Para
finalizar o mês de julho que é o mês do combate às Hepatites
virais, nosso projeto irá falar um pouquinho das hepatites virais em
um geral e depois se aprofundar na hepatite C.
O que é hepatites virais?
Segundo
o ministério da saúde as hepatites são: ‘É
uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves,
moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções
silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando
presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar,
tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados,
urina escura e fezes claras.’
No
Brasil as mais comuns são as hepatites A, B e C, também existe a D,
porem não é tão comuns igual as outras citadas, pois é mais
encontrada na região norte do país. Já a hepatite E, dificilmente
é encontrada no Brasil, ela se encontra com mais relevância na
África e Ásia.
‘’O
impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões
de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer
hepático ou cirrose associada as hepatites. A taxa de mortalidade da
hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose.’’
Hepatite C
A
hepatite C é um processo inflamatório causado pelo vírus C da
hepatite.
Este
vírus pode se manifestar de uma forma aguda ou até mesmo crônica,
sendo a forma crônica a mais comum. Segundo dados do ministério da
saúde ‘A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter
silencioso que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um
processo inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a
85% dos casos se tronam crônicos e, em média, 20% evoluem para
cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de
cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma
hepatocelular (CHC) é de 1% a 5% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). O
risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um
primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito,
nos 12 meses seguintes, é de 15% a 20% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014).’
As formas de
transmissões podem acontecer de varias formas, sendo elas:
-
Contato
com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e
outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
-
Reutilização
ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou
odontológicos;
-
Falha
de esterilização de equipamentos de manicure;
-
Reutilização
de material para realização de tatuagem;
-
Procedimentos
invasivos (ex: hemodiálise, cirurgias, transfusão) em os devidos
cuidados de biossegurança;
-
Uso
de sangue e seus derivados contaminados;
-
Relações
sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
-
Transmissão
de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).
É
importante lembrar que a hepatite C não é transmitida pelo leite
materno.
Sintomas:
Os
sintomas são raros de se manifestar visto que apenas 80% das pessoas
infectadas não apresentam sintomas. Por isso é tão importante a
população realizar o teste de modo espontâneo, para com isso ter o
combate a este agravo.
O diagnostico como é feito?
Geralmente
a hepatite é descoberta quando já esta na fase crônica. Sendo
assim o diagnostico é feito através de testes rápidos, podendo ser
de rotina ou ate mesmo quando há doação de sangue. À vista disso
a importância de realizar testes com certa frequência. Nos teste
sendo eles rápidos ou sorológicos quando a pessoa esta infectadas é
apontado a presença de anticorpos anti-HCV, após ter confirmado a
presença deste anticorpo é necessário realizar um exame para
detectar a cagar viral HCV-RNA.
O
tratamento é disponibilizado pelo SUS (sistema único de saúde),
tendo disponíveis medicamentos que pode levar a cura e impedir a
progressão da doença.
Como é realizado o tratamento?
O
tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação
direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são
realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o
tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção.
Todas
as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem
receber o tratamento pelo SUS. O médico, tanto da rede pública
quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as
orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Hepatite C e Coinfecções. Pacientes em fase inicial da infecção
podem ser tratados nas unidades básicas de saúde, sem a necessidade
de consulta na rede especializada para dar início ao tratamento.
E a prevenção? Como é feita?
Ainda
não existe vacina para a hepatite C, mas é simples a prevenção,
-
Não
compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter
entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova
de dente, etc);
-
Usar
preservativo nas relações sexuais;
-
Não
compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;
-
Toda
mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar
as hepatites B e C, a HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo,
é necessário seguir todas as recomendações médicas. O
tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas
após o parto a mulher deverá ser tratada.
Tambem
é importante ter alguns cuidados quando se sabe que o individuo está
contaminado:
-
Ter
seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau
testados para hepatite C;
-
Não
compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene
pessoal ou outros itens que possam conter sangue;
-
Cobrir
feridas e cortes abertos na pele;
-
Limpar
respingos de sangue com solução clorada;
-
Não
doar sangue ou esperma.
Importante
lembrar que a pessoa que tem hepatite C pode participar de todas as
atividades, incluindo esportes de contato, podem compartilhar
alimentos e beijar outras pessoas.