Candidíase: afinal é ou não uma DST?


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      A Candidíase é uma doença causada pelo fungo oportunista do gênero Candida sp, principalmente Candida albicans, mas também pode estar relacionada com Candida glabrata e Candida tropicalis. Esse microorganismo faz parte da microbiota do sistema reprodutor feminino, porém, sob determinadas condições de desregulação desse ambiente, pode ocorrer proliferação e manifestação dos sintomas característicos da candidíase. Essa desregulação se deve aos seguintes fatores:
Fatores Predisponentes:
·         Gravidez
·         Diabetes
·         Obesidade
·         Contraceptivo Oral (alta dose de estrogênio)
·         Uso de antibióticos
·         Glicocorticoides e imunossupressores
·         Hábitos de higiene (higienização anal realizada no sentido do ânus para a vagina)
·         Vestuário (roupas apertadas e mal ventiladas)
É importante assinalar que a candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível, já que a principal forma de transmissão não é pela relação sexual. Além disso, mulheres na menopausa e crianças que ainda não menstruaram não é impossível desenvolver a doença, segundo Paulo César Giraldo, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo (Sogesp). Entretanto, por mais que não seja uma DST, não é recomendado ter relação sexual durante o período da enfermidade, já que aumenta os riscos para outras infecções como HPV, Herpes e HIV.
Sintomas:
·         Prurido vaginal ou vulvar
·         Ardor e irritação
·         Disúria
·         Dispareunia
·         Corrimento branco, inodoro e grumoso
·         Placas brancas aderidas a mucosa
·         Hiperemia, edema e fissura genital

Diagnóstico:
É importante procurar uma unidade de saúde mediante apresentação desses sintomas para que sejam avaliados pelo médico. O diagnóstico e feito pela clínica e exames laboratoriais como exame a fresco com KOH e cultura no meio ágar-Sabouround. O teste de pH não se mostra tão eficiente já que a Candida albicans sobrevive em meio ácido.
Tratamento:
O tratamento é realizado por meio de medicamentos azólicos tópicos ou de uso oral conforme prescrição médica.
Está sendo desenvolvida pesquisa que utiliza luz de LED para destruição da Candida albicans por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos da USP. Porém o grupo ainda recomenta cautela e necessidade de mais estudos, já que o fungo está presente em outras regiões do organismo e faz parte da microbiota normal das mulheres. Além disso, o tratamento farmacológico se mostra bastante eficiente.
Os parceiros sexuais não precisam ser tratados, a menos que haja candidíase recorrente – mais de quatro episódios por ano – ou sintomatologia nos parceiros ou parceiras sexuais.
Recomendações:
Hábitos corretos de higiene vulvar, controle do Diabetes, não utilizar calças e shorts mal ventilados, utilizar antibióticos apenas sob prescrição médica e pelo tempo adequado, além de utilizar camisinha durante a relação sexual.
PROTEJA-SE!

Referências:
Disponível em: https://jornal.usp.br/tecnologia/luz-de-led-ajuda-a-combater-fungo-causador-da-candidiase/. Acesso: 29 de maio de 2018
Disponível em: http://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/candidiase-infeccao-comum-mas-que-merece-atencao/. Acesso: 29 de maio de 2018
Apostila MedCurso 2016 Ginecologia: Doenças Sexualmente Transmissíveis Volume VI. Medbros Editora LTDA.



HERPES: O QUE É ESSA DOENÇA, PREVENÇÃO E POSSÍVEIS TRATAMENTOS


SOBRE O VÍRUS DA HERPES

Existem oito diferentes vírus da família herpes que podem causar doença em humanos. Dentre eles, os herpes tipo 1, 2 e 3 provocam quadros semelhantes de lesões de pele que podem reaparecer após um período variável de ausência de sintomas. 
O herpes tipo 1 é responsável pelo quadro de herpes oral. O tipo 3 é mais conhecido como vírus da varicela (catapora). Já o herpes tipo 2, por outro lado, é o principal responsável pelo quadro de herpes genital. Observa-se vermelhidão, ardor e pequenas bolhas com líquido claro na região da vulva, pênis ou ânus, ou ainda em regiões como nádegas e virilha. Em geral, o primeiro contato com o vírus ocorre na adolescência ou início da vida adulta e as lesões podem ser intensas a ponto de provocar ardor para urinar e desconforto que impede as relações sexuais. Além disso, a presença de lesões pelo herpes tipo 2 aumenta o risco de contágio por outras doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. 
FONTE: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-herpes-genital/
Depois do primeiro contato, algumas pessoas apresentam repetidos quadros de herpes, o que caracteriza o herpes oral ou genital recorrente. Há inclusive quem relate desencadeantes bem identificados para essa manifestação, tais como exposição ao sol, estresse, período perimenstrual, etc. 
Nesses casos, o que ocorre é uma reativação do vírus que se encontrava latente, sua multiplicação e transporte a partir do neurônio até a pele e o aparecimento de lesões.

TRANSMISSÃO DA HERPES GENITAL

O vírus da herpes genital é transmitido: 

· Através do contado direto com a ferida do indivíduo contaminado; 
· Ao utilizar objetos ou roupas que tenham entrado em contado com a ferida; 
· Relação sexual; 
· Uso da mesma roupa íntima; 
· No banheiro, ao sentar no vaso sanitário; 
· Ao usar a mesma toalha. 
Ou qualquer outro objeto que tenha sido usado anteriormente pelo indivíduo contaminado e que ainda não tenha sido desinfetado. 

SINAIS E SINTOMAS

Quando o vírus fica presente nos órgãos genitais causam muito desconforto, caracterizado por: 

· Dores e irritação entre 5 a 10 dias após a relação sexual que originou o contágio; 
· Manchas vermelhas; 
· Lesões genitais e bolhas; 
· Úlceras que podem sangrar; 
· Coceira e desconforto; 
· Ardor ao urinar caso as bolhas estejam perto da uretra; 
· Dor; 
· Ardor e dor ao defecar, caso as bolhas estejam próximas do ânus; 
· Ínguas na virilha; 
Além destes sintomas, podem surgir outros sintomas mais gerais semelhantes aos da gripe como febre baixa, calafrios, dor de cabeça, mal estar geral, perda de apetite, dor muscular e cansaço, sendo estes mais comuns no primeiro episódio de herpes genital ou naqueles mais severos onde as bolhas surgem em grande quantidade, dispensando por grande parte da região dos genitais. 
As feridas do herpes genital, além de poderem surgir no pênis e na na vulva, também podem surgir na vagina, região perianal ou ânus, uretra ou mesmo no colo do útero.

PREVENÇÃO

O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível. Ela pode ser facilmente prevenida com uso de preservativos, no entanto, é preciso tomar bastante cuidado com o sexo oral, ele pode causar a herpes labial. 
A alimentação também influencia na prevenção. É que a arginina, uma substância presente em nozes, amêndoas, chocolate e uva, costuma atiçar o vírus. Pelo mesmo motivo, suplementos à base desse aminoácido, muito difundidos em academias de ginástica para fortalecer os músculos, são um perigo para quem é suscetível. 
Além de estudos apontarem a associação entre alterações emocionais e as crises de herpes.
 

TRATAMENTO

O tratamento é individualizado e só o médico poderá indicar qual o melhor para cada caso. Procurar o médico imediatamente quando surgirem os primeiros sintomas é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados. 
Mas vale ressaltar que não existe uma cura para herpes, a doença é autolimitada – ou seja, desaparece à medida que o sistema imune do indivíduo se recupera. De qualquer jeito, durante as crises infecciosas, o objetivo principal é diminuir o desconforto na área afetada. 
Para reduzir a concentração de herpes simplex no corpo e, consequentemente, a frequência de lesões e a intensidade das manifestações futuras, o médico às vezes lança mão de remédios antivirais. 
Lavar bem as mãos é fundamental para evitar a propagação do vírus a outras partes do rosto, como nariz e olhos, e não fure as bolhas!!! Isso só servirá para intensificar a dor, espalhar o herpes e retardar a cicatrização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/herpes-oral-herpes-genital-e-herpes-zoster/
https://saude.abril.com.br/medicina/herpes-tratamentos-sintomas-e-o-que-e-essa-doenca/
http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/
https://www.tuasaude.com/sintomas-de-herpes-genital/

HPV E CÂNCER DE BOCA









Antigamente , a principal etiologia do câncer de boca era a associação do tabagismo com o álcool. Porém, estudos recentes mostraram que esse quadro vem mudando e hoje o principal causador dessa patologia é considerado a presença do vírus HPV. 

O HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. O nome HPV é uma sigla inglesa para "Papiloma vírus humano" e cada tipo de HPV pode causar verrugas em diferentes partes do corpo. 

Nos cânceres de orofaringe foram encontradas associações com os tipos 16 e 18, contra os quais já existem vacina. Acredita-se que o principal fator para o aumento de casos de câncer de boca associado ao HPV é dado pelo sexo oral desprotegido. A transmissão do vírus também pode ser associada a troca de fluidos, como a saliva, durante o beijo ou compartilhamento de objetos com indivíduos portadores do vírus. 

A idade média de diagnóstico desse tipo de câncer era em pacientes maiores de 50 anos, pois o efeito do tabaco e do álcool é acumulativo, entre 15 e 30 anos de consumo. Nos últimos estudos constataram uma idade bem inferior, tendo a classe mais jovem afetada, o papilloma tem a capacidade de desenvolver um câncer em menos tempo. 

Em uma pesquisa os médicos detectaram que 32% dos casos de câncer de boca em jovens adultos eram portadores do vírus. Em pacientes acima de 50 anos, a presença do vírus foi detectada em apenas 8%. Estima-se que entre 25% e 50% das mulheres e 50% dos homens estejam infectados pelo HPV em todo mundo. Mas a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune.

Existem papilomas que são como verrugas que podem aparecer na garganta ou na boca. Quem apresenta alguma ferida deve observar se ela está demorando a cicatrizar. Porém, mesmo quando o tumor maligno já se desenvolveu, pode não haver lesão visível. Geralmente, os cânceres de boca e garganta podem apresentar os seguintes sintomas: dor constante, nódulo, dificuldade para mastigar, rouquidão, dor na língua e mau hálito persistente. 

Os tumores ligados ao HPV tem uma taxa de cura maior do que os associados a tabaco e ao álcool. 
A melhor forma para se prevenir é a vacinação. Porém Outras formas de prevenção são: sexo seguro, se alimentar bem, não fumar, não beber, boa higiene oral e evitar traumatismos. 

A vacina é ofertada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas com HIV/Aids, bem como pacientes oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos . Homens e mulheres com mais de 15 anos também podem se proteger. Para este grupo, as vacinas estão disponíveis em clínicas privadas de vacinação.

O auto-exame da boca com frequência é extremamente importante. Deve-se analisar a mucosa da bochecha, abaixo da língua, acima, e observe se há manchas avermelhadas e esbranquiçadas e/ou pequenos nódulos. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maior são as possibilidades de cura.


Referências

http://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,hpv-aumenta-incidencia-de-cancer-de-boca-e-garganta-entre-jovens,1718680
www.saude.gov.b

Estudo descobre bactéria capaz de inibir o vírus da Aids




Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriram uma bactéria que pode dificultar que o vírus do HIV infecte o corpo humano. A bactéria pode ser encontrada no iogurte e na vagina e poderia ser transformada em um fármaco que dificulte a infecção pelo HIV.

Os cientistas coletaram amostras do muco cervical (onde muitas das bactérias vivem) de 31 mulheres. Depois, eles acompanharam o movimento dos agentes patogênicos do HIV. Foi a partir desta análise que eles perceberam que as amostras de mulheres com concentrações elevadas da bactéria Lactobacillus crispatus capturaram o vírus do HIV de maneira mais eficiente. Assim, a maioria das amostras não foram infectadas pelo vírus.

Já as mulheres cujos mucos cervicais são dominados pelo Lactobacillus do tipo iners têm maiores chances de contrair o HIV e outros vírus, aponta a pesquisa. Segundo o médico Agnaldo Lopes, presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, existem vários fatores capazes de deixar as mulheres suscetíveis ou não à infecção pelo HIV. Algumas são mais vulneráveis ao contato com o vírus, seja por questões imunológicas, inflamatórias ou outros elementos.

Segundo os cientistas, o estudo não é definitivo. No entanto, para eles, a pesquisa atual poderia levar ao desenvolvimento de novas estratégias para proteger as mulheres contra o HIV, levando a criação de novos medicamentos. Entretanto ainda é preciso avançar muito para que a bactéria seja realmente utilizada no controle da Aids. "São necessários novos estudos para confirmar esses achados. O outro ponto é saber como podemos utilizar essa bactéria do ponto de vista clínico", destaca Agnaldo Lopes.

Contudo o método mais seguro contra HIV ainda é o uso de preservativo, lembre-se o HIV é doença grave e sem cura. Previna-se!

Referências:
https://exame.abril.com.br/ciencia/bacteria-vaginal-pode-se-tornar-a-camisinha-do-futuro/
https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2015/10/estudo-descobre-bacteria-capaz-de-inibir-o-virus-da-aids.html



Mais um motivo para usar o preservativo: O vírus Zika pode ser transmitido através da relação sexual




Zika Vírus (ZKV) é um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya) e o Aedes albopictus. Os primeiros casos em seres humanos foram relatados, na Nigéria em 1954, no Brasil os primeiros casos de Zika vírus notificados foram em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia. Atualmente, sua presença já está documentada em cerca de 70 países.

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Porém o grande problema é que a gestante pode transmitir o ZKV para o feto durante a gravidez e essa forma de transmissão está relacionada a ocorrência de microcefalia e outros defeitos cerebrais graves do feto, além disso, alterações articulares, oculares e outras malformações vem sendo relacionadas à transmissão do ZKV da mãe para o feto e estão em estudo. O Brasil é o país mais afetado com mais de 1.600 casos confirmados de microcefalia.

O principal modo de transmissão do vírus é pela picada do Aedes aegypti, porém recentemente descobriram que o vírus pode ser transmitido por relação sexual sem o uso de preservativo, mesmo que a pessoa infectada não apresente os sintomas da doença. Existem estudos em andamento para descobrir por quanto tempo o ZKV permanece no sêmen e nos fluidos vaginais das pessoas contaminadas e por quanto tempo ele pode ser transmitido aos parceiros sexuais. No sêmen, alguns trabalhos científicos relatam um longo tempo de permanência do ZKV, mesmo muito depois do desaparecimento dos sintomas.

Até 26 de Agosto de 2016, a transmissão do vírus Zika por via sexual foi notificada em onze países (Estados Unidos da América, Itália, França, Alemanha, Nova Zelândia, Argentina, Chile, Peru, Portugal, Canadá e Espanha).

Os meios de transmissão saliva, urina ou leite materno ainda não foram confirmados. Apesar de o vírus ter sido identificado nesses fluídos corporais de pessoas contaminadas com o Zika vírus, não existem relatos de que ocorra transmissão por essas vias.

Por isso vale ressaltar a importância o uso do preservativo uma vez que além de proteger contra IST's protege também da transmissão do Zika e de uma gravidez indesejada, que quando combinada com ao ZiKa vírus pode levar a problemas sérios ao feto.

Referências:
Organização mundial da saúde: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/204421/WHO_ZIKV_MOC_16.1_por.pdf;jsessionid=CD0802A651954DC3B038A6EB47FE0CC6?sequence=5
http://combateaedes.saude.gov.br/pt/tira-duvidas
https://exame.abril.com.br/mundo/eua-confirmam-caso-de-zika-por-transmissao-sexual-no-pais/
https://exame.abril.com.br/mundo/espanha-tem-primeiro-caso-de-zika-por-transmissao-sexual/

Truvada: o novo genérico aprovado para comercialização no Brasil


  Na última segunda-feira (23) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o aval para a comercialização de alguns medicamentos genéricos inéditos no Brasil, que foi publicado no Diário Oficial da União. Um deles é o Entricitabina combinado com Fumarato de Tenofovir Desoproxila, produto que fará parte do arsenal terapêutico utilizado para o tratamento de pessoas vivendo com HIV. O medicamento de referência é o Truvada, cujas indicações incluem a profilaxia pré-exposição (PReP), usada para reduzir o risco de infecção pelo vírus adquirido sexualmente em adultos de alto risco. No Brasil, a detentora do registro é a Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S/A.


              



  Entre os produtos aprovados pela Anvisa, estão também o genérico inédito Bilastina, indicado para o tratamento sintomático de rinoconjuntivite alérgica (intermitente ou persistente) e urticária, e o Perindopril Erbumina combinado com Indapamida, indicado para o tratamento da hipertensão arterial.

  A profilaxia pré-exposição (PrEP) é indicada contra o HIV para grupos de risco. A estratégia envolve o uso diário do medicamento Truvada por pessoas que não têm o vírus. O objetivo é proteger grupos que estão mais expostos ao risco de infecção.

Mas o que é profilaxia pré-exposição?

  A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana, o HIV, é uma estratégia de prevenção que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais. O medicamento ARV irá bloquear o ciclo da multiplicação desse vírus, impedindo a infecção do organismo.

  O medicamento, que combina duas drogas, o tenofovir e a emtricitabina, precisa ser tomado por meses, diariamente, para proteger no caso de uma possível exposição ao vírus. Ele impede em mais de 90% dos casos a contaminação pelo vírus HIV e deve ser usado como método complementar ao sexo seguro.

  Especialistas alertam que esse tipo de estratégia deve ser aliada a outras medidas preventivas. Quem optar por adotá-la, por exemplo, deve ser aconselhado a continuar usando a camisinha, a fazer testes de HIV periodicamente e a tratar outras DSTs, que costumam deixar o paciente ainda mais vulnerável à infecção por HIV.
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 Matéria da revista Época divulgada em Maio de 2017:

“...a ampliação da oferta de PrEP no Brasil esbarra no custo. A compra dos 7 mil tratamentos custará ao Ministério da Saúde US$ 1,9 milhão. Em março, o relatório inicial da Conitec levou em consideração o preço oferecido pela empresa Gilead, que fabrica o medicamento de marca usado na PrEP, o Truvada. Com o preço de US$ 0,75 por comprimido, pagar a prevenção para um único usuário durante um ano sairia por US$ 276 (cerca de R$ 860).”
“...o Truvada, produzido pela farmacêutica americana Gilead, a requisitante da patente no Brasil, é considerado um medicamento de alto custo. Nos EUA, onde é usado como PrEP desde 2012, um mês de tratamento já chegou a custar US$ 1.000.
Preço acessível
  Pela legislação brasileira, esse tipo de produto deve ser disponibilizado no mercado com um desconto de, pelo menos, 35% em relação ao preço máximo da tabela da Anvisa. Para a Anvisa, a incorporação de novos genéricos é importante porque amplia o acesso dos pacientes a medicamentos com um custo mais acessível e no caso, a PrEP pode alcançar e beneficiar então um maior número de indivíduos. 

Prevenção e proteção caminham juntas 

  O Ministério da Saúde estuda desde 2014 incorporar o Truvada a sua política pública de distribuição de medicamentos. Encomendou então uma pesquisa com 500 voluntários, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Porto Alegre, para entender se os brasileiros teriam disciplina para usar o medicamento todos os dias e se não abandonariam o preservativo por já se sentirem seguros com o remédio. Esse é o pior dos pesadelos de especialistas que são contra esse tipo de prevenção. Há a possibilidade de as pessoas apostarem apenas no comprimido como prevenção, em vez de usá-lo como complemento, e se exporem ao vírus, ao não usarem preservativo. Se elas não tomarem o remédio rigorosamente todo dia, aumentarão seu risco de contrair o vírus HIV. Os resultados preliminares sugerem que tomar o Truvada não afetou a disposição dos participantes para usar preservativos.

Referências: 


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