Esquemas interferon-free oferecem cura de hepatite C a portadores de HIV

Na semana passada – entre os dias 23 e 26 de fevereiro –, a edição 2015 da Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections/CROI) apresentou ao mundo os mais recentes resultados e descobertas de estudos que impulsionam a resposta global ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde participou de todos os dias da Conferência, que desta vez ocorreu em Seattle, nos EUA.


Este ano, um dos destaques do evento foi a divulgação de um estudo surpreendente – segundo o qual a administração de dois esquemas com dois medicamentos, ao longo de 12 semanas, curou a hepatite C em mais de 95% das pessoas testadas com HIV e coinfecção por hepatite C. Os esquemas em questão não contêm nem interferon nem ribavirina, mas sofosbuvir somado a ledipasvir ou daclatasvir. Os resultados confirmam que pessoas vivendo com HIV e que têm hepatite C podem ser tratadas da mesma forma que aquelas que sofrem apenas deste último agravo.


A propósito: no Brasil, o uso de daclatasvir foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de janeiro de 2015. O sofosbuvir ainda se encontra em análise pela Agência. O pedido de solicitação de registro de ambos os medicamentos na Anvisa ocorreu em outubro de 2014. 


O surgimento de medicamentos orais revolucionou o tratamento da hepatite C crônica –oferecendo esquemas mais curtos, melhor tolerados e mais eficientes que o tratamento baseado em interferon, e assim beneficiando especialmente os portadores de HIV e coinfecção por HCV, que tendem a desenvolver doenças hepáticas de forma mais acelerada. 

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