O tabaco, substância presente no cigarro, e o consumo
de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores
para desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas
afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV
atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O
papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais
de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador
de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais
vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e
consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais
baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de
50 anos devido ao vírus.Pessoas infectadas com o tipo de vírus que está associado ao
câncer de garganta têm 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O
fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e
especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a
pesquisadora.
Em outro estudo realizado nos Estados Unidos, apontou-se
que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo
oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que
já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32
vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens
também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em
países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e,
segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os
tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há
evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado
depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de
sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.
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