A higiene íntima, parte do cuidado pessoal diário, previne infecções, proliferações de fungos e bactérias, além do aparecimento de odores. Devido à anatomia internalizada do sistema genital, as mulheres são aquelas que devem ter estes cuidados redobrados. Os cuidados devem ser tomados, inclusive para que não haja excesso de limpeza.
As mulheres possuem uma barreira natural na região vaginal, promovida por certos bacilos presentes na flora vaginal. Estes bacilos são responsáveis por manter o pH ácido, saudável, da vagina. O pH mais ácido favorece a eliminação de certos microrganismos patogênicos. O uso de duchas e certos sabonetes podem alterar o pH ideal, comprometendo a saúde íntima das mulheres.
Ainda que haja a proteção natural, é necessária uma boa higiene adicional, para serem evitados coceiras, irritações e corrimentos. A limpeza deve concentrar-se na região da vulva, sem ser interna. Deve ser feita três vezes ao dia, de preferência com água, sabonete especial para a higiene íntima feminina e utilizando somente os dedos. A utilização de qualquer apetrecho pode causar ferimentos na vulva. Esta é a forma suficiente para eliminar todo o resíduo branco formado pela combinação de células epiteliais, óleo e gordura genital presente na região do clitóris.
É importante ressaltar que para manter uma boa higiene íntima o uso da camisinha é obrigatório para que não haja transmissão de microrganismos entre os parceiros. Após a relação sexual deve ser realizada uma limpeza com água e sabão.
Durante a menstruação, deve-se dar maior atenção à higiene. A presença de sangue altera o pH vaginal, além de ser considerado um "meio de cultura" para alguns microrganismos. Os absorventes internos ou externos devem ser trocados com frequência, não excedendo intervalor de 4 horas entre as trocas.
O uso de lencinhos umedecidos pode ser uma alternativa quando não há possibilidade de ser feita a higiene com água e sabão três vezes ao dia, como recomendado. Porém, o seu uso contínuo não é recomendado, pois pode causar irritações ou alergias, principalmente os perfumados. Protetores diários também não devem ser usados continuamente, pois deixam a região mais abafada.
As infecções mais comuns relacionadas à falta de higiene são a tricomoníase (protozoário), a gardnerella (bactéria) e a mais conhecida, a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans. Os sintomas dessas infecções são bem parecidos: corrimento intenso, de cor amarelada ou esverdeada, odor desagradável e prurido.
Atenção especial durante o verão!
Passar o dia com o bíquini molhado pode ocasionar infecções na região genital, principalmente por fungos, devido ao excesso de umidade. O ideal é que o biquíni tenha pelo menos o forro de algodão e sua lavagem deve ser feita com sabão neutro. Para a secagem, coloca-se a peça em um lugar arejado, evitando ambientes úmidos, como banheiros.
Sobre a depilação, não há contraindicações. Porém, se esta é feita fora de casa, a higiene do local deve ser verificada. A higiente íntima está relacionada à limpeza da região, e não à presença de pelos.
É bom evitar o uso de calças jeans e roupas justas, principalmente no verão quando há maior transpiração. Usar roupas como saias e vestidos permitem maior ventilação da área.
Fontes:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2012/07/ginecologista-comenta-os-principais-erros-e-acertos-da-higiene-intima-feminina-3833124.html
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/higiene-intima-da-mulher/
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/12/veja-dicas-para-cuidar-saude-intima-feminina-no-verao-4666706.html
http://www.boasaude.com.br/folhetos-de-saude/5736/higiene-intima-da-mulher.html
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