Na última segunda-feira (23) a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o aval para a comercialização de
alguns medicamentos genéricos inéditos no Brasil, que foi publicado no Diário
Oficial da União. Um deles é o Entricitabina combinado com Fumarato de
Tenofovir Desoproxila, produto que fará parte do arsenal terapêutico utilizado
para o tratamento de pessoas vivendo com HIV. O medicamento de referência é o
Truvada, cujas indicações incluem a profilaxia pré-exposição (PReP), usada para
reduzir o risco de infecção pelo vírus adquirido sexualmente em adultos de alto
risco. No Brasil, a detentora do registro é a Blanver Farmoquímica e
Farmacêutica S/A.
Entre os produtos aprovados pela Anvisa, estão
também o genérico inédito Bilastina, indicado para o tratamento sintomático de
rinoconjuntivite alérgica (intermitente ou persistente) e urticária, e o
Perindopril Erbumina combinado com Indapamida, indicado para o tratamento da
hipertensão arterial.
A profilaxia pré-exposição (PrEP)
é indicada contra o HIV para grupos de risco. A estratégia envolve o uso diário
do medicamento Truvada por pessoas que não têm o vírus. O objetivo é proteger
grupos que estão mais expostos ao risco de infecção.
Mas o que é profilaxia pré-exposição?
A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao vírus da
imunodeficiência humana, o HIV, é uma estratégia de prevenção que envolve
a utilização de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não
infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações
sexuais. O medicamento ARV irá bloquear o ciclo da multiplicação desse
vírus, impedindo a infecção do organismo.
O medicamento, que combina duas drogas, o tenofovir e a emtricitabina,
precisa ser tomado por meses, diariamente, para proteger no caso de uma
possível exposição ao vírus. Ele impede em mais de 90% dos casos a contaminação
pelo vírus HIV e deve ser usado como método complementar ao sexo seguro.
Especialistas alertam que esse
tipo de estratégia deve ser aliada a outras medidas preventivas. Quem optar por
adotá-la, por exemplo, deve ser aconselhado a continuar usando a camisinha, a
fazer testes de HIV periodicamente e a tratar outras DSTs, que costumam deixar
o paciente ainda mais vulnerável à infecção por HIV.
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Matéria da revista Época
divulgada em Maio de 2017:
“...a ampliação da
oferta de PrEP no Brasil esbarra no custo. A compra dos 7 mil tratamentos
custará ao Ministério da Saúde US$ 1,9 milhão. Em março, o relatório inicial da
Conitec levou em consideração o preço oferecido pela empresa Gilead, que
fabrica o medicamento de marca usado na PrEP, o Truvada. Com o preço de US$
0,75 por comprimido, pagar a prevenção para um único usuário durante um ano
sairia por US$ 276 (cerca de R$ 860).”
“...o Truvada,
produzido pela farmacêutica americana Gilead, a requisitante da patente no
Brasil, é considerado um medicamento de alto custo. Nos EUA, onde é usado como
PrEP desde 2012, um mês de tratamento já chegou a custar US$ 1.000.”
Preço acessível
Pela legislação brasileira, esse tipo de produto deve ser disponibilizado no mercado com um desconto de, pelo menos, 35% em relação ao preço máximo da tabela da Anvisa. Para a Anvisa, a incorporação de novos genéricos é importante porque amplia o acesso dos pacientes a medicamentos com um custo mais acessível e no caso, a PrEP pode alcançar e beneficiar então um maior número de indivíduos.
Prevenção e proteção caminham juntas
O Ministério da Saúde estuda desde 2014 incorporar o Truvada a sua
política pública de distribuição de medicamentos. Encomendou então uma pesquisa
com 500 voluntários, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Porto Alegre, para
entender se os brasileiros teriam disciplina para usar o medicamento todos os
dias e se não abandonariam o preservativo por já se sentirem seguros com o
remédio. Esse é o pior dos pesadelos de especialistas que são contra esse tipo
de prevenção. Há a possibilidade de as pessoas apostarem apenas no comprimido
como prevenção, em vez de usá-lo como complemento, e se exporem ao vírus, ao
não usarem preservativo. Se elas não tomarem o remédio rigorosamente todo dia,
aumentarão seu risco de contrair o vírus HIV. Os resultados preliminares sugerem
que tomar o Truvada não afetou a disposição dos participantes para usar
preservativos.
Referências:
Olá a todos, Meu nome é Andre Douglas, meu e-mail de hangout é andrecamilodouglas@gmail.com.
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