Sexo anal e higiene: esclareça suas dúvidas!



O sexo anal continua sendo uma prática repleta de tabus e por isso pouco se fala sobre os cuidados que devem ser tomados durante o ato. A via anal pode trazer muito prazer a homens e mulheres, desde que algumas medidas importantes sejam tomadas.

Não é certo sentir dor em todas as relações. Estar com o corpo relaxado pode reduzir a dor e para isso, é importante que as duas pessoas estejam confortáveis com a situação. A ginecologista Sueli Raposo, do Laboratório Exame em Brasília, afirma que no caso das mulheres, a relação anal tende a ser mais dolorosa porque a região não tem a mesma elasticidade da vagina. A especialista ainda recomenda a utilização de lubrificantes à base de água, já que a região anal não possui lubrificação própria. 

Ao contrário do que muitos pensam, é possível chegar ao orgamo pelo sexo anal. Tudo depende da lubrificação do canal, das preliminares e do grau de excitação dos parceiros. Muitas mulheres conseguem sentir tanto prazer na relação anal, quanto na relação vaginal.

O risco de engravidar pelo sexo anal é bem reduzido. A penetração no sexo vaginal ocorre pelo canal diretamente ligado aos órgãos reprodutores femininos, onde será depositado o sémen (líquido rico em espermatozóides) e haver a fecundação. No caso do sexo anal, o canal penetrado faz ligação apenas com o intestino grosso, órgão sem comunicação com o sistema reprodutor.

Além de medidas para aproveitar melhor o prazer no sexo anal, cuidados de higiene são fundamentais antes, durante e após a prática. O canal anal é habitado por muitas bactérias que quando próximas da uretra podem causar infecções uretrais ou urinárias graves.

A penetração pode causar fissuras no ânus, permitindo a entrada de bactérias e vírus na corrente sanguínea. Doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e HPV, podem ser transmitidas por esta via.

Por isso, é importante que haja uma boa higiene dos parceiros e o uso de preservativo. Lembrando que nunca se deve ter uma relação anal seguida de uma vaginal, sem que seja trocado o preservativo e feita a devida higiene com água e sabonete. A evacuação antes da relação também é importante para se evitar que fezes surjam durante o ato. A pessoa que penetrou deve sempre urinar após o sexo e limpar o pênis.

Abaixo, mais dicas para aumentar a segurança no sexo anal:

Evite o sexo oral ou vaginal após a penetração do pênis no canal anal até que seja colocado um novo preseervativo. 
Use bastante lubrificante para reduzir o risco de fissuras no tecido anal. Juntamente com o preservativo de látex, usar sempre lubrificante a base de água. 
Estar relaxado durante a penetração pode evitar o aparecimento de fissuras. 
Pare se sentir dor durante a prática anal. 
Se houver sangramento após o ato ou você notar feridas ou caroços ao redor do ânus, consulte um médico o mais rápido possível. 


Fontes:


Pesquisa: soja vira "fábrica de proteína" contra o HIV


Uma pesquisa realizada em parceria entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) e a Universidade de Londres conseguiu comprovar que sementes de soja geneticamente modificadas constituem, até o momento, a biofábrica mais eficiente e uma opção viável para a produção em larga escala da cianovirina – uma proteína extraída de algas – muito eficaz no combate ao vírus HIV. O resultado inédito é tema de artigo da revista norte-americana Science (número 6223 Vol. 347 página 733, seção Editors choice).

A pesquisa, que começou a ser desenvolvida em 2005, se baseia na introdução da cianovirina, uma proteína presente em algas que é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano, em sementes de soja geneticamente modificadas para produção em larga escala. O objetivo final é o desenvolvimento de um gel, capaz de eliminar o vírus, para que as mulheres apliquem na vagina antes do relacionamento sexual.

Segundo Elíbio Rech, coordenador dos estudos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e um dos autores do artigo, foram realizados testes com outras biofábricas, como plantas de tabaco (N. tabacum e N. benthamiana), bactéria (E. coli) e levedura (S. cerevisiae). Entretanto, a única biofábrica que mostrou ser uma opção viável para a produção de cianovirina foi a semente de soja transgênica porque permite que a proteína seja largamente escalonada até a quantidade adequada. Aliado a esse fato está o benefício do baixo custo do investimento requerido na produção da matéria prima para extração da molécula.

Para se ter uma ideia do potencial da soja como fábrica biológica para produção da cianovirina, no resumo do artigo publicado na Science, os cientistas afirmam que "grosso modo, se a soja GM for plantada em uma estufa menor do que um campo de beisebol (97,54 metros) é possível fornecer cianovirina suficiente para proteger uma mulher 365 dias por ano durante 90 anos".
Fábricas biológicas para produção de medicamentos

Rech explica que os efeitos positivos da cianovirina contra o HIV já estavam comprovados desde 2008 a partir de testes realizados com macacos pelo instituto norte-americano. A capacidade natural dessa proteína, extraída da alga azul-verde (Nostoc ellipsosporum), de se ligar a açúcares impedindo a multiplicação do vírus já é conhecida pela comunidade científica mundial há mais de 15 anos. "O que faltava era descobrir uma forma eficiente e econômica para produzir a proteína em larga escala", completa.

A utilização de plantas, animais e microrganismos geneticamente modificados para produção de medicamentos faz parte de uma plataforma tecnológica com a qual o pesquisador vem trabalhando desde a década de 1990. "As biofábricas ou fábricas biológicas são capazes de expressar moléculas de alto valor agregado com custos baixos e, por isso, são opções viáveis para produção de insumos, como medicamentos e fibras de interesse da indústria, entre outros", afirma. Além disso, valorizam ainda mais o agronegócio brasileiro, já que permitem a agregação de valor a produtos agropecuários, como plantas, animais e microrganismos. Por isso, ele acredita que o cenário no Brasil daqui a dez anos será totalmente influenciado pela biogenética.

A expectativa da Embrapa ao investir em pesquisas com biofármacos, como explica Rech, é fazer com que esses medicamentos cheguem ao mercado farmacêutico com menor custo, já que são produzidos diretamente em plantas, bactérias ou no leite dos animais. Existem evidências de que a utilização de biofábricas pode reduzir os custos de produção de proteínas recombinantes em até 50 vezes.

Ele explica que as plantas produzem proteínas geneticamente modificadas, idênticas às originais, com pouco investimento de capital, resultando em produtos seguros para o consumidor. Além disso, representam um meio mais barato para a produção de medicamentos em larga escala, pois como não estão sujeitas à contaminação, evitam gastos com purificação de organismos que são potenciais causadores de doenças em humanos. Sem falar na facilidade de estocagem e transporte.




Fonte: 

Câncer do colo de útero

O câncer do colo uterino é um dos principais problemas que afetam as mulheres atualmente no país. Segundo dados da Estimativa 2014- Incidência de Câncer no Brasil - do Ministério da Saúde em conjunto com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), esta patologia tem grande relevância por seu perfil epidemiológico no país.

Em especial o Câncer do colo de útero apresenta uma vasta distribuição ao longo do território nacional: ocupando o primeiro lugar na região Norte (24 casos/100 mil). Em sequência, nas regiões Centro-Oeste (22 casos/100 mil) e Nordeste (19 casos/100 mil). Na região Sudeste (10 casos /100 mil) é o quarto, e na região Sul (16 casos /100 mil), o quinto mais incidente.


No ranking geral do país, o Câncer uterino é o terceiro colocado que mais acomete a população feminina, na primeira colocação está o de mama e a segunda posição é o de colorretal. A cartilha da Estimativa 2014 -Incidência de Câncer no Brasil - é divulgada a cada dois anos e por este motivo seus dados ainda valem para o ano de 2015 até que a próxima cartilha seja elaborada.

Dicas de como se cuidar contra o Câncer do colo de útero!

Fatores de risco

• Baixas condições sócio-econômicas;
• Baixa imunidade;
• Início precoce da atividade sexual;
• Multiplicidade de parceiros sexuais;
• Tabagismo;
• Higiene íntima inadequada;
• Uso prolongado de contraceptivos orais;
• Infecção por HPV;
• Entre outros.

HPV e Câncer do colo uterino

O câncer cervical, ou uterino, pode ser causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV. A infecção genital por este vírus é muito frequente entre as mulheres e não causa doença na maioria das vezes se houver um tratamento e acompanhamento adequados. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares e evoluir para o câncer. Por este motivo o exame preventivo (conhecido também como Papanicolau) é imprescindível entre as mulheres em idade fértil. 

É importante a realização periódica deste exame visto que o disgnóstico precoce aumenta as chances de cura da doença. Apesar de existir diversos subtipos diferentes desse vírus HPV, somente alguns estão associados ao câncer de colo uterino. São classificados como de alto risco os subtipos 16, 18, 45, 56.


Sintomas

• Sangramento vaginal
• Corrrimento vaginal de cor escura e com mau cheiro (geralmente)
• Dores lombares
• Dores abdominais
• Desconforto e/ou desconforto durante as relações sexuais
Ou pode ainda ser assintomático (ausência de sintomas). 

Prevenção 

O Câncer de colo de útero é um grave problema de saúde pública no Brasil. Neste sentido, o INCA teve papel fundamental na inclusão das ações de controle de câncer entre os 16 Objetivos Estratégicos do Ministério da Saúde para o período de 2011-2015, com destaque para a ampliação do acesso, diagnóstico e tratamento em tempo oportuno dos cânceres de mama e do colo do útero. No entanto, a prevenção tem se mostrado como a estratégia mais eficaz contra esta doença. 


O uso da camisinha é a melhor forma de prevenção! Use camisinha! 

Além disso, a realização do Exame Preventivo faz se de grande importância para a saúde da mulher. Cuide-se! Previna-se!


Fontes: 


Câncer de pênis

O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima e a homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis). O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer peniano. Estudos científicos também sugerem a associação entre infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano, principalmente pelos tipos 16 e 18) e o câncer de pênis.

No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.



Fatores de risco

1) Fimose que impede a exposição da glande (cabeça do pênis) por causa do estreitamento do prepúcio (a pele que reveste a glande);

2) Acúmulo de esmegma (secreção branca resultante da descamação celular);

3) Higiene local precária;

4) Falta de informação;

5) Má situação socioeconômica e educacional das pessoas, em geral moradoras das regiões mais carentes.


Sintomas

O sintoma mais comum é o aparecimento de uma ferida avermelhada, que não cicatriza, ou de um pequeno nódulo, na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis. Inicialmente, essas lesões podem não doer, o que retarda o diagnóstico. Outros sintomas são manchas esbranquiçadas ou perda de pigmentação na glande, presença de esmegma com cheiro forte e de gânglios inguinais inchados na virilha.

Diagnóstico

O exame clínico e o resultado da biópsia são elementos fundamentais para o diagnóstico de um tumor maligno no pênis. Quanto mais precocemente ele for feito, melhor será a resposta ao tratamento. 

Tratamento

Nas lesões iniciais, o tumor e uma pequena parte dos tecidos ao redor podem ser removidos cirurgicamente ou por ressecção a laser. A preocupação é sempre preservar a maior quantidade possível do tecido peniano, de forma a manter as funções sexuais e urinárias. A remoção completa do pênis e dos gânglios inguinais só é indicada nas fases mais avançadas da doença.


*Use camisinha nas relações sexuais;
* Não adie a visita ao médico se notar qualquer alteração no pênis.


Fontes: 


Campanha de vacinação contra o HPV inicia segunda-feira (09/03)

Nesta segunda-feira, dia 09 de março, será iniciada a mais uma fase da Campanha de Vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), o principal responsável pelo câncer do colo do útero.

A vacina contra o HPV já faz parte do calendário de vacinação regular do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste ano, o público alvo da campanha, são meninas na faixa etária compreendida entre 9 anos à 13 anos 11 meses e 29 dias, além de mulheres com idade até 26 anos que sejam portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).



A vacina é manipulada em três doses. Devem ser vacinadas as adolescentes de até 13 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não tenham recebido a primeira dose. As meninas com 14 anos de idade que iniciaram o esquema vacinal deverão receber a segunda dose e seguir o esquema vacinal recomendado. O mesmo procedimento deverá ser realizado com mulheres vivendo com HIV que completaram 27 anos, que já tinha iniciado o esquema vacinal aos 26 anos. Mulheres de 9 (nove) a 26 anos de idade vivendo com HIV que já tenham tomado duas doses da vacina, tomar a terceira dose respeitando o prazo de 120 dias entre a  segunda e  terceira dose.

A vacina é utilizada para a proteção contra as infecções causadas pelo vírus, que está relacionada a vários tipos de câncer, entre eles o do colo do útero, boca e garganta. O câncer do colo do útero é considerado o terceiro mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam que 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras da doença e que, todos os anos, 270 mil morrem devido a esse tipo de câncer.

O Ministério da Saúde pretende vacinar 80% do público-alvo. Para ficar dentro dos valores estipulados, Minas Gerais terá que imunizar 478.679 meninas de 9 a 11 anos e 1.815 mulheres que convivem com o HIV/Aids. Na primeira etapa da campanha contra o HPV, iniciada em março de 2014, foram vacinadas 497.449 (103%) meninas de 11 a 14 anos no estado, superando a meta de 80%. A vacinação ocorreu nas escolas e nas unidades básicas de saúde. No entanto, para a segunda dose, apenas 326.452 meninas mineiras (67%) retornaram às unidades de saúde. 

A infecção pelo vírus HPV é considerada comum. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos do vírus em algum momento da vida e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina em todo o mundo esteja infectada pelo HPV.

Fontes:

Esquemas interferon-free oferecem cura de hepatite C a portadores de HIV

Na semana passada – entre os dias 23 e 26 de fevereiro –, a edição 2015 da Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections/CROI) apresentou ao mundo os mais recentes resultados e descobertas de estudos que impulsionam a resposta global ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde participou de todos os dias da Conferência, que desta vez ocorreu em Seattle, nos EUA.


Este ano, um dos destaques do evento foi a divulgação de um estudo surpreendente – segundo o qual a administração de dois esquemas com dois medicamentos, ao longo de 12 semanas, curou a hepatite C em mais de 95% das pessoas testadas com HIV e coinfecção por hepatite C. Os esquemas em questão não contêm nem interferon nem ribavirina, mas sofosbuvir somado a ledipasvir ou daclatasvir. Os resultados confirmam que pessoas vivendo com HIV e que têm hepatite C podem ser tratadas da mesma forma que aquelas que sofrem apenas deste último agravo.


A propósito: no Brasil, o uso de daclatasvir foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de janeiro de 2015. O sofosbuvir ainda se encontra em análise pela Agência. O pedido de solicitação de registro de ambos os medicamentos na Anvisa ocorreu em outubro de 2014. 


O surgimento de medicamentos orais revolucionou o tratamento da hepatite C crônica –oferecendo esquemas mais curtos, melhor tolerados e mais eficientes que o tratamento baseado em interferon, e assim beneficiando especialmente os portadores de HIV e coinfecção por HCV, que tendem a desenvolver doenças hepáticas de forma mais acelerada. 

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