Quando
o assunto é depilação íntima, a mulherada costuma se dividir. Há quem prefira
algo mais naturalista, retirando o mínimo de pelos possível, quem opte por
manter um filete de fios na região frontal e também quem seja adepta da
depilação completa, prova disso é a técnica popularizada como “brazilian wax”,
que vêm conquistando mais e mais adeptas no exterior.
Conservar
a pele lisinha pode ser a preferência de muitas mulheres, mas o que nem todas
sabem é que a ausência de pelos pubianos pode ocasionar problemas à saúde,
incluindo inflamações e contaminação de doenças sexualmente transmissíveis
(DST).
Uma recente
revisão de estudos, publicada no jornal JAMA Dermatology, mostrou que a prática
de depilação pode estar relacionada a um maior risco de contrair as DST pois,
evidências mostram que o ato de remover os pelos pubianos pode causar déficits
na barreira mucocutânea, uma membrana da pele, o que facilita a entrada de
vírus ou bactérias no corpo. Além disso, a prática pode causar microtraumas na
região, aumentando os riscos de desenvolver foliculite, infecções e até
queimaduras.
Segundo o
ginecologista Elson Almeida do Hapvida Saúde, os pelos servem como uma defesa
para o organismo e a depilação íntima completa, ou seja, remoção total de todos
os pelos pubianos deixa esta região mais exposta ao ambiente externo,
aumentando a possibilidade de contaminações. Com a retirada dos pelos,
bactérias tem livre acesso para à região interna da pele, podendo ocasionar
inflamação ou infecção, que precisará de acompanhamento médico. O atrito direto
com a calcinha ou absorventes são outros fatores que aumentam a umidificação do
local, responsáveis pela proliferação de bactrérias, explica o ginecologista.
Mas a depilação
faz mal para a saúde?
De acordo a ginecologista Dra. Lilian Fiorelli (especialista em sexualidade humana
da Alira Medicina Clínica), sozinha, a depilação não traz riscos à saúde da
mulher. No entanto, é importante redobrar a atenção com a higiene, com os
materiais utilizados para a depilação e com os cuidados pós-depilatórios (como
evitar roupas apertadas, exposição ao sol e cremes que possam causar alergia,
por exemplo). Desde que tomados os cuidados e que não haja predisposição a
foliculites, a mulher pode se depilar tranquilamente.
Pode depilar antes do sexo?
Qualquer método de depilação agride a pele de alguma maneira e a
recuperação leva algum tempo. Essa sensibilidade pode ser a porta de entrada
para alguns microrganismos que causam doenças. "A depilação deixa os poros
abertos e isso favorece a entrada de bactérias, o que se agrava caso a mulher
já tenha predisposição à foliculite", explica a ginecologista Dra. Lilian
Fiorelli. Para se livrar desses riscos, o ideal é dar um tempo para a pele se
recuperar. "Se a mulher puder fazer essa depilação uns 2 dias antes da
relação sexual é melhor. Já é tempo suficiente para diminuir a reação
inflamatória local causada pela depilação", afirma a ginecologista.
Como se
contrai DST a partir da depilação?
Segundo
Robert T. Brodell (chefe da divisão de dermatologia no Centro Médico da
Universidade de Mississippi, nos Estados Unidos),
durante a depilação pequenos cortes na pele podem ocorrer, além de escoriações
minúsculas, tornando mais fácil ao vírus ou bactéria estabelecer infecções caso haja
contato com alguém portador de DST. Por esse motivo é imprescindível o uso do
preservativo no momento da relação sexual. O alerta sobre a depilação não
exclui outros cuidados. “O pelo em si não é uma barreira defensiva”. Portanto,
recomenda-se não fazer sexo com alguém que tenha verrugas na pele e nem
compartilhar lâminas e toalhas.
http://www.hospitalsantacruz.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1025%3Adepilacao-dst-mulheres-higiene-saude&catid=10%3Asaude-e-midia&Itemid=198&lang=pt
http://www.bolsademulher.com/amor-e-sexo/depilacao-antes-do-sexo-pode-aumentar-risco-de-doenca-e-diminuir-prazer-entenda
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