São Paulo terá hormonioterapia para transexuais na rede básica de saúde

Serviço gratuito será iniciado nas Unidades Básica de Saúde (UBS) do centro da capital paulista e contará com atendimento psicológico e endocrinológico

São Paulo – A prefeitura de São Paulo lançou em primeiro de outubro o serviço de hormonioterapia gratuita para população transexual na rede básica de saúde da capital paulista. O atendimento será iniciado pelas nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região central, que, segundo a prefeitura, concentra 70% das pessoas transexuais da cidade. E vai contar com acompanhamento de psicólogo e endocrinologista, além da criação de um protocolo de atendimento aos usuários interessados em iniciar a hormonioterapia. 


Hormônios

O tratamento com hormônios tem como finalidade o desenvolvimento de características sexuais secundárias compatíveis com a identidade de gênero da pessoa. Geralmente a hormonioterapia é para a vida toda, sendo interrompida somente para a realização de cirurgias.
Por falta de atendimento na rede pública, muitas pessoas transexuais acabam recorrendo à automedicação. No entanto, o ideal é ter o acompanhamento com o endocrinologista para estabelecer a dose ideal do medicamento para cada pessoa e evitar problemas relacionados ao uso inadequado de hormônios.

Remédios - Hormônio - Divulgaçao

“Primeiramente, o paciente precisa procurar uma dessas UBSs onde passará por sessões com um psicólogo que irá elaborar um laudo analisando se ele está convicto que é aquilo que quer e vai encaminhar o paciente para consulta com o endocrinologista que vai solicitar exames e avaliar se vai prescrever o tratamento”, destacou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
Ao procurar uma UBS buscando a hormonioterapia, a pessoa será encaminhada para uma unidade que tenha atendimento psicológico. Já o médico endocrinologista fará atendimento somente na UBS Santa Cecília. “A ideia é que possamos levar essa discussão e a capacitação dos profissionais para as outras regiões da cidade, já que na maioria delas já há atendimento ao público LGBT”, disse Padilha.
Nesta primeira fase, o cuidado será iniciado com as beneficiárias do Projeto Transcidadania – política de fortalecimento da recolocação profissional, reintegração social e resgate da cidadania –, pois a maioria delas já faz uso de hormônio.
“Essa é a primeira ação de outras que foram definidas e serão implementadas de forma gradativa seguindo as diretrizes da linha de cuidados para poder atender às necessidades desta população. A hormonioterapia precisa ser acompanhada por um profissional qualificado, com prescrição médica, para que a população trans não coloque a saúde em risco”, afirmou Padilha.
O tratamento com hormônios busca induzir o desenvolvimento de características sexuais secundárias compatíveis com a identidade de gênero da pessoa. De forma geral, a hormonioterapia deve ser continuada pela vida toda, sendo interrompida somente para a realização de cirurgias.


Por falta de atendimento na rede pública, muitas pessoas transexuais acabam recorrendo à automedicação. Porém, o ideal é ter o acompanhamento com o endocrinologista para estabelecer a dose ideal do medicamento para cada pessoa e evitar problemas relacionados ao uso inadequado de hormônios.
Anteriormente a população transexual de São Paulo contava com atendimento de hormonioterapia apenas no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do governo paulista, que presta atendimento à população transgênero desde 2010, no bairro Santa Cruz, zona sul da capital paulista.
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