Vacina contra o vírus HIV: testes eficazes



      
         Pesquisadores estão satisfeitos com resultados de uma nova vacina contra o vírus HIV. Foi induzida uma substância para a produção de anticorpos contra uma das formas do vírus. O desenvolvimento da Vacina contra o vírus HIV, pela instituição de pesquisa médica Scripps Research, está sendo investigado desde a década de 90.                                               A pesquisa obteve bons resultados em macacos de espécie rhesus, conhecido também como Macaca mulata. Os Pesquisadores tinham como desafio treinar os animais a identificar os vírus, uma vez que seu sistema imunológico foi exposto ao trímero de proteína do envelope, e também fazer com que eles fossem capazes de produzir os anticorpos corretos contra o HIV.                                                                              A vacina foi testada em dois grupos de macacos rhesus, que já haviam sido imunizados em razão de outro estudo. Um grupo era composto de seis que desenvolveram baixos níveis de anticorpos nessa oportunidade e outros seis desenvolveram altos níveis de anticorpos.
A conclusão foi de que a vacinação funcionava nos animais de altos níveis de anticorpos, e que eles podem produzir um número suficiente deles contra o vírus Tier 2 de maneira a prevenir a infecção por HIV. Assim, os cientistas chegaram à primeira estimativa de níveis de anticorpos neutralizantes induzidos pela vacina necessários para proteger contra o HIV.
Referências:

Donovanose: uma IST pouco conhecida


A donovanose é uma infecção sexualmente transmissível (IST) pouco frequente, de maior prevalência em regiões de clima tropical e subtropical, causada pela bactéria Gram negativa Klebsiella granulomatis, anteriormente chamada Calymatobacterium granulomatis. Ela afeta igualmente homens e mulheres, e é mais frequente em pacientes negros e na faixa etária entre 20 e 40 anos. Tem caráter crônico e progressivo, e acomete principalmente pele e mucosas da genitália, da virilha e do ânus. É endêmica no Brasil, mas sua ocorrência vem apresentando declínio: no ano de 2011, estimava-se que ela representava 5% dos casos de IST.

A transmissão ocorre através do contato direto com as lesões durante a relação sexual desprotegida com indivíduo infectado. No entanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, há relatos de ocorrência dessa infecção em crianças e pessoas com vida sexual inativa, o que permite inferir que a via sexual pode não ser a única forma de transmissão. O período de incubação varia de 3 dias a 6 meses. Já o período de transmissibilidade não é conhecido, mas acredita-se que ele dure enquanto existam lesões abertas em pele e mucosas.

Após o contágio, surge uma lesão com aspecto de nódulo ou pápula (caroço) no local de inoculação do patógeno. Essa lesão sofre erosão e adquire o aspecto de uma úlcera de coloração vermelha, que é indolor e sangra com facilidade. Conforme a extensão da úlcera aumenta, ocorre destruição da pele adjacente. Não ocorre linfonodomegalia (íngua). Muito embora o acometimento de pele e mucosas seja o mais comum, a bactéria pode acometer também as vísceras, por meio da disseminação hematôgênica, ou seja, através da corrente sanguínea. Além disso, a destruição da pele pela úlcera cria uma porta de entrada, que pode favorecer a infecção por outros microrganismos.

 Lesões da donovanose em suas formas ulcerosa (esquerda) e úlcero-vegetante (direita). Fonte: Bezerra, Jardim, Silva, 2011.


O diagnóstico da donovanose é eminentemente clínico, ou seja, pode ser feito pela constatação dos sinais e sintomas.  O diagnóstico laboratorial também é possível. Neste caso, é realizada uma biopsia da lesão e em seguida um esfregaço em lâmina. Constata-se a donovanose pela observação dos corpúsculos de Donovan ao microscópio. O tratamento dessa infecção é feito pelo uso de antibióticos, os quais só devem ser utilizados sob prescrição médica. Após o término do tratamento, o paciente deve voltar ao serviço de saúde para que um médico possa avaliar se as lesões desapareceram e se houve cura da infecção. O contato sexual deve ser evitado durante o tratamento e enquanto houver lesões ativas.

Corpúsculos de Donovan observados ao microscópio.  Fonte: Bezerra, Jardim, Silva, 2011.


Para a prevenção da donovanose, bem como de outras IST, é imperativo o uso de preservativo em toda relação sexual, seja ela oral, anal ou vaginal. A prevenção só é efetiva se a área das lesões estiver completamente coberta pela camisinha.



Fonte: Farol de notícias


REFERÊNCIAS

Bezerra SMFMC, Jardim MML, Silva VB. Donovanose. An Bras Dermatol. 2011;86(3):585-6.

Ministério da saúde. Donovanose. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/donovanose>. Acesso em 17 Dez 2018.

Sociedade Brasileira de Infectologia. Donovanose. Disponível em: <https://www.infectologia.org.br/pg/987/donovanose>. Acesso em 17 Dez 2018.
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