A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima, ao ano,
aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre clamídia, gonorreia,
sífilis e tricomoníase. É importante ressaltar que a presença de uma IST, como
sífilis, por exemplo, aumenta consideravelmente o risco de se adquirir ou
transmitir a infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Outro fator
preocupante é que a sífilis na gestação leva a mais de 300 mil mortes fetais e
neonatais por ano no mundo.
A Sífilis é uma doença bacteriana transmitida por meio de relações
sexuais e da mãe para o filho, durante a gestação ou o parto. Ela apresenta diversos estágios – primário,
secundário, latente e terciário, que caracterizam seu período de incubação e
sinais e sintomatologia. Na sífilis primária, o sintoma é uma ferida,
geralmente única, acompanhada ou não de íngua, no local de entrada da bactéria
que pode surgir no período de dez a noventa dias após o contágio. A fase
secundária da doença, que se inicia entre seis semanas e seis meses após o
aparecimento da ferida, traz como sintomas manchas no corpo – principalmente,
nas palmas das mãos e plantas dos pés – e há também a presença de ínguas.
A fase latente é assintomática e possui duração variável, podendo ser
interrompida pelo aparecimento de sintomas da forma secundária ou terciária. E,
por fim, o estágio terciário é o mais grave, com um período de incubação que varia
entre dois e quarenta anos e seus sintomas incluem lesões cutâneas, ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, que podem levar à morte.
Mas
a sífilis tem cura?
Sim.
A infecção pode ser curada com um tratamento de algumas doses
de penicilina. Se a doença for diagnosticada no primeiro ano, a cura se resume
a apenas duas injeções de benzetacil, uma em cada glúteo. Esta injeção pode ser
administrada, inclusive, para grávidas. Se o diagnóstico só aparecer mais tarde
pode ser indicada a penicilina cristalina (uma versão mais poderosa do
antibiótico) administrada por meio de duas injeções por glúteo em três doses
semanais. Esse procedimento consegue até mesmo impedir a passagem da bactéria
da grávida para seu filho.
Mas por que a Sífilis, tornou-se uma epidemia no Brasil?
Existem
vários motivos prováveis e, como uma das
justificativas utilizadas pelo Ministério da Saúde, a queda no uso das
camisinhas pode ser uma razão. Mas a queda do uso do preservativo não
foi muito significativa pois, em 2004, 58,4% dos jovens de 15 a 24 anos usavam
o preservativo em relações casuais; em 2013 (ano da pesquisa ministerial mais
recente sobre o assunto), o número baixou para 56,6%. Um fato
interessante foi que o baixo custo da medicação (penicilina) que deveria
facilitar o acesso da população à droga, no entanto desestimulou a indústria
farmacêutica a fabricá-la e, em 2015, houve falta da medicação para a população
brasileira. Em 2016, como medida paliativa, o Governo importou mais de 1 milhão
de doses do antibiótico e outras 700 mil foram compradas de indústrias dentro
do país.
Mas não
há dúvida de que existe também uma importante parcela de culpa paterna pela
disseminação da doença uma vez que 62% dos parceiros de mulheres grávidas com
sífilis não tomam os medicamentos, dando continuidade ao ciclo da bactéria. Por isso, é imprescindível a conscientização
de homens e mulheres para ajudar na luta contra esta patologia. O uso correto e regular do
preservativo, masculino ou feminino, constitui-se uma medida importante para a
prevenção da doença. Além disso, o acompanhamento da gestante, durante o
pré-natal, também contribui para esse controle.
Fontes:
·
http://super.abril.com.br/saude/a-nova-cara-da-sifilis
acesso em 14/06/2017
·
http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/especial-publicitario/unimed-centro-oeste-paulista/noticia/2017/06/saiba-mais-e-proteja-se-contra-dsts-com-orientacoes-da-unimed-cop-e-preocupe-se-com-o-que-realmente-importa-viver-.html
acesso em 14/06/2017
·
http://www.aids.gov.br
·
Boletim Epidemiológico da Secretaria de
Vigilância em Saúde, vol 47, n. 35, 2016
0 comentários:
Postar um comentário