O estudo ouviu 1208 jovens com idades entre 18 e 29 anos em 15 estados.
Quatro em cada dez jovens brasileiros acham que não precisam
usar camisinha em um relacionamento estável, informa a pesquisa Juventude,
Comportamento e DST/AIDS, com acompanhamento do Ministério da Saúde e da
Organização Pan-Americana da Saúde.
Além disso, três em cada dez jovens ficariam desconfiados da
fidelidade do parceiro caso ele propusesse sexo seguro. O estudo ouviu 1208
jovens, sendo que as mulheres correspondem a 55% e os homens, a 45%.
Ao todo, 91% dos jovens entrevistados já tiveram relação
sexual; 40% não consideram o uso de camisinha um método eficaz na prevenção de
DST ou gravidez, 36% não usaram preservativo na última vez que tiveram relações
sexuais; e apenas 9,4 foram a um centro de saúde nos últimos 12 meses para
obter informações ou tratamento para DST.
Os dados mostram que os jovens brasileiros não tem
conhecimento sobre doenças sexualmente transmissível e formas de infecção. Um
em cada cinco acredita ser possível contrair o HIV utilizando os mesmo talheres
ou copos de outras pessoas e 15% pensam que enfermidades como malária, dengue,
hanseníase ou tuberculose são tipos de DST. Notamos que os jovens menos vulneráveis
são aqueles que conversam com os pais sobre sexualidade e que têm maior
escolaridade.
O estudo recomenda mais investimentos em conteúdos de
qualidade sobre sexo e AIDS na internet, programas sociais que tenham a
juventude como público-alvo e que envolvam a família dos participantes;
capacitação de professores sobre os temas relacionados a DST e AIDS; informação
sobre o aumento da vulnerabilidade em relação ao sexo seguro quando jovens
fazem consumo de álcool.
Atualmente, entre 490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no
Brasil. Dessas, 135 mil não sabem que têm o vírus. A incidência de AIDS no
país, em 2011, chegou a 20,2 casos para cada 100 mil habitantes. No ano
passado, foram registrados 38,8 mil novos casos da doença.
Assim a PREVENÇÃO e a INFORMAÇÃO ainda são as melhores armas
contra as doenças sexualmente transmissíveis e AIDS.
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