No
mundo moderno, o HIV (vírus da AIDS), não é mais sentença de morte. Porém, é
preciso travar uma batalha que geralmente se torna ainda mais difícil pelo
estigma da doença e pelo preconceito, especialmente por parte das pessoas com
quem se tem uma relação íntima.
Atualmente,
muitos jovens perderam a noção do perigo e pensam que só poderão contrair o
vírus se tiverem os chamados “comportamentos de risco”, como o uso de drogas
injetáveis, o hábito de ter vários parceiros sexuais ou a condição de
homossexual. Ao mesmo tempo, há aqueles que acreditam que poderão se contaminar
por sentar na mesma cadeira de um portador do vírus ou através de um beijo.
Outros acreditam que a imunodeficiência é facilmente curável e, por isso,
cuidam-se menos, o que faz o número de infectados aumentarem.
Confira
alguns depoimentos de jovens de todo o mundo ouvidos por um documentário que retrata tal situação:
·
Christina e Susan Rodríguez – Nova Iorque,
Estados Unidos.
Hoje, na cidade de Nova Iorque, há mais de
100 mil pessoas infectadas pelo HIV. Christina Rodríguez e sua mãe, Susan, são
duas delas. Christina nasceu com o vírus, mas só foi diagnosticada aos três
anos – no mesmo ano em que seus pais souberam que eram portadores. Um ano
depois do diagnóstico, o pai de Christina morreu por causa das doenças
oportunistas desencadeadas pela imunodeficiência. Alguns anos depois, Susan
fundou a Universidade Smart, programa educativo sobre o tratamento e os
cuidados para mulheres contaminadas pelo HIV e já afetadas por suas
consequências. Christina, hoje adulta, conta como, apesar de ser soropositiva e
da grande quantidade de medicamentos que tem de tomar (e que lhe causaram
depressão quando estava com 17 anos) soube como seguir em frente.
·
Tender Mayundla – Kwa-Zulu Natal, África do
Sul.
O sonho de Tender Mavundla de ser cantora se
realizou quando ela chegou à final de um popular concurso na África do Sul.
Duas semanas após, no entanto, ela descobriu que estava infectada pelo HIV e
foi expulsa da competição. Seu pior sofrimento, contudo, foi à morte do seu
bebê, com apenas oito dias. Quando ela engravidou, o vírus a deixou com
resistência tão baixa que o bebê nasceu prematuro, aos seis meses, e não
conseguiu sobreviver. Agora, Tender terá que conversar com o namorado e lhe
contar que é soropositiva. Ao mesmo tempo, ela se preocupa com a irmãzinha mais
nova e tem medo também de que ela se infeccione porque, em Kwa-Zulu Natal, onde
sua família vive, quase 40% da população estão infectados. O problema na África
é gravíssimo.
·
Andrew
Evans – Worcestershire, Inglaterra.
Em Worcestershire, na Inglaterra, Andrew
Evans está contaminado, mas sua mulher, Michelle, não. O casal recebeu uma
ajuda do governo em dinheiro para ser cobaia de uma nova técnica: a ‘lavagem de
esperma’, que poderá ajudá-los a terem um filho de um modo que nem Michelle nem
o bebê sejam infetados. Andrew foi diagnosticado soropositivo quando estava com
12 anos por causa do sangue contaminado que recebeu aos cinco anos, como parte
do tratamento para hemofilia. Ele sabe muito bem como o HIV pode destruir
vidas, pois esteve hospitalizado a maior parte da adolescência. Quando estava
com 18 anos, os médicos lhe deram apenas duas semanas de vida. Mas os novos
medicamentos que foram surgindo salvaram a vida dele e agora a luta é gerar um
filho sem colocar em risco a vida das pessoas que mais ama.
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