Gonorreia: o que é?

     A Gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou seja, é transmitida por meio da relação sexual anal, oral ou com penetração sem camisinha. A maioria dos casos em mulheres é assintomático, ou seja, o diagnóstico é mais difícil e às vezes só é identificado durante a realização de exames ginecológicos de rotina.  Os sintomas da gonorreia podem surgir até 10 dias após o contato com a bactéria responsável pela doença, como foi citado anteriormente a maior parte dos casos em mulheres é assintomático, no caso dos homens, a maioria dos casos é sintomática e os sintomas aparecem poucos dias depois do contato sexual desprotegido. Quando os sintomas aparecem pode ser: dor ou ardor ao urinar, surgimento de corrimento branco-amarelado (semelhante ao pus), dor ou sangramento durante a relação sexual e dor nos testículos.            Nas mulheres, quando a gonorreia não é identificada e tratada corretamente, há aumento do risco de desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e esterilidade, além de também haver aumento da chance da bactéria espalhar através da corrente sanguínea e levar à dores na articulação, febre e aparecimento de lesões nas extremidades do corpo. Dessa maneira, fica explícito a importância de realizar os exames ginecológicos com frequência.     Nos homens é mais fácil de ser identificada e não tem muitas complicações, isso porque a grande maioria dos casos são sintomáticos, o que faz com que o início do tratamento da gonorreia seja mais rápido e eficiente. No entanto, quando o tratamento não é feito de acordo com a orientação médica, podem surgir complicações como incontinência urinária, sensação de peso na região do pênis e infertilidade.                                                                                                                                             Um fato muito importante sobre os casos de gonorreia na população feminina é que pode trazer riscos durante a gravidez. A maior probabilidade contaminação é durante o parto normal, pois o recém nascido pode ser contaminado pela bactéria presente na região genital da mãe infectada, correndo o risco de causar ao bebê conjuntivite neonatal e, por vezes, cegueira e infecção generalizada, com necessidade de tratamento intensivo.                            Durante a gravidez a probabilidade de transmissão é menor, mas  esta infecção está associada a um elevado risco de aborto espontâneo, infecção do líquido amniótico, nascimento antes do tempo, rompimento prematuro de membranas e morte do feto.     Dessa maneira, a melhor forma de prevenção contra a gonorreia é o uso de preservativos durante as relações sexuais. E principalmente as mulheres que são assintomáticas devem realizar os exames ginecológicos com frequência e orientar seus parceiros ao mesmo.  


Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-transmissiveis/gonorreia-e-clamidia


Sífilis na atualidade: Ações preventivas e sua condição perante a pandemia de COVID 19

                                                             Sífilis na atualidade:  

Ações preventivas e sua condição perante a pandemia de COVID 19 

Nome: Clara Giuliana Magossi 

Data: 17/11/2021 

Quando se explora notícias em relação à sífilis, nota-se que de uns anos para cá, houve um aumento no número de casos de brasileiros acometidos pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, os dados do estudo realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) mostram que a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida. A maior parte das notificações ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos de idade. Em 2019, o Brasil chegou a identificar 74,2 a cada 100 mil pessoas.  

Dito isso, o público-alvo para essa infecção inclui gestantes e seus parceiros, em uma faixa etária predominantemente entre 20 e 35 anos. Em 2020, 38,8% das notificações de sífilis adquirida ocorreram em indivíduos entre 20 e 29 anos, e 56,4% das gestantes também tinham essa idade. Tais dados levam ao fato de como a profilaxia é importante para a prevenção e controle da proliferação de casos. 

Uma medida que o campo da saúde vem tomando nesses últimos anos e que vem mostrando resultados positivos é a organização de atividades para conscientizar a população a se prevenir das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST 's). Para deixar o atendimento do SUS ainda mais especializado, o Ministério da Saúde lançou ainda o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, que incluiu a abordagem à Sífilis nesta segunda edição. Além disso, a Pasta lançou a atualização do manual técnico para diagnóstico de sífilis.  

Ademais, é digno de nota que a Atenção Primária tem uma forte influência quando se trata de Sífilis, pois através dela é possível identificar de forma rápida e eficiente os pacientes infectados, dito a proximidade com a comunidade e o contato primordial que os profissionais de saúde que atuam nessa área possuem. Assim, quando identificado o caso, o indivíduo é encaminhado para um tratamento especializado e instruído sobre como deve proceder, além do fato de propagar conscientização sobre o tema.  

Dessa forma, por que é tão importante a conscientização e o tratamento da sífilis o quanto antes? Embasando-se na literatura e em dados do Ministério da Saúde, a sífilis é uma doença silenciosa e de caráter sistêmico. Seu patógeno é denominado Treponema pallidum, o qual é transmitido por contato sexual. Mas também possui outras vias, como a gestação ou o parto (sífilis congênita), causando consequências como aborto, natimortalidade, parto prematuro, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, lesões de pele e malformações, com mortalidade em torno de 40% nas crianças infectadas. 

É importante lembrar que a bactéria que causa a sífilis pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente, por isso também é classificada como doença silenciosa, fato o qual pode iludir o paciente no quesito da saúde. 

Em suma, quem possui sífilis pode apresentar diversas manifestações clínicas e diferentes estágios patológicos, sendo que inicialmente há o aparecimento de uma úlcera no local de entrada da bactéria, geralmente na região genital, que se cura sozinha. Apesar de sumir com o tempo, a verificação constante da região genital é uma importante forma de profilaxia, pois, caso identifique quaisquer lacerações suspeitas, pode-se procurar auxílio de um profissional da área e, se positivo para sífilis, iniciar o tratamento adequado. Ainda, manifestações iniciais incluem erupções/manchas no tronco, nas mãos e pés; placas e lesões em mucosas. Esta fase pode ser acompanhada de sintomas inespecíficos como febre baixa, mal-estar e cefaléia. Se a doença não for tratada pode evoluir para estágios mais graves, acometendo o sistema cardiovascular e nervoso central. 

Portanto, a sífilis é de fácil tratamento quando identificada em seus estágios iniciais, com base principalmente na injeção de penicilina benzatina de 2.400.000 UI ou outros antibióticos, dependendo da situação apresentada. Quando os estágios vão avançando o tratamento se torna mais rigoroso. A fase mais crítica e a qual precisa de suma atenção é a fase terciária, na qual a infecção se torna mais agressiva, no entanto há tratamento também.  

Referências bibliográficas: 

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/outubro/ministerio-da-saude-lanca campanha-nacional-de-combate-as-sifilis-adquirida-e-congenita-em-2021 

https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/outubro/14-1/boletim_sifilis-2021_internet.pdf


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