Sabia
que elas têm uma probabilidade duas vezes maior de contrair o HIV em uma
relação sexual com um homem soropositivo? Para ter ideia, a própria anatomia
feminina facilita a infecção pelo vírus. Fique por dentro dessa história.
A vagina como porta de entrada
O primeiro fator que torna a mulher mais propensa a
adquirir o HIV diz respeito
às suas próprias características físicas. A mucosa da vagina, ao ter contato
com o esperma de um homem soropositivo, facilita que o vírus da aids se instale no
corpo. "Há células ali propensas à penetração do vírus", conta a
médica pesquisadora Sandra Wagner Cardoso, do Instituto Nacional de
Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Além disso, a superfície de
contato do órgão genital feminino é muito maior comparada ao masculino, o que
também favorece a infecção.
O papel do sistema imunológico
Segundo Rowena Johnston, vice-presidente da
Fundação Americana para a Pesquisa da AIDS (amfAR), há indícios de que as
próprias defesas do organismo feminino contribuam para facilitar a propagação
do vírus da aids pelo corpo. É que, de acordo com a especialista, a mulher
teria um sistema imune mais
ativo, o que, em se tratando de vírus como o HIV, pode ser algo ruim.
"Como o sistema imunológico passa o tempo todo tentando, sem sucesso,
combater esse agente infeccioso, eventualmente ele pode falhar e parar de
responder como deveria", informa Rowena.
Maior vulnerabilidade
Outra questão que influencia no fato de a mulherada
estar contraindo o HIV com mais frequência é a vulnerabilidade do ponto de
vista social, o que faz com que a prevenção seja deixada de lado.
Muitas mulheres casadas não acham que podem contrair a doença do marido, e há
solteiras, por incrível que pareça, que costumam ter dificuldade em negociar o
uso do preservativo com o parceiro. "Sem falar que as mulheres estão muito
mais sujeitas a sofrerem violência sexual", lembra Rowena Johnston, que
também é diretora de pesquisa da amfAR.
Aids e mulheres em números: por que você deve ficar alerta
· Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres representam mais da metade das
pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo inteiro.
· De todas as mortes causadas pela aids no Brasil até 2012 28,4% ocorreram entre mulheres, de acordo com o Boletim Epidemiológico Aids HIV/Aids 2013.
· O documento do Ministério da Saúde também aponta que a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres é de 13 a 19 anos.
· No sexo feminino, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV, segundo o boletim.
· De todas as mortes causadas pela aids no Brasil até 2012 28,4% ocorreram entre mulheres, de acordo com o Boletim Epidemiológico Aids HIV/Aids 2013.
· O documento do Ministério da Saúde também aponta que a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres é de 13 a 19 anos.
· No sexo feminino, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV, segundo o boletim.
Prevenir é fundamental
Para se proteger da aids, não tem jeito: é preciso
usar camisinha. Além disso, se você teve relações sexuais com alguém que pode
estar infectado, não hesite em fazer o teste. "O ideal é
que toda mulher faça o exame em algum momento da vida, independente de ser
casada ou solteira", recomenda Sandra Cardoso.
Confira o vídeo a seguir e veja as vias pelas quais
é possível pegar o HIV e aquelas que não oferecem perigo.
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