O corrimento na região genital da mulher não é
sempre um problema. Se não acompanhado de cheiro, coceira ou dor na vagina, a
secreção pode ser decorrente da ovulação durante o ciclo menstrual. Entretanto,
é necessário buscar um especialista caso haja sintomas associados.
Os homens devem se atentar caso tenham algum
corrimento, visto que nestes o corrimento sinaliza uma DST (Doença Sexualmente
Transmissível) geralmente sem nenhum
sintoma físico, ou algo mais sério, como o câncer de próstata.
De acordo com o ginecologista José Bento e o
infectologista Caio Rosenthal o corrimento é um desequilíbrio do corpo e pode
ser causado pela baixa imunidade (diminuição na resistência da pessoa por
dormir ou comer mal, tomar muito sol, não praticar esportes ou abusar de
antibióticos.) ou agressão a região genital pelo aumento da temperatura
provocada pelo uso de absorvente diário, calça jeans justa ou calcinhas e
cuecas de tecido sintético, relação
sexual sem lubrificação ou uso de absorvente interno por muitas horas. O
excesso de higiene também pode alterar a flora vaginal e tirar a camada
protetora da vulva.
Evitar o uso de roupas apertadas, biquínis ou
sungas molhadas, trocar o absorvente a cada três horas e não dormir com absorvente
interno são algumas medidas que podem ser tomadas visando a prevenção dos
corrimentos genitais.
O médico deve ser consultado o mais cedo possível
quando o corrimento for identificado. Se não tratada, a infecção pode levar a
infertilidade na mulher. Normalmente os corrimentos são de fácil tratamento.
De acordo com José Bento, em algumas
fases da vida pode haver mais corrimentos, como o período que antecede a
menstruação em pré-adolescentes ou a menopausa, quando a ovulação acaba. Maus
hábitos, como não se limpar direito após evacuar, também favorecem o problema.
A proliferação de bactérias e fungos é maior no verão, pois os
microorganismos gostam de ambientes abafados, quentes e úmidos como a vagina,
ou seja, durante essa estação as chances
de corrimento aumentam.
Ainda segundo
o ginecologista, a secreção pode ser uma defesa do organismo para combater
bactérias e outros microorganismos, e o cheiro ruim pode ser maior quando a
vagina entra em contato com substâncias alcalinas, como o esperma e o sangue da
menstruação.
Fonte: G1
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