A sífilis é uma Infecção
Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela
bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e
diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo
com cada estágio da doença, que se divide em:
Primária
- sintomas
·
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre
10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
·
Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar
acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Secundária
- sintomas
·
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento
e cicatrização da ferida inicial.
·
Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo
palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
·
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
latente
– fase assintomática - sintomas
·
Não aparecem sinais ou sintomas.
·
É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e
sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
·
A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais
e sintomas da forma secundária ou terciária.
Terciária
- sintomas
·
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
·
Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas,
ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Uma pessoa pode ter
sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas
continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o
teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não
tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações,
inclusive à morte. A sífilis pode ser
transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser
transmitida para a criança durante a gestação ou parto. Hoje nós vamos dar uma atenção especial para Sífilis Congênita
Sífilis Congênita
A sífilis congênita
é uma doença transmitida para criança durante a gestação (transmissão
vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante
o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente
a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
Recomenda-se
que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos:
·
Primeiro trimestre de gestação.
·
Terceiro trimestre de gestação.
·
Momento do parto ou em casos de aborto
A
sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.
Essa doença pode desencadear
·
aborto espontâneo;
·
parto prematuro;
·
má-formação do feto;
·
surdez;
·
cegueira;
·
deficiência mental;
·
morte ao nascer.
A
taxa de mortalidade por sífilis em bebês tem aumentado no Brasil. No ano passado, 241 bebês brasileiros com menos de um ano de idade
morreram em decorrência da sífilis congênita. O boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado em outubro,
aponta que, em 2018, foram registrados 26,3 mil casos de sífilis congênita no país.
Desde 2010, quando a doença passou a ser de notificação obrigatória, o aumento
foi de 3,8 vezes — passando de 2,4 para 9 casos a cada mil nascidos vivos. Para que a
taxa de mortalidade diminua é necessário que as gestantes façam o pré-natal e realizem
o teste para Sífilis no Primeiro trimestre da gravidez para que seja realizado o
tratamento adequado e não afete o feto.
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