Cientistas identificam DST que pode não ter sintomas

Chama-se mycoplasma genitalium e se estima que esta Doença Sexualmente Transmissível terá infectado 1% da população entre os 16 e os 44 anos

Centenas de milhares de pessoas podem ter involuntariamente uma infecção sexualmente transmissível identificada recentemente, advertem os cientistas.
Ela é a menor bactéria de vida independente conhecida, e pode causar inflamação na uretra do homem e no cérvix da mulher, sangramento depois do sexo, corrimentos e, se não for tratada, pode levar à infertilidade. Mesmo com todas essas possíveis complicações, 94,4% dos homens e 56,2% das mulheres infectadas não sabe que porta a doença. Pelo menos é isso que concluiu um estudo da Universidade de Washington.


A Mycoplasma genitalium (MG) é conhecida desde os anos 80, mas os cientistas ainda não têm 100% de certeza de que ela é sexualmente transmissível - apesar de essa ser a maior possibilidade. O estudo recente fornece ainda mais evidências para que a hipótese se confirme: a doença prevaleceu em quem tinha vários parceiros ou praticava sexo sem camisinha. Nenhuma infecção foi encontrada em quem nunca teve relações sexuais.

No total, 4507 pessoas fizeram parte do estudo. Dessas, 2,5% carregavam a bactéria, mas poucos já tinham experimentado algum sintoma além de sangramento depois do sexo. A doença é tratável com facilidade, através de antibióticos. Mas o fato de poucas pessoas saberem da sua existência dificulta a melhora do paciente.

Segundo Pam Sonnenberg, líder do projeto, "A nova informação, juntamente com as informações sobre padrões de resistência para guiar a escolha de antibióticos, vai gerar recomendações sobre como testar e lidar com a Mycoplasma genitalium".

Estima-se agora que 1% da população britânica com idades entre 16 e os 44 anos estará infectada - com muitos a desconhecerem esta condição que raramente apresenta sintomas. Como reporta o Daily Mail, os efeitos da MG a longo prazo continuam desconhecidos, mas os cientistas destacam que pode provocar inflamação da uretra e/ou do colo do útero, doença inflamatória pélvica e possivelmente infertilidade feminina. 
O risco de ter esta infecção é superior para as pessoas que tiveram mais do que quatro parceiros sexuais no último ano (5,2% superior nos homens e 3,1% superior nas mulheres).



Fonte: Revista ABRIL
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