Parasita que causa DST pode estar ligado a câncer de próstata

O parasita Trichomonas vaginalis, responsável pela doença sexualmente transmissível tricomoníase, pode estar ligado ao desenvolvimento do câncer de próstata. Segundo um estudo, esse protozoário secreta uma proteína que estimula a inflamação e a proliferação de células da próstata, desencadeando um processo que pode levar ao surgimento ou à progressão do câncer de próstata. A conclusão é de um estudo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" ("PNAS").

Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis. Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no organismo.

 


  

                                          Imagem mostra parasita 'Trichomonas vaginalis' aderido a um tecido vaginal



Estudos anteriores já haviam encontrado uma relação entre a presença da infecção por Trichomonas vaginalis com a severidade do câncer de próstata, mas os mecanismos dessa relação permaneciam desconhecidos. Agora, pesquisadores avaliaram o papel de uma proteína secretada pelo parasita, chamada fator de inibição da migração de macrófagos.

Como essa proteína é parecida com uma proteína humana sabidamente envolvida no início e progressão de alguns tipos de câncer, os cientistas resolveram estudá-la mais a fundo.
O resultado foi que a proteína avaliada realmente está ligada à proliferação das células da próstata e ao aumento da inflamação da região, o que pode estimular o surgimento e o agravamento do câncer de próstata.

Em entrevista à britânica "BBC", Nicola Smith, do Cancer Research UK, afirmou que é preciso cautela antes de relacionar diretamente o câncer de próstata a uma doença sexualmente transmissível "Este estudo sugere um possível caminho pelo qual o parasita Trichomonas vaginalis poderia incentivar células cancerosas da próstata para crescer e se desenvolver mais rapidamente", diz.

Fontes utilizadas
 g1.globo.com/bem-estar
 aids.gov.br/pagina/tricomoniase  






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