Pesquisa indica que mais de 10 milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de doenças sexualmente transmissíveis






A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram cerca de 340 milhões de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) por ano no mundo. Uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde indica que mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma DST. 

Desse total, 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico. No Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:

Herpes genital
640.9 mil

HPV
685.4 mil

Sífilis

937 mil


Gonorréia
1 541.8 milhão

Clamídia
1 967.2 milhão

Fonte : PN-DST/AIDS, 2003


Não importa qual seu estado civil: seja solteiro, casado ou namorando, é sempre preciso estar atento para as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Elas costumam roubar mais do que a saúde física do paciente - mexem também com seu estado emocional, uma vez que pioram muito a qualidade de vida do portador.  As DSTs podem ser transmitidas em diversas ocasiões: durante uma transfusão sanguínea, no parto (da mãe para o filho), pelo contato com objetos íntimos. Tudo vai depender da doença. Mas, em boa parte dos casos, elas são transmitidas pelo contato sexual desprotegido (sem o uso de camisinha) com alguém já infectado.

As manifestações também variam de doença para doença. Existem aquelas que causam feridas, como a sífilis, a herpes genital e o cancro mole, outras provocam lesões como verrugas - caso do condiloma acuminado, mais conhecido como HPV. Em algumas, o principal sintoma é o corrimento - como o linfogranuloma venéreo e a donovanose. Outras doenças, como o HIV e a hepatite B, podem não ter uma sintomatologia tão clara. O uso de preservativos costuma prevenir a maior parte destas doenças, com exceção do HPV, que pode ser transmitido pelo contato com a pele contaminada e por meio de objetos de uso pessoal, como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.

No entanto, não existem indicações de exames periódicos para a maioria destas doenças. "A pessoa deve fazer o rastreamento quando houver a suspeita de uma DST", aconselha o infectologista Gustavo Johanson, do Hospital Nove de Julho e do Ambulatório de Medicina do Viajante da Universidade Federal de São Paulo. Exceto, explica Johanson, no caso do Papilomavírus Humano (HPV). Mulheres com vida sexual ativa devem fazer o exame Papanicolau todos os anos. O Papanicolau é capaz de detectar o câncer de cólo do útero, ligadas, em 90% dos casos, ao HPV. O exame dá um resultado numa escala de 1 a 4, de acordo com alterações celulares. O 1 representa um cólo de útero saudável e o 4 já aponta a presença de um câncer.

 Ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano, Edilson Ogeda diz que as mulheres são as que mais precisam se preocupar com as DSTs. "Elas são mais suscetíveis a este tipo de problema", explica o especialista. Por isso, diz Ogeda, a mulher deve estar sempre atenta às anormalidades no corpo. Corrimento, ardor, coceira e feridas na região genital podem ser sinais de doenças sexualmente transmissíveis. "Durante a gravidez, devem ser feitas pesquisas para a detecção de DSTs que podem ser passadas da mãe para o filho, como a sífilis, a AIDS e as hepatites B e C. Se a paciente quiser se sentir mais segura, pode fazer, na rotina anual, exames de sorologia para hepatite B e HIV", avisa o médico. "Pode soar careta, mas a verdade é que a monogamia, a fidelidade e o preservativo ainda são a melhor forma de se evitar uma DST", diz Ogeda, do Samaritano.

Confira 5 verdades sobre as DSTs

DSTs facilitam a transmissão sexual do HIV
As feridas deixadas nos órgãos genitais por determinadas DSTs favorecem a entrada do HIV no organismo. Daí a importância em procurar um especialista a qualquer sinal diferente. Além de diminuir as chances de transmissão do vírus da Aids, o tratamento melhora a qualidade de vida da pessoa infectada e interrompe a cadeia de difusão dessas doenças.


Mulheres têm mais dificuldades em identificar os sintomas
DST merece a atenção de todos. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas quanto aos sintomas, uma vez que, em diversos casos, não é fácil distinguir seus sinais das reações orgânicas comuns ao seu organismo.

População sexualmente ativa, sem distinção, é passiva de contágio
A multiplicação dos grupos de risco faz com que praticamente toda a população sexualmente ativa possa contrair.


Os sinais de uma DST podem aparecer em outras regiões do corpo
Como qualquer doença, as DSTs não tratadas podem levar a consequências trágicas. Um HPV, por exemplo, pode originar câncer de colo de útero na mulher e câncer de pênis no homem. Algumas uretrites mais graves podem levar a um estreitamento (estenose) da uretra, o canal por onde passa a urina. A sífilis, por sua vez, pode resultar em graves consequências neurológicas, assim como promover o aparecimento de lesões genitais, que podem levar a cicatrizes e deformidades no corpo do pênis.

Pais infectados podem transmitir a doença para seus filhos
As DSTs podem provocar uma interrupção espontânea da gravidez (aborto), determinar uma gravidez ectópica (fora do útero), atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões ou o nascimento com malformações. O recém-nascido pode ser atingido durante o parto, nesse caso, a criança pode ter doenças nos olho e nos pulmões, entre outros problemas. 



Fontes: 
Revista Viva Saúde UOL
http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/noticias/5-verdades-sobre-as-dsts-154718-1.asp/
Sua saúde - DSTs, todo mundo está sujeito
http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=93942


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