para Papilomavírus Humano, sendo este um vírus capaz de infectar pele
ou mucosas como oral, genital ou anal, tendo ação tanto em homens quanto em mulheres, sendo esta uma infecção Sexualmente Transmissível (IST). O Papilomavírus
Humano pode levar a formação de verrugas anogenitais (região genital
e no ânus) e câncer, dependendo do tipo de vírus.
A OMS prevê um aumento de 50% do
número de mortes pela doença, caso medidas preventivas não forem tomadas,
outros dados preocupantes foram revelados pelo IARC
( Agência Internacional de Pesquisa em Câncer) coloca o HPV como o quarto tipo
da doença mais comum no planeta isso devido ao aumento extremo do número de
pessoas que adquirem essa IST, aproximadamente 570 mil novos casos de câncer do
colo do útero foram diagnosticados ao redor do mundo em 2018,e a cada ano, mais
de 310 mil mulheres morrem dessa doença prevenível, e aproximadamente 90%
dessas mortes ocorrem em países de baixo e médio desenvolvimento. A Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer ainda alerta que a menos que medidas
preventivas sejam tomadas e implementadas prontamente, o surto de câncer do
colo do útero vai aumentar o número de mortes para 460 mil por ano em 2040, um
aumento de 50% em relação a 2018. Esse aumento também será maior,
proporcionalmente, nos países de baixa e média rendas.
A vacina quadrivalente, é eficaz exatamente contra
os quatro tipos mais comuns do vírus do HPV (HPV6, HPV11, HPV16 e HPV18), pode ser
administrada em em duas doses, que devem ser tomadas com intervalo de seis
meses, gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos, para meninos de 11 a
14 anos, para pessoas de 9 a 26 anos com HIV/Aids e para pacientes
oncológicos ou transplantados (este último grupo precisa de prescrição médica
para vacinar-se e deve tomar três doses da vacina, com intervalo de 0, 2 e 6
meses). Há diversos dados que comprovem a eficácia e segurança desta
vacina, dados estes que são providas por grandes institutos como INCA, OMS,
IARC, diversos profissionais da saúde, doutores e pesquisadores de grandes
institutos como é o caso da bióloga Luísa Lina Villa, docente da Faculdade de
Medicina da USP e pesquisadora do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo), que é categórica ao afirmar a segurança da vacina. “Aprendemos há
mais de dez anos que a vacina quadrivalente é segura, desperta resposta
imunológica duradoura e previne doenças.” Hoje a Organização Mundial
da Saúde (OMS) não admite mais o licenciamento de uma vacina se não
houver mais de 20 mil pessoas envolvidas no estudo, que tem de passar por
inúmeras fases e testes em animais, há regras rígidas de produção e na
vigilância de eventos adversos .
A pergunta mais importante a se fazer é ‘Por que os
jovens não estão sendo amplamente vacinados, uma vez que esta está disponível
no SUS?’’ . Isso ocorre a devido a grandes números de ‘’FAKE NEWS’’ sobre a
vacina que são repassado principalmente via WhatsApp, um dos exemplo seria a notícia de que
o MPF havia proibido a vacina contra HPV em todo o país, esta
notícia teve
mais de 200 mil compartilhamentos em 10 dias, pelo usuários do
Facebook, a notícia ainda dizia ‘’NÃO VACINE SEU FILHO CONTRA O HPV porque por
trás disso, esconde-se uma máfia que só visa lucrar com isso.’’, a
mensagem falsa toma como base parte de uma notícia verdadeira, publicada em
2015, quando o MPF em Uberlândia (MG) pediu a suspensão da vacina, porem
o pedido foi negado, pela Justiça Federal em 27 de abril deste ano,
embora a notícia tenha já sido desmentida, muitas pessoas ainda tem a ideia
erronia que a vacina de algum modo pode ser prejudicial.
No Brasil, o câncer de colo de
útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, e a quarta
causa de morte de mulheres por câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer
(Inca). Foram 16,3 mil novos casos no ano passado e 5,7 mil mortes. No mundo, mais
de 300 mil mulheres morrem a cada ano vítimas da doença. É de extrema importância que a vacinação seja aceita pela população, e
que principalmente os jovens sejam vacinado como forma preventiva da infecção,
com isso os números crescentes e alarmantes de novo casos de infecção por HPV
seriam cada vez menores.
Referências:
- - VACINAÇÃO contra o HPV é segura, efetiva e necessária para eliminar câncer do colo do útero, diz IARC. INCA, [S. l.], 29 abr. 2019. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/noticias/vacinacao-contra-o-hpv-e-segura-efetiva-e-necessaria-para-eliminar-cancer-do-colo-do-utero>. Acesso em: 13 jun. 2019.
- - VARELLA, Dr. Drauzio. Eficácia e segurança da vacina contra o HPV são comprovadas. HPV, UOL, 2016. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/eficacia-e-seguranca-da-vacina-contra-o-hpv-sao-comprovadas/. Acesso em: 13 jun. 2019
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