Estudo da OMS mostra que a vacina reduz em mais de 90% infecções orais
causadas pelos tipos 16 e 18 do vírus
HPV: o vírus é mais
conhecido por causar o câncer cervical, mas também está relacionado a cânceres
de orofaringe em homens e mulheres (Latinstock/VEJA)
Um novo estudo da
Organização Mundial da Saúde mostrou pela primeira vez que a vacina contra o
Papilomavirus humano (HPV) também oferece proteção contra infecções orais, que
estão associadas aos cânceres de orofaringe, popularmente conhecido como câncer
de garganta. Os resultados mostraram que a vacina reduz em mais de 90%
infecções orais pelos tipos 16 e 18 do HPV, que costumam ser relacionados ao
câncer de colo de útero.
CONHEÇA A PESQUISA
Instituição: Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras
Dados de amostragem: 5.840 mulheres entre 18 e 25 anos
Resultado: As análises mostraram que, quatro anos depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus, que podem causar cânceres de orofaringe.
Instituição: Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras
Dados de amostragem: 5.840 mulheres entre 18 e 25 anos
Resultado: As análises mostraram que, quatro anos depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus, que podem causar cânceres de orofaringe.
O estudo foi feito na Costa Rica, e é uma parceria entre pesquisadores do país, dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele foi pensado inicialmente para avaliar a eficácia da vacina de HPV contra o câncer de colo do útero, mas passou a incluir também a avaliação dos efeitos da vacina em outras regiões do corpo – entre elas, a cavidade oral.
Os pesquisadores recolheram amostras de células bucais de 5.840 mulheres
entre 18 e 25 anos, que receberam a vacina contra o HPV ou contra hepatite A –
utilizada no chamado grupo de controle. As análises mostraram que, quatro anos
depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus.
“A vacina parece
promover uma forte proteção contra as infecções orais pelos tipos de HPV que
causam a maior parte dos cânceres de orofaringe. Existem muitos aspectos da doença
que nós ainda não conhecemos, e precisamos de mais evidências de que a vacina
previna esse tipo de câncer, mas os resultados indicam que nós podemos ter uma
ferramenta importante para a prevenção desses males cada vez mais comuns”,
afirma Rolando Herrero, da IARC, e principal autor do estudo.
Crescimento
– A OMS estima que, por ano, surgem 85.000 novos casos de câncer de
orofaringe. Apesar de serem tradicionalmente relacionados ao consumo de tabaco
e bebidas alcoólicas, mais de 30% dos
casos dessas doenças são decorrentes da infecção pelo HPV, em virtude de práticas
como o sexo oral. Os homens têm quatro vezes mais chances de serem afetados
pela doença do que as mulheres.
Um estudo recente dos Estados Unidos mostrou que,
nos últimos 20 anos, a quantidade de tumores de orofaringe nos quais foi
detectado o HPV passou de 16% para 70%. Isso
levou os autores a estimarem que nas próximas décadas os Estados Unidos podem
vir a ter mais casos de câncer de orofaringe relacionado ao HPV do que de
câncer de colo do útero causado pelo vírus.
Para Herrero, se
resultados similares aos das mulheres forem encontrados nos homens, a vacinação
de meninos pode ser uma importante medida de saúde pública em regiões nas quais
cânceres relacionados ao HPV são comuns no sexo masculino.
Entenda um pouco mais sobre o HPV em outras matérias do blog:
http://dstaidsunifal.blogspot.com.br/2013/04/hpv.html
http://dstaidsunifal.blogspot.com.br/2013/10/hpv-papilomavirus-humano.html
Fonte: Revista Veja - http://veja.abril.com.br/noticia/saude/vacina-contra-hpv-protege-tambem-contra-canceres-na-regiao-da-garganta#tabs
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