ONG vai distribuir 52 mil preservativos com embalagens que trazem uniformes das seleções e sabores dos países que vão disputar o Mundial

Depois das figurinhas, chegou a vez das camisinhas da Copa. Assim como empresas e lojas aproveitam o evento para promover seus produtos, oInstituto Cultural Barong, ONG de prevenção contra HIV/Aids, vai tentar, com humor, usar o Mundial para conscientizar os torcedores da importância do sexo seguro. Mais que cartazes e tabelas dos jogos, o ponto alto da campanha "Proteja o seu jogador número 1" será a distribuição de 52 mil camisinhas embaladas com reproduções dos uniformes das 32 seleções que vão disputar a Copa no Brasil.

Um grupo do Barong vai percorrer bares em São Paulo e Goiânia para distribuir os preservativos. Serão doadas as camisinhas dos países que estiverem jogando no dia. Quando o Brasil estiver em campo, serão 3 mil camisinhas.
"Essa campanha é muito importante, pois os homens são mais refratários a falar sobre sua saúde. A Copa é um momento perfeito para isso, pois aumenta muito o movimento em motéis depois das partidas, seja pelo clima de confraternização, seja para aproveitar o álibi perfeito para escapadas durante os jogos", explica Martha McBritton, do Barong.

O Barong vai distribuir os preservativos com sabor "representando" cada seleção. As camisinhas do Brasil terão sabor banana ou caipirinha. Uruguai, Chile, Espanha e Argentina terão camisinhas sabor uva. Chocolate será o sabor do preservativo da Suíça e, Coca-Cola, o dos Estados Unidos.
"A criatividade é sempre uma boa forma de falar de conscientização, de saúde, de prevenção ao HIV. Mas quando bolamos essa ideia, não imaginávamos o trabalho que teríamos! Cada embalagem é feita manualmente, e tivemos que fechar um acordo com a gráfica para imprimir, após a primeira fase, mais capas de camisinhas dos times que passarão para as oitavas de final", conta Martha.

O projeto só deu certo graças à doação dos preservativos pela DKT do Brasil, empresa que fabrica as camisinhas Prudence, e ao apoio da AngloAmerican, da Associação Novolhar e de órgãos de saúde de São Paulo e do SUS.




Tamanho não muda conforme o país
Martha explica que a ONG não tem estrutura para levar o projeto a outras cidades, por falta de pessoal, mas que ressalta que o instituto está aberto a parcerias. Ela conta que, nos bares visitados para combinar a distribuição dos preservativos durante os jogos, a reação à campanha é sempre bem-humorada.
"Quando olham a coleção de camisinhas com o uniforme da seleção, logo perguntam se o tamanho da camisinha muda conforme o país. Não fizemos essa distinção. A única coisa que muda é o sabor", conta.

Ela espera que a campanha alcance seu objetivo e que as pessoas se conscientizem do uso da camisinha em uma ocasião festiva como a Copa, que é comparável ao carnaval – os motéis, inclusive, costumam lotar durante os jogos. E faz questão de ressaltar que a única regra para usar a camisinha do Mundial é se proteger.
"Pode usar com torcedores do time vencedor, para consolar um torcedor ou torcedora do time que perdeu, pode usar com pessoas de outras nacionalidades. O importante é se prevenir: colecionem as embalagens e usem as camisinhas", brinca Martha.




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