DSTS EM CRIANÇAS NEM SEMPRE SÃO CAUSADAS POR ABUSO SEXUAL

     É preciso encontrar padrões confiáveis que relacionem dsts ao abuso sempre são causadas por abuso sexual, defende pesquisa.Doenças sexualmente transmissíveis (dsts) não são tão incomuns em crianças quanto se pode pensar, o que justifica a necessidade de estudos sobre esta temática. publicado este ano nos anais brasileiros de dermatologia, o trabalho “perfil clínico-epidemiológico das doenças sexualmente transmissíveis em crianças atendidas em um centro de referência na cidade de manaus, amazonas, brasil” partiu da percepção de que são necessários dados mais precisos para criar padrões de manejo e melhorar a compreensão da relação destas doenças com o abuso sexual infantil.     Carla Ribas, coordenadora da residência médica da fundação de dermatologia tropical e venereologia alfredo da matta (fuam), e equipe da cidade de manaus (am) contam no artigo que incluíram na pesquisa 182 crianças com dsts atendidas, entre janeiro de 2003 e dezembro de 2007, na fuam. o perfil encontrado foi: “maioria era do sexo feminino (65,4%) e de cor parda; a média de idade foi de 8,5 anos; 89% eram procedentes da cidade de manaus; os pais foram os principais acompanhantes na consulta; verruga genital foi o principal diagnóstico em ambos os sexos; e, 90,1% apresentavam apenas uma dst”, registraram os pesquisadores.     Segundo eles, ainda que seja natural relacionar dsts em crianças ao abuso sexual, é preciso ter em mente que há variadas razões que podem levar às doenças. estas podem resultar de “infecção congênita, transmissão perinatal ou infecção pós-natal adquirida por meio de auto ou heteroinoculação (vacinação) ou de relações sexuais, sendo que neste último caso, geralmente, ocorrem no contexto de abuso sexual”, dizem no trabalho.     Os autores alertam que há um grupo de dsts cuja transmissão praticamente só é possível através da atividade sexual com adultos. entre elas, o artigo cita: gonorreia (cujo diagnóstico é “altamente sugestivo de abuso sexual pelo fato de não existirem dados convincentes acerca de outras formas de transmissão não sexual”), infecção por chlamydia trachomatis (bactéria causadora da clamídia, cujo diagnóstico em crianças por transmissão perinatal é raro); vaginose bacteriana (causada “pelo contato com sêmen de ph elevado”); sífilis (cuja “transmissão não sexual, perinatal ou acidental, pode ocorrer sendo, porém, extremamente incomum”), entre outras.     Ao mesmo tempo, os autores lembram que verrugas genitais ou condilomas, sintoma mais encontrado no grupo estudado, não é necessariamente indício de abusos, uma vez que “devem ser levadas em conta diferentes formas de transmissão, idade da criança, período de incubação, localização da lesão, história materna/paterna de verrugas genitais, presença de verrugas não genitais na criança e/ou familiares, tipo de hpv e evidência de alteração do comportamento psicossocial da criança”.     A partir destas informações, os autores sugerem que mais estudos sejam realizados, já que a presença de dsts “pode corroborar para evidências de abuso sexual, particularmente nas infecções fora do período perinatal, porém raramente são conclusivas”. a partir de dados mais seguros e precisos, seria possível, acreditam os pesquisadores, o auxílio ao “planejamento, monitoramento e avaliação das ações em saúde, que possam interferir na dinâmica destas infecções”.


          TRATAMENTO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

     O tratamento com medicamentos antirretrovirais em crianças e adolescentes geralmente começa com uma combinação de três remédios. ao planejar o início da terapia, deve-se considerar:possibilidade de adesão a longo prazo, assim como seu monitoramento,impacto sobre o bem-estar e a qualidade de vida do paciente, com a escolha de remédios indicados para crianças e adolescentes,integração dos pais e irmãos infectados ao tratamento,saúde dos cuidadores da criança infectada.

        MUDANÇAS DE MEDICAMENTOS

      Como o tratamento serve para controlar a multiplicação do vírus e permitir a recuperação do sistema imunológico, a resposta do organismo precisa ser monitorada desde o início. caso não esteja dando os resultados esperados, é necessário trocar combinação dos medicamentos, chamado de esquema de terapia. nos casos dos jovens, a mudança deve ser especialmente cuidadosa e deve-se procurar a causa do problema. se foi por falta de adesão, poderá resultar em trocas frequentes e rápido esgotamento das opções de tratamento.

      QUANDO O REMÉDIO NÃO É NECESSÁRIO

     Recomenda- se consultas a cada um a dois meses para crianças e adolescentes sem indicação de uso de medicamentos. eles também precisam fazer exames físicos e de laboratório com frequência, pois esse monitoramento pode encontrar alguma infecção ou outro sintoma de que a doença está avançando. e, com isso, não se compromete a qualidade de vida do paciente. Transição da pediatria para a clínica de adultos a fase da transição tem sido vista como uma fase na qual muitos jovens abandonam do tratamento. para não prejudicar o tratamento, é indicada uma transição gradativa. nesse período, os adolescentes continuam sendo atendidos no local que estavam acostumados, mas por clínicos preparados para recebê-los. a idade para o começo e fim dessa transição não é definida. alguns programas sugerem que o tema comece a ser falado com os adolescentes aos 12 anos dsts em crianças nem sempre são causadas por abuso sexual.
.
                                                                           


lhttp://www.aids.gov.br/pagina/tratamento-em-criancas-e-adolescentes
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © Sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e prevenção | Facebook

UNIFAL | Pró-reitoria de Extensão