Aids: agora, basta um comprimido

A partir de agora, o Ministério da Saúde passa a oferecer a dose tripla combinada para pacientes portadores do HIV e aids. Até então, o Sistema Único de Saúde distribuía os medicamentos Tenofovir (300mg), Lamivudina (300mg) e Efavirenz (600mg) separadamente. Com o novo tratamento, os três poderão ser ingeridos em apenas um comprimido.
 A dose fixa combinada será disponibilizada primeiro nos estados do Rio Grande do Sul e Amazonas (por conta do número de casos). Porém, segundo o médico Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério, a distribuição se estenderá para os outros estados até o final deste ano.

Conforme Mesquita, o principal ganho com o novo medicamento antirretroviral está na redução do número de pacientes que deixam de dar continuidade ao tratamento. Isso porque o protocolo de tratamento preconiza um comprimido de Tenofovir, um de Efavirenz e mais dois da Lamivudina diariamente. Ingerir apenas um comprimido, ao invés de quatro, será um facilitador.
 Outro ponto positivo destacado por ele é a redução de gastos e a otimização na distribuição dos medicamentos. "A logística fica melhor porque é mais fácil você entregar um medicamento do que entregar três. Fora isso, apesar de não existir um número fechado, estimamos que conseguiremos incluir no tratamento 100 mil novos pacientes com o mesmo custo dos 350 mil atendidos hoje. É claro que não é apenas por conta dos três em um, existem outros medidas de contenção de gastos, mas o medicamento faz parte delas".

"Esse medicamento já era algo perseguido há algum tempo e irá melhorar a adesão ao tratamento. O Brasil está avançando nesse setor. Inclusive, com o novo protocolo, estamos conseguindo iniciar o atendimento mais cedo. Isso, somados à adesão ao tratamento, reflete em um possibilidade menor de transmissão da doença", analisa o médico infectologista e também membro do Comitê Assessor em Terapia Antirretroviral do Ministério da Saúde, Ricardo Hayden. 
Para o também infectologista e vereador santista Evaldo Stanislau, analisando que hoje não há cura para aids, apenas tratamento durante toda a vida, o medicamento três em um é muito importante. 
Porém, ele alerta para o que considera um déficit no atendimento de portadores de HIV com Hepatite C. "Não há interação entre os medicamentos das suas doenças e muitos pacientes morrem por isso. Mas em breve, teremos remédios mais compatíveis e poderemos tentar atender melhor estes pacientes".

 Santos - O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, analisa que, hoje, Santos encontra-se em uma situação relativamente equilibrada em relação à aids. Segundo ele, o Ministério quer se aproximar da cidade que já foi exemplo no enfrentamento da doença. "Ainda não há nada planejada, mas a áera de diagnóstico precoce, que já acontece com o Gapa, pode ser algo a crescer. Enfim, a intenção é pensar em algo para trabalhar mais de perto com Santos".





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