Fonte: FREITAS, 2018.
Três
estudos realizados durante dezoito anos, iniciando-se no ano de 2000, em várias
partes do mundo (dentre estes o Brasil), com casais de diferentes sorotipos e
orientações sexuais, chegaram à mesma conclusão:
“Pacientes HIV positivo, com carga viral
persistente suprimida, não transmitem o vírus via sexual, mesmo sem a
utilização do preservativo.”
Estudos:
1. HPTN
052
No período de 2005 á 2015,
acompanhou-se 1.763 casais sorodiferentes, homossexuais e heterossexuais, em 13
instituições de nove países diferentes, como, Botswana, Brasil, Índia, Kênia,
Malawi, África do Sul, Tailândia, Estados Unidos e Zimbábue.
Tais casais foram divididos aleatoriamente em
dois grupos, um em que os pacientes iniciaram o tratamento antirretroviral (TARV)
precocemente e o outro não, sendo que as práticas sexuais dentre os cônjuges era
realizada sem uso de preservativo.
Resultados preliminares de 2011 demonstraram
que 39 indivíduos, inicialmente HIV negativo, haviam sido infectados, sendo que
dentre estes 1 foi proveniente de um paciente HIV positivo em TARV. Após o
ocorrido, o tratamento foi oferecido para todos os pacientes HIV positivo até
2015.
Ao final da pesquisa, notou-se que há redução
de 93% de transmissão do HIV quando o TARV é iniciado de forma precoce.
2. PARTNER
Cadastrou-se 1166 casais de
diferentes sorotipos em 75 clínicas de 14 países europeus. Destes, 61,7% eram
heterossexuais e 38,3% homossexuais, sendo que todos os pacientes HIV positivo
estavam em TARV supressivo (carga viral menor que 200 cópias/mL).
Novamente, durante as análises as relações
sexuais foram mantidas sem a utilização do preservativo, sendo que houve onze
novas infecções por HIV, e por meio de pesquisas filogenéticas nenhuma foi transmitida
pelo parceiro com carga viral suprimida.
3. OPPOSITES
ATTRACT
Acompanhou-se 358 casais
homossexuais homens, sorodiferentes, da Austrália, Brasil e Tailândia entre os
anos de 2012 á 2015. Neste caso, houve três novos casos de HIV, sendo comprovada
por pesquisa filogenética do vírus demonstrou que nenhum era proveniente do
paciente em tratamento de TARV com carga viral suprimida.
Desta forma, nota-se que
pessoas com HIV ou Aids (PVHA) que estejam em Terapia antirretroviral e que
alcançaram carga viral indetectável por pelo menos seis meses, tem chances
insignificantes de transmiti-la, protegendo não apenas o soropositivo, mas
também de novos contágios. Além disto, tais conclusões podem ajudar no estigma
ligado ao HIV, encorajando pacientes com HIV e Aids a iniciar e aderir ao
tratamento com antirretrovirais eficazes.
Entretanto, é importante salientar, que nem
todos os pacientes em TARV apresentaram a carga viral indetectável, pois podem
haver outros fatores que devem ser levados em consideração, como, a adequada
adesão ao tratamento proposto, controle de outras IST’s (infecções sexualmente
transmissíveis) e relações desprotegidas com parceiros de outras sorologias HIV-desconhecidas
ou carga viral detectável.
Logo,
a utilização de preservativo feminino ou masculino continua sendo a melhor
opção para se evitar IST’s, como, HIV e
Aids!
Fonte: Keep Calm and Posters
Referências
Bibliográficas
FREITAS,
K. HIV indetectável é intransmissível.
Disponível em <http://www.drakeillafreitas.com.br/hiv-indetectavel-e-intransmissivel/>.
Acesso em 8 de Abr. de 2018.
GRUPO
DE INCENTIVO A VIDA – GIV. Indetectável = intransmissível. Disponível em <http://giv.org.br/HIV-e-AIDS/Indetectavel=Intransmissivel/Folder_I=I.pdf>.
Acesso em 8 de Abr. de 2018.
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